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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 21 de abril de 2017

DESARMAMENTO EM JUAZEIRO DO NORTE - Postagem do Antonio Morais


Em Juazeiro do Norte, antes da lei do desarmamento era fácil o interessado comprar uma arma de fogo. Conta-se que no tempo da revolução, a Decima Região Militar, mandou um tenente disfarçado fazer um levantamento sigiloso sobre o assunto e quando ele retornou ao quartel fez um relatório bastante resumido: Juazeiro tem mais armamento e munição que a Decima Região Militar, isso sem falar  nas fabricas de espingardas e de escopetas.

Depois da proibição do uso de armas a Policia Federal começou a recolhê-las, estipulando um preço para cada tipo. A espingarda de caça comum seria recebida por cem reais. Na época uma socadeira era vendida, nas feiras e lojas especializadas por 30,00.  Então a novidade desencadeou na cidade uma verdadeira corrente do ouro.

No primeiro dia, o posto de recolhimento da PF recebeu um absurdo de lazarinas, no segundo também e no terceiro já faltava espaço para o arsenal. 

No quarto dia, apresentou-se um rapazote com um braçado de socadeiras, ainda escorrendo tinta das coronhas.  Aí a ficha caiu! O negocio era muito bom, com um lucro de mais de 200%, valia a pena esperar o dinheiro sair.

Quando o agente viu aquela arrumação, ficou colérico:

De onde você está trazendo isso? E o entregador com cara de lesado; Foi um veio que mandou eu entregar.

O recebimento foi suspenso e o preço da socadeira recalculado para baixo.

Cel. Ronald Brito.

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