Diabruras dos malfeitores.
Boa Esperança, fora o lugar, no Estado do Rio Grande do Norte, onde os cangaceiros deram expansão ao gênio e entregaram-se a grosseiros folgares. Beberam e cantaram ao som da sanfona. Divertiram-se numa ambiência galhofeira, torturando pacatos sertanejos, sem levarem em conta o mal que causavam.
A comunidade assistia, constrangida, às praticas abomináveis misturadas com visos de comicidade. Dos infames folguedos, alguns episódios são lembrados com certo humorismo pelos filhos da região. O velho Joaquim Justino de Souza vinha pela rua, tangendo um burro com uma carga de melancia. Satisfeito, trazia da sitioca, o produto de seu suor. Calculava o bom apurado nos festejos do padroeiro.
De súbito, achou-se cercado. Em meio a confusão, arremessaram-lhe uma fruta na cabeça. Cambaleia. Seguram-no para não cair. Atordoado, vê o algoz apanhando outra do caçuá. Roga-lhe, Então: escolha uma madura! O bandido, esboçando um sorriso, o atende. Repete a troça com rudeza.
Desta vez Justino vai ao chão. Cai sentado. Está satisfeito agora? Pergunta, desdenhosamente, o marginal. Saindo do estupor, o bem humorado camponês retruca: Estou sim senhor. Podia ser pior se a carga fosse de jerimum! Os malfeitores romperam em estrepitosas gargalhadas, enquanto saboreavam deliciosas talhadas de melancia.
Raul Fernandes.
Boa Esperança, fora o lugar, no Estado do Rio Grande do Norte, onde os cangaceiros deram expansão ao gênio e entregaram-se a grosseiros folgares. Beberam e cantaram ao som da sanfona. Divertiram-se numa ambiência galhofeira, torturando pacatos sertanejos, sem levarem em conta o mal que causavam.
A comunidade assistia, constrangida, às praticas abomináveis misturadas com visos de comicidade. Dos infames folguedos, alguns episódios são lembrados com certo humorismo pelos filhos da região. O velho Joaquim Justino de Souza vinha pela rua, tangendo um burro com uma carga de melancia. Satisfeito, trazia da sitioca, o produto de seu suor. Calculava o bom apurado nos festejos do padroeiro.
De súbito, achou-se cercado. Em meio a confusão, arremessaram-lhe uma fruta na cabeça. Cambaleia. Seguram-no para não cair. Atordoado, vê o algoz apanhando outra do caçuá. Roga-lhe, Então: escolha uma madura! O bandido, esboçando um sorriso, o atende. Repete a troça com rudeza.
Desta vez Justino vai ao chão. Cai sentado. Está satisfeito agora? Pergunta, desdenhosamente, o marginal. Saindo do estupor, o bem humorado camponês retruca: Estou sim senhor. Podia ser pior se a carga fosse de jerimum! Os malfeitores romperam em estrepitosas gargalhadas, enquanto saboreavam deliciosas talhadas de melancia.
Raul Fernandes.
Parece brincadeira, mas não é. Os malfeitores faziam apenas por maldade mesmo. As proximas postagens falaremos das tentativas de negociações do Lampião com o prefeito de Mossoró para evitar o ataque a cidade. O prefeito não cedeu e o Lampião perdeu alguns dos seus homens e arribou em debandado.
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