Uma vez Zé Vieira do Chico, programou um adjunto para a apanha do seu arroz e para tanto convidou uns amigos da Varzinha, das Panelas, do Sanharol e da Boa Vista. No dia marcado os convidados chegaram às sete horas e já começaram a colheita. Por volta das nove e meia, chegou Roldão que não tinha sido convidado. Pegou uma faquinha daquelas feita de serra e passou meia hora amolando. Os outros já estavam com seis potes de arroz, quando Roldão começou a catar lento e gradual como se estivesse contando os grãos. As dez e meia ele já começou a reclamar que o almoço estava atrasando. Quando o almoço chegou, ele comeu mais do que os outros e ainda reclamou que a comida não estava boa. Os trabalhadores voltaram e ele ficou debaixo das moitas durante meia hora.
Por volta das duas e meia, ele deu um “ Inté ôto dia, se o dicumer tiver mió “ E foi embora. No final do dia os convidados comentavam sobre a preguiça de Roldão.
Um dizia:
- Mais minino, Roldão incheu o rabo de baião de dois, e adispois foi dizer qui o cumer num prestava.
Outro dizia:
- Ome o arroz qui Roldão catou num dá nem pra dá o dicumer duma patativa cum fastio. Depois de alguns comentários foi a vez de Joaquim Fiúsa: Minha gente, Roldão é igual a dentiqueiro. É o último chega, é o que mais perturba e o primeiro que arriba.
Por volta das duas e meia, ele deu um “ Inté ôto dia, se o dicumer tiver mió “ E foi embora. No final do dia os convidados comentavam sobre a preguiça de Roldão.
Um dizia:
- Mais minino, Roldão incheu o rabo de baião de dois, e adispois foi dizer qui o cumer num prestava.
Outro dizia:
- Ome o arroz qui Roldão catou num dá nem pra dá o dicumer duma patativa cum fastio. Depois de alguns comentários foi a vez de Joaquim Fiúsa: Minha gente, Roldão é igual a dentiqueiro. É o último chega, é o que mais perturba e o primeiro que arriba.
Mundim do Vale
Roldão era metido, preguiçoso e exigente. Chegava tarde, saia cedo, e ainda botava defeito na comida.
ResponderExcluirRaimundinho, conheci poucos cidadãos varzealegrenses mas acabo conhecendo quase todos aqui no Sanharol.
ResponderExcluirO que acho bastante peculiar na terrinha do arroz, se não estiver enganada, os proprietários encabeçam a colheita com amigos e proprietários também. Isto demonstra o quanto o povo de lá é irmanado, solidário e amigo. Simples assim, o progresso da Cidade dos Universitários se deve a união desse povo. Ô povo lindo, meu Deus!
Mundim,você me fez lembrar, dos adjuntos do Pai de Beleza; lá na Bretanha:era uma festa; depois da tarefa cumprida, muita comida aluar, maneiro pau e pifaro, lembra? Roldão era muito metido e preguiçoso, isso sim. Mundim, estou com muitas saudades de você e de todos. Abraço carinho e fraterno. Fátima
ResponderExcluirGlória e Maria de Fátima. Nossa
ResponderExcluirV. Alegre é do jeito que vocês falaram. E eu vou aqui expondo tudo no Sanharol. É bem verdade que eu não tenho uma boa gramática
para escrever, faço isso melhor contando, mas eu vou mandando e os amigos vão lendo, corrigindo e perdoando.
Abraços.
Mundim.