Neste verso eu vou lembrar
De dois conterrâneos meus
Que no título vou chamar
Funcionários de Deus.
Mãe Antônia Cabeleira
A nossa boa parteira
Tinha o trabalho primeiro.
E Alexandre seu filho
Abraçou com muito brilho
O ofício derradeiro.
As gestantes da cidade
Mãe Antonia assistia,
Pois uma maternidade
Na época não existia.
Fosse dia ou madrugada
Quando ela fosse chamada
Cumpria bem seu dever.
Com carinho e atenção,
Toda a minha geração
Ela ajudou a nascer.
Alexandre um cidadão
Versátil e trabalhador,
Chegou a ser artesão
Foi também agricultor.
Negociou no mercado,
Pioneiro em sal pilado
E também foi enfermeiro.
Trabalhou como cambista
E pra completar a lista
Terminou como coveiro.
Mãe Antônia só fazia
Os ´partos com segurança
Era muito raro o dia
Pra morrer uma criança.
Era o parto natural
Sem recurso de hospital
Como Deus tinha previsto.
A parteira auxiliava,
A criancinha chorava
Como nasceu Jesus Cristo.
Alexandre no final
Fez a vez de mensageiro,
Cuidava do funeral
E também era coveiro.
Aquele irmão que morria,
Alexandre remetia
Para a casa verdadeira.
Quem sabe um dia a cegonha
Traz de volta mãe Antônia
E Alexandre Cabeleira.
Deus colocou neles dois
O poder da caridade
Pois na terra do arroz
Viveram de irmandade.
Não pouparam sacrifícios
Cumpriram bem seus ofícios
Fizera os trabalhos seus.
Mãe Antônia recebia,
E Alexandre devolvia
Novamente para Deus.
Mundim do Vale.
Uma verdadeira parceria:
ResponderExcluir"Mãe Antônia recebia,
E Alexandre devolvia
Novamente para Deus."
Mundim D'vale.
Se um dia eu for um poeta
Quero ser como o mundim
Que só publica o que presta
E o que não presta ele dá fim.
Parabéns poeta Mundim D'vale!
Prezado Mundim.
ResponderExcluirComo voce eu tambem tive a felicidade de vi ao mundo pelas mãos santas de Antonia Maria de Morais, Antonia Cabileira. Ha poucos dias o Blog fez uma pequena homenagem postando os dados biagraficos de nossa parteira maior. Parabens pela postagem e pela homenagem justa e merecida.