Queria porque queria dizer-lhe do sentimento que atormentava sua cabeça há dias, desde que ela partira. Procurou no armário das palavras bonitas a que melhor definisse aquele instante. Não encontrou. Na prateleira empoeirada das metáforas, catou, sem sucesso, uma que espelhasse aquele momento. Em vão. Numa hora como a ora vivida não achava a palavra certa, ainda que buscada na gaveta das mais difíceis ou no balaio das rimas perfeitamente metrificadas e sonoramente belas. Ignorou o dicionário e contentou-se em rabiscar, num papel amarelado que já fora da cor de sua esperança, apenas uma palavra, aguando-a com uma lágrima que escapuliu de seu olho triste: saudade.
Prezado Xico.
ResponderExcluirComo sempre você consegue com poucas e sabias palavras levar belas mensagens ao leitor.
Parabens por mais essa cronica. Agradeço em nome dos leitores.
Abraços.
Xico, que texto gostoso de se ler!
ResponderExcluirCurto, claro e atrai o leitor até o fim.