Acho bom, gosto de ver
Quando o dia vai raiando.
A luz surgindo no céu
A passarada cantando.
Me benzo, pois nesta hora
Encho minha alma de fé
Sigo direto à cozinha
Para cuidar do café.
Que lindo céu da manhã!
Oh, como tudo é grandeza!
Que céu bordado de luz,
Como é linda a natureza.
O rico, pois, nessa hora,
Dorme qual porco na cama
E o pobre, em preces divinas,
O nome de Deus proclama.
O pobre, pois, num instante,
Louva a Jesus e a Maria
Empunha a foice, a enxada
E segue a luta do dia.
Oh quanto me deleito
Nesta hora da manhã!
Neste todo tão divino
Neste céu cor de romã.
Gosto de ouvir nesta hora
A cantiga do Geraldo,
Peito que estala saudoso,
Qual um piston afinado.
Canta muito bem o negrinho
Com tanta satisfação
Que faz um mar de ventura
Visitar-me o coração.
Acho a voz de Geraldo
Tão bonita, engraçadinha,
Que desejava comê-la
Misturada com farinha.
Quem vê o pobre negrinho
Sujo, roto e aleijado,
A cabeça descoberta,
O olhar atravessado,
Não diz que daquele peito
Bate a voz de um chorão
Nem sabe que a voz de Deus
Mora no seu coração.
O Geraldo quando canta
Deus escuta atentamente,
E sendo um Deus no seu peito
Se manifesta contente.
Solta feliz, ó Geraldo,
Este teu canto bonito
Neste teu canto eu vejo
As notas do infinito.
Quando o dia vai raiando.
A luz surgindo no céu
A passarada cantando.
Me benzo, pois nesta hora
Encho minha alma de fé
Sigo direto à cozinha
Para cuidar do café.
Que lindo céu da manhã!
Oh, como tudo é grandeza!
Que céu bordado de luz,
Como é linda a natureza.
O rico, pois, nessa hora,
Dorme qual porco na cama
E o pobre, em preces divinas,
O nome de Deus proclama.
O pobre, pois, num instante,
Louva a Jesus e a Maria
Empunha a foice, a enxada
E segue a luta do dia.
Oh quanto me deleito
Nesta hora da manhã!
Neste todo tão divino
Neste céu cor de romã.
Gosto de ouvir nesta hora
A cantiga do Geraldo,
Peito que estala saudoso,
Qual um piston afinado.
Canta muito bem o negrinho
Com tanta satisfação
Que faz um mar de ventura
Visitar-me o coração.
Acho a voz de Geraldo
Tão bonita, engraçadinha,
Que desejava comê-la
Misturada com farinha.
Quem vê o pobre negrinho
Sujo, roto e aleijado,
A cabeça descoberta,
O olhar atravessado,
Não diz que daquele peito
Bate a voz de um chorão
Nem sabe que a voz de Deus
Mora no seu coração.
O Geraldo quando canta
Deus escuta atentamente,
E sendo um Deus no seu peito
Se manifesta contente.
Solta feliz, ó Geraldo,
Este teu canto bonito
Neste teu canto eu vejo
As notas do infinito.
Quanta grandeza encerra esses versos do Poeta Jose Augusto.
ResponderExcluirQue luz literária e cultural fantástica, Morais.
ResponderExcluirRealmente, precisamos divulgar nossas preciosidades nativas.
Essas instituições culturais recém criadas em Várzea Alegre, aliadas ao trabalho dos blog's, que já vêm há algum tempo fazendo e disseminando nossa cultura, nossa literatura, e valorizando nossos artistas e nossas manifestações culturais, vão somar, mais e mais, para a consecução dos nossos objetivos nativistas.
Você é, Morais, uma bênção para nossa Várzea Alegre. Prazer conhecer você e seu trabalho cultural manifestado através do blog Sanharol.
Vou divulgar no meu site, www.josevaldir.com , nossa gente e nossa cultura, com mais freqüência.
O poeta José Augusto me faz, por meio da sua obra literária, sentir e viver o amor, a natureza e as belezas que a vida encerra, nos sonhos e no dia-a-dia.
Grande abraço.