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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 29 de março de 2012

Histórias do Sanharol 075 - Por Blog do Sanharol



Gustavo Correia, Cotinha Bitu e José André.

João Bitu diz que não, Corina também nega, dizem que é lorota minha, mas na minha singela avaliação Cotinha fazia mais os dengos de Isabel do que dos  demais. Certa feita Isabel ligou  pedindo  um pouco de nata, queria degustar uma tapioca com mudubim lambuzada de nata. Cotinha vendia o leite a Joana Goteira e, quem vende o leite não tem nata. Viu-se obrigada a adquirir com terceiros. 

Não podia ser uma nata qualquer, exigia uma nata pura e de boa qualidade.  Raimundo Leandro tinha, mas o leite era de muitas procedências, muito misturado e, a nata podia não ser pura e boa.

Cotinha se valeu da amiga Delmir, esposa do Geraldo Leandro. Delmir se prontificou em arranjar. Galego de Fiuza desceu feito uma bala na bicicleta para apanhar. Quando chegou na casa de Delmir ela falou: eu  disse que tinha essa nata porque não posso faltar a Cotinha, mas eu não tenho. Vai Galego na casa de Raimundo Leandro e trás esse caldeirão de nata. 

O galego foi e voltou com o produto. Delmir separou a parte de Cotinha e guardou  a sobra. Quando Galego chegou no Sanharol Cotinha  tirou a tampa  da lata, cheirou a nata e disse: aqui pode-se dizer que é uma nata boa, diferente das que Raimundo Leandro vende.

7 comentários:

  1. Eu sempre fui um observador, estudioso e investigador das coisas do Sanharol.

    Em se tratando de Padim e Cotinha eu conheço, porque tinha e tenho uma admiração imensuravel, e uma grande gratidão pela amizade deles e de seus filhos.

    Vou aguardar a reação dos outros meninos e, vou terminar provando, com outras historias, que a Isabel era mais dengosa do que os outros.

    Um grande abraço a todos.

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  2. O fato é que os mais velhos tiveram de se ausentarem na busca de trabalho com vista à sobrevivência e Isabel por ser a casula permaneceu mais tempo sobre a sua custódia. Eu, fazendo uma rápida avaliação, afirmo que o seu interesse na busca de uma educação com qualidade foi extensivo a todos. Luis quando completou 18 anos endoidou para ir a São Paulo. Depois de um ano de sua estada por lá Continha foi fazer uma visita e vendo a situação do filho disse: olhe meu filho!!!!!, Você tem pai e mãe, admiro até você ter estudado esse período, mas vamos voltar para nossa terrinha, continuar os estudos que a sua sorte está por lá. Dito é feito ao checar em Várzea-Alegre fez o concurso para o BEC e conseguiu uma vaga como cotinho e em função de sua eficiência e compromisso para com o trabalho, hoje é aposentado como gerente. Assim vez com José quando foi para o Maranhão. Cotinha, a viga mestre de nossa família ao lado do seu marido Raimundo Bitu, quanta saudade sentimos de vocês.

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  3. Prezado João Bitu.

    Infelizmente eu, voce e outros não podemos contar as historias de nossos avós e besavós, porque não teve quem fizesse o resgate para a posteridade.

    Um dia, os nossos netos e bisnetos vão encontrar esses nossos depoimentos que marcaram as vidas de seus ascendentes.

    Grande abraço.

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  4. Primo Morais agradeço de público as suas palavras sábias dedicas a minha mãe. Você também é testemunho que o carinho por parte dela sempre foi especial e extensivo a todos de sua casa e posso afirma que a amizade até hoje continua recíproca e verdadeira.

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  5. Vibro e me empolgo demais com essas engraçadas e sábias histórias do nosso povo. Seus valorosos testemunhos de vida...PADIM e COTINHA, de saudosas memórias, sempre foram maravilhosos, admirados e queridos pelo povo do SANHAROL e de toda a redondeza. Uma família digna, abençoada!!! Orgulho-me em conhecê-la e usufruir dessa amizade tão saudável, tão benéfica...Bem verdade, MORAIS, essa GRANDEZA dos nossos antepassados hoje,felizmente, dispomos de recursos para guardá-la aos nossos sucessores.
    GRANDE ABRAÇO ao colaborador e a nobre família de PADIM e COTINHA.
    ISABEL VIEIRA

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  6. Obrigado Isabel Viera pelos elogios dedicados a minha família, você é exemplo de vida, de pessoa amável e que tem uma gama de serviço prestado em nossa terra na área da educação. De público continuo dizendo que você é minha eterna professora e que tenho uma grande gratidão e admiração. Desejo tudo de bom extensivo a todos os seus familiares e aproveito a oportunidade para desejar uma feliz páscoa.

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  7. Prezados amigos,
    Também acredito que os caçulas levavam uma certa vantagem. Lá em casa, os mais velhos iam a escola de jegue, o famoso Roxim. Desciam no lombo do jegue Junior, Dakson e Sheila. Eu ja ia de bicicleta, de carona com Zé Raimundo,. Já pedim, o caçula ia de caloi cross. Foi a primeira caloi cross do sanharol.
    A bem da verdade é que os tempos mudaram e as dificuldades diminuíram para os mais jovens, principalmente por poder contar com a ajuda dos mais velhos.

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