Eu hoje sou um homem desprovido
Da luz que antigamente iluminou
O meu caminho que, de tão florido,
Num rastro de espinhos se tornou.
Perdi a fé em tudo neste mundo,
Até a que detinha em mim mesmo!
Vou seguindo a vida, assim a esmo,
Como um doente, qual um moribundo.
Mas, ainda me resta uma esperança
Que me anima, que me conforta,
Aliviando-me desta nostalgia:
É a certeza de que, sem ou com tardança,
Se hoje, se amanha, já não me importa
Do triste mundo partirei, um dia.
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
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Fez me lembrar de Augusto dos Anjos
ResponderExcluiré mais um dessa familia que escreve, com isso enriquece as letras varzealegrense bonito soneto
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