Carregada de tensão e faíscas elétricas, a entrevista do presidente do Supremo Tribuna Federal (STF), Joaquim Barbosa, que marcou o retorno do programa de Roberto D'Ávila à televisão (agora no canal privado Globo News), foi provocativa e atraente do começo ao fim.
Fatos e informações do mundo da política, da justiça, da comunicação, da cultura, das relações sociais e principalmente da condição humana, espalharam-se fartamente por todos os blocos.
Ainda assim, restaram importantes lacunas jornalísticas, à espera de perguntas e de respostas. Nas questões mais gerais citadas acima, e em várias outras, mais específicas e “da hora”, a exemplo do processo contra o jornalista Ricardo Noblat.
Essa questão foi tangenciada por entrevistador e entrevistado. Ficou em aberto, rondando entre dúvidas, meias palavras e vacilações de parte a parte, até se dissolver no ar.
Uma pena: para o programa, seus personagens e telespectadores.
Mas nem tudo se perde por causa disso. A impressão, no conjunto da obra, é de que algo realmente significativo aconteceu na telinha da TV brasileira. E para todos os gostos: de quem admira e de quem detesta e não tolera Joaquim Barbosa.
Ou para os que ainda observam o jurista (nascido em Minas Gerais das montanhas famosas, mas encantado e atraído desde a juventude pelo planalto central onde fica Brasília), com “aquela incômoda pulga atrás da orelha”
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