João do Sapo do Sanharol era um homem corajoso, destemido e desassombrado, nada lhe metia medo. Hoje, Várzea-Alegre é essa serenidade civilidade decorrente da democracia. Antigamente vivia em guerra constante, o ranço da politica transformava a vida de gente de bem pela perseguição e covardia.
João Ricarte era um cangaceiro, um bandoleiro serviçal tirano e malvado. Por tempos, defendeu as trincheiras e os interesses dos Costas, e, vezes outras ficou do lado dos Correias. De modo que estava sempre a serviço dos mal feitos. Por essa razão metia medo em muita gente.
João do Sapo chegando na bodega de Zé Augusto ouviu João Ricarte cagando goma e contando vantagem. Dizia: Já estive dos dois lados, ultimamente estive com os Correia, de rifle na mão, e,se tivesse visto a cabeça de Pedro Costa teria arrancado com uma bala.
João do Sapo encarou o meliante e com voz firme disse: de um cabra safado e covarde como você não se podia esperar coisa diferente.
João Ricarte estava calado e calado ficou. Dizem que Vicente Félix do Sanharol estava do lado de João do Sapo igual um galo sem olho, pisando numa perna só, doido para aprumar o peduvido de João Ricarte com um pescoção.
Com a mesma firmeza que João do Sapo tratou o capanga João Ricarte, tratou também o chefe da capangagem, prefeito Vicente Honorio, genro do Coronel Antonio Correia. O mandonista da epoca.
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