A alta rotatividade com que as pessoas entram e saem das pastorais, movimentos ou mesmo do convívio paroquial é um sinal de que há algo errado no plano da evangelização. Consegue-se sensibilizar e despertar a fé das pessoas pelo "Kerigma", mas não consegue sua adesão. Há muitas ovelhas que abandonaram o rebanho. O texto nos diz que deveremos deixar as noventa e nove e buscar a ovelha que desgarrou. Caso não mudemos nossa conduta ficaremos com apenas uma, enquanto as noventa e nove vão se desgarrando. Com muita facilidade desistimos das pessoas. Por muito pouco as riscamos do nosso coração, do convívio social e da fé. No desafio de sermos igreja, duas virtudes precisam ser mais exercitadas por todos nós: A perserverança e a paciência. Os antigos tinham razão quando diziam: “Fogo de palha não cozinha feijão”. Somos pouco perserverantes. Diante dos primeiros obstáculos desistimos, seja na vida espiritual, nos projetos pessoais ou na vida afetiva. A virtude da paciência pode levar-nos a compreender que cada um tem sua hora, no que se refere aos conflitos comunitários. A maturidade da fé não é alcançada por todos ao mesmo tempo e nas mesmas circunstancias. Devemos ter paciência com os que erram e com quem ainda não fez a experiência existencial e de conversão com Jesus, como Paulo no caminho para Damasco.
A correção fraterna é uma exigência evangélica ensinada por Jesus. Implica que na verdade e na caridade instruamos quem errou. Creio que a vivencia contínua e verdadeira da correção fraterna dentro de nossas igrejas resolveria mais de 90% dos conflitos e impediria que muitos abandonassem as pastorais e movimentos. Por não se ter coragem de chamar quem está errado e, frente a frente, na caridade, corrigir, as igrejas estão repletas de fuxicos, maledicências e panelinhas que se reúnem para lavar roupa suja. Neste aspecto nós como igreja, temos muito a crescer. Sem duvida é mais fácil falar pelas costas ou omitir-se diante do que estar errado. Torna-se confortável ficar num pedestal enquanto outros são flagelados por seus erros. Isso não é ser Cristão. Lembremos que só a verdade, sem caridade, pode ser motivo de pecado contra a humildade. Uma correção se faz sempre com muita caridade.
Padre Reginaldo Manzotti.
A correção fraterna é uma exigência evangélica ensinada por Jesus. Implica que na verdade e na caridade instruamos quem errou. Creio que a vivencia contínua e verdadeira da correção fraterna dentro de nossas igrejas resolveria mais de 90% dos conflitos e impediria que muitos abandonassem as pastorais e movimentos. Por não se ter coragem de chamar quem está errado e, frente a frente, na caridade, corrigir, as igrejas estão repletas de fuxicos, maledicências e panelinhas que se reúnem para lavar roupa suja. Neste aspecto nós como igreja, temos muito a crescer. Sem duvida é mais fácil falar pelas costas ou omitir-se diante do que estar errado. Torna-se confortável ficar num pedestal enquanto outros são flagelados por seus erros. Isso não é ser Cristão. Lembremos que só a verdade, sem caridade, pode ser motivo de pecado contra a humildade. Uma correção se faz sempre com muita caridade.
Padre Reginaldo Manzotti.
Muito corajoso e sincero o texto do Padre Reginaldo.
ResponderExcluir" As igrejas estão repletas de fuxicos, maledicencias e panelinhas que se reunem para lavar roupa suja".
Esta postagem reflete uma das gritantes verdades que tendem a afastar o rebanho do seu aprisco.
ResponderExcluirA debandada é geral por que falta habilidade de alguns dos administradores da igreja católica para lidar com as massas.
Se a correção fraterna é uma exigência evangélica, então não deve o sacerdote revidar insinuações, principalmente quando está no púlpito em plena celebração.
Entendemos que o altar é lugar sagrado e as palavras ali pronunciadas, devem ser de estímulo ao crescimento espiritual.
Também precisamos ter em mente a máxima de Jesus “Aquele que não tiver culpa, atire a primeira pedra”.
No último domingo presenciamos um fato inédito em uma igreja.
Lá estávamos eu e minha esposa assistindo a missa. A igreja estava lotada, a homilia transcorreu normal.
Após a comunhão, de repente o sacerdote começou a soltar o verbo, incluindo palavras impróprias para a ocasião, revidando alguns comentários maldosos e o comportamento impróprio dos seus paroquianos.
Enquanto completava a celebração, ia se lembrando de detalhes e voltava à carga.
O pior é que em uma fila havia umas garotas de menos de treze anos que gritavam hurras e batiam palmas sempre que ele concluía um pensamento, parece que isso o estimulava fazendo-o por várias vezes interrompeu o ato litúrgico para brigar.
É muito complicado. Dizem que “Roupa suja se lava em casa”, mas, jamais se deve fazer isso na hora errada e no lugar errado.
Entendemos que o altar, é um lugar que ocupamos para enaltecer a palavra de Deus e o evangelho de Jesus Cristo.
É preciso sutileza para lidar com o povo e ele aceitar ser conduzido. Ou então ele debanda geral.
Não conheço os motivos que levaram o sacerdote àquele comportamento, ele pode ter suas razões, mas o rebanho não deve pagar por algumas ovelhas que se extraviaram.
Vicente Almeida