Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Os Mundim - Por Blog do Sanharol


Raimundo Alves de Menezes, Mundim do Sapo, foto de 1936 data do seu primeiro casamento com Ana Feitosa Bitu.

André Menezes comprou uma camionete, em Fortaleza e, antes de receber a liberação  para viajar para Várzea-Alegre, Otacílio Correia o trouxe. Mundim Sobreira, genro do André, ficou encarregado de levar o carro quando a documentação estivesse disponível. Mundim do Sapo tomou conhecimento da viagem do outro Mundim. Combinou de viajar junto. Saíram cedinho de Fortaleza e, tome pé na taba. Quando se aproximaram da cidade de Russas, foram surpreendidos por uma viatura da gloriosa Policia Militar do Ceará: 

Documento do Carro: normal, nota fiscal e autorização para o deslocamento.
Documento do condutor- também normal.

Mas, você sabe como são estas abordagens, tem sempre uma conversinha de peduvido. O policial convidou Mundim Sobreira para conversar com o comandante. 

Você  estava com excesso de velocidade - disse o comandante.
Não, eu dirigia dentro dos limites de velocidade permitidos, respondeu Mundim Sobreira.

Foram acima, foram abaixo e, como não existia radar, ficou a palavra de um contra a do outro. Na expressão popular Mundim já estava desdobrando a volante.

Então, Mundim do Sapo saiu do carro, se aproximou  dos policiais e disse a todo pulmão: Graças a Deus vocês estavam aqui, eu vinha me cagando de medo, esse homem é doido, 160 km/h de Fortaleza pra cá.

Pronto, não houve jeito, o carro foi multado antes de ser emplacado.

3 comentários:

  1. Como é prazeroso contar as historias de tio Mundim do Sapo.

    São centenas delas, sempre bem humoradas.

    Tive a sorte de conviver com tio Mundim em Crato. Nunca vi criatura mais amiga e humana.

    Quantas saudades.

    ResponderExcluir
  2. Muito divertido.Bem que voçe disse A.Morais.

    ResponderExcluir
  3. Realmente Morais. Também convivi com Mundim do Sapo em Crato. Era formidável. Eulina, a segunda mulher dele era minha prima e sempre que vinha ao Crato ficava na casa dele. As suas histórias são prazeirosas mas conviver com ele era mais prazeiroso ainda.

    ResponderExcluir