POETA HISTORIADOR
João Bitu é um poeta, que faz a rima concreta
Pra falar do seu lugar.
Rima com propriedade, a sua boa cidade
Sem deixar nada faltar.
Lembra a casa que viveu, ao lado da de Dirceu
Que era sua vizinha.
Lembra de Dona Santana, dos benditos de Romana
Na hora da ladainha.
Lembra o amigo Dudu, O seu pai José Bitu
E a sua mãe Vicentina.
Lembra de Pitõe Gibão, pulando no algodão
Que chegava na uzina.
Lembra o Sr. Lourival, e a casa paroquial
Que era de frente a sua.
Lembra o Sr. João Bilé, que morava no Coité
Mas tinha casa na rua.
Lembra de Dona Lilí, da minha mãe Iracy
De André Costa e Santinha.
Não esquece Valdeliz, Francisca e Luiz Diniz,
Dona Eliza e Tietinha.
O poeta não perdia, a salva do meio dia
Bem do lado do cruzeiro.
Seguia na procissão, conduzindo em sua mão
O andor do padroeiro.
Lembra Maria Caitana, cantando e bebendo cana
Jogando no elefante.
Lembra José Vitorino, Zé Odmar e Acelino,
Zé Raimundo da Vazante.
Lembra do Sr. Ferreira, Dona Raimunda Teixeira
E de Vicente Gregório.
Não esquece de Soarim, Damião, Chico Carrim
E do Sr. Quinco Honório.
Morou um tempo no rio, Mas seu maior desafío
Foi voltar ao Ceará.
Queria, porque queria, Ter a boa companhia
De Zezê e de Fafá.
O poeta tem guardado, Todo o Vale do Machado
E a sua bela história.
O meu verso não diz tudo, quem quiser mais conteúdo
João Bitu tem na memória.
Termino minha alusão, com bastante precisão
Para que ninguém me cale.
Vai daqui muito carinho, do amigo e ex vizinho
Poeta Mundim do Vale.
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