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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 24 de outubro de 2009

FLAGRANTES INESQUECÍVEIS

muita coisa que não conseguimos esquecer e é gostoso lembrar
Esta é mais uma recordação, das tantas resultantes do nosso convívio familiar.


Na década de 90, durante muito tempo, quase todas as noites nos visitávamos. Quando o Morais e a Nair não vinham a nossa casa, nós íamos a casa deles só pra jogar buraco. Naquele tempo era muito divertido.

No Jogo, Morais e Nair eram estradados, e eu e a Valdênia éramos ainda ingênuos. A sorte era que as duplas eram assim formadas: Morais e eu. Nair e Valdênia. Às vezes arranjávamos companhia. Normalmente só encerrávamos o jogo quando a briga passava a dominar, pois a Nair ou a Valdênia quando estavam perdendo feio, espalhavam as cartas e acabavam o jogo. Mas era só briga de jogo. No outro dia estava tudo bem e começávamos de novo.

Como residimos no sitio era natural que tivéssemos alguns produtos da nossa agricultura.

Certo dia a Valdênia disse: hoje à noite, vamos à casa do Morais levar este prato de canjica para eles.

Dito e feito. Quando foi a noite, lá estávamos nós em frente a sua casa descendo do carro. A Valdênia toda contente, saiu antes de mim e adentrou a casa com o prato de canjica. Foi direto para a sala de jantar.

Qual não foi a sua surpresa ao chegar lá e dar com a mesa coalhada de pratos de canjica. Decepcionada e surpresa, deu meia volta e Morais perguntou: o que é isso comadre, e ela meio encabulada disse: era uma canjiquinha que estava trazendo para vocês mais cheguei tarde!

Ele olhou, sentiu o cheiro e disse, nem pense em levar de volta e começou a comer. Aí a Nair ficou uma arara, pois ele preferiu a canjica feita por Valdênia.

Nas vezes seguintes, quando levávamos alguma coisa para eles saborearem, a Valdênia dizia: primeiro eu vou lá dentro ver se a mesa não está cheia disto aqui.


Vicente Almeida

4 comentários:

  1. Bons e felizes tempos aqueles, não eram meu compadre?

    Relembrar aqueles momentos, me traz muita alegria pois vivi intensamente cada momento.

    Vicente Almeida

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  2. É verdade Vicente. Dava uma pena danada ver as meninas perderem. Mas, como poderiam ganhar se Voce roubava na contagem dos pontos e Eu roubava na anotação e soma.
    Voce não contou a historia toda. Faltou dizer onde colocar o REY. hahaha.
    Tem tambem a carta que a Nair passou por baixo da mesa para Valdenia e quem pegou fui eu. Eita tempo bom.

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  3. É compadre

    Essas coisas serão objeto de outras postagens. Não posso esgotar o repertório de uma só vez.

    E quanto a Rei, cuidaaado!

    Vicente Almeida

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  4. Poeta Vicente, eu acho que a Dona Valdênia levou beiju foi pra pra farinhada. Mas ela não perdeu o trabalho, porque o primo Morais
    gosta tanto de canjica, que uma vez eu bebia cachaça lá no Sanharol e ele levou um prato de canjica para tira-gosto.
    Abraço.
    Mundidm.

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