"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Sou filho da terra - Ultima parte - Mundim do Vale
Sou cerca de vara, sou pau de arara,
Sou manga no cacho.
Sou nó apertado, sou couro ensebado,
Sou fogo de facho.
Sou água vertente, sou sol do nascente,
Sou voz do nordeste.
Sou peixe piau, sou cobra coral,
Sou cabra da peste.
Sou um cidadão feliz
Nascido aqui no sertão,
Tomando chá de raiz
Dançando xote e baião.
Tenho o cheiro da campina,
Da essência nordestina
Que Deus colocou na serra.
Sou um fruto do nordeste,
Que agradece o pai celeste
Por ser filho dessa terra.
Mundim do Vale.
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Prezado Primo.
ResponderExcluirEstá concluida a postagem de mais um poema. De amanha em diante postarei os causos. Depois voce fará as postagens direta no Blog. Essa rocinha de arroz é para voce e Fatima matarem a saudade de Raimundo Alves Bezerra e suas vazantes.
Um abraço.
Parabéns meu caro poeta Mundim do Vale:
ResponderExcluirCom a poesia - FILHO DA TERRA - você acaba de descrever a saga do sertanejo nordestino.
Viajando nas asas da sua poesia, pegamos carona e conhecemos os mais belos lugares.
Conhecemos a fauna, a flora, a vida na roça e a vida do povo, seus afazeres e suas alegrias.
Cada frase em que você descrevia um fato era como se estivesse olhando um quadro completo e via a paisagem daquela situação descrita.
Assim foi também com A SALVA DO MEIO DIA.
A poesia é para ser lida, mas a beleza maior é quando se lê com coração.
Obrigado pela carona.
VALEEEEU.
Vicente Almeida
Meu caro poeta Vicente. Obrigado pelo seu comentário.
ResponderExcluirO bom poeta enganou-se apenas quando falou que viajou na poesia.
Você me ajudou a conduzir os leitores do blog, naquela viajem
pelo sertão. A nossa composição
poética somada a ilustração do primo Morais, fez com que o poema mostrasse aquele cenário sertanejo.
Abraço.
Mundim do Vale.