Na casa de João do Sapo sempre tinha algumas pessoas agregadas que trabalhavam os serviços, recebiam pagamento para tanto, embora, fossem considerados como pessoas do seio familiar.
Assim era o João Hipólito. Viveu por um bom tempo no Sanharol. Era costume cortar as ramas do moquém para as vagas pastarem no outro dia cedinho. Depois do gado era a vez das ovelhas aproveitarem as sobras. João Hipólito era o encarregado de pastorar as ovelhas. Pra quem não conhece, os ovinos são animais teimosos, arredios, quando pendem a cabeça numa direção não adianta correr atrás, tentar tomar a frente é tolice.
João do Sapo explicou: se as ovelhas correrem numa direção não corra atrás. Espere elas pararem e, então, você vai conseguir trazê-las de volta para o local devido. Nunca jogue pedra, pau ou qualquer outro objeto.
No outro dia as ovelhas partiram na direção contraria a roça do pasto, João Hipólito atirou um rebolo na direção indo atingir o cachaço de uma marrã causando-lhe morte imediata.
Quando trouxeram a noticia para João do Sapo, informando que a ovelha morta era a do João Hipólito, então, João do Sapo surrurrou: Bem feito.
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