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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Vendeu até a canga - Por A. Morais

Panorama do Vale do Machado - Arrozais em Varzea-Alegre.

Dedico este achado ao amigo Enio Menezes. Ele não conheceu os personagens e por esta razão o caso se torna mais interessante. O poeta Jose Pequeno e Raimundo de Souza do sitio Varzinha e Alencar do sitio Chico eram parentes entre si - Tio, cunhado, sobrinho ou coisa que o valha. Raimundo de Sousa tinha uma porca muito ladrona, vivia a invadir as roças alheias, desde o sitio Varzinha, do Chico de Baixo até a casa do Joaquim Fiúza já na divisa com o Roçado de Dentro. Nada dava jeito. Cambão, tamanca, canga, nada impedia a porca de comer onde bem entendesse.
Para alivio da vizinhança Raimundo de Souza resolveu vender a porca e conseguiu uma boa oferta - 200 cruzeiros. O poeta Zé Pequeno quando soube da noticia da venda disse para os amigos: vamos fazer uma poesia: Eu faço o primeiro verso, o Raimundo faz o segundo e Alencar termina: Assim ficou combinado e assim se deu:

José Pequeno - Raimundo vendeu a porca por 200 cruzeiros!
Raimundo - E fiquei morto de alegre porque peguei no dinheiro!
Alencar - Vendeu até a canga!

Isso é o que chamo de poeta rimador.

Postado por A. Morais

2 comentários:

  1. Dr. Enio.

    Eu admiro o poeta porque mesmo quando não rima a mensagem é entendida: apesar de não rimar Alencar deixou bem claro que a porca foi bem vendida.
    Abraço.

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  2. Dr. Enio.

    Eu admiro o poeta porque mesmo quando não rima a mensagem é entendida: apesar de não rimar Alencar deixou bem claro que a porca foi bem vendida.
    Abraço.

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