Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 30 de março de 2014

A Sonata da entrevista de Joaquim Barbosa - Por Vitor Hugo Soares.


Carregada de tensão e faíscas elétricas, a entrevista do presidente do Supremo Tribuna Federal (STF), Joaquim Barbosa, que marcou o retorno do programa de Roberto D'Ávila à televisão (agora no canal privado Globo News), foi provocativa e atraente do começo ao fim.

Fatos e informações do mundo da política, da justiça, da comunicação, da cultura, das relações sociais e principalmente da condição humana, espalharam-se fartamente por todos os blocos.

Ainda assim, restaram importantes lacunas jornalísticas, à espera de perguntas e de respostas. Nas questões mais gerais citadas acima, e em várias outras, mais específicas e “da hora”, a exemplo do processo contra o jornalista Ricardo Noblat.

Essa questão foi tangenciada por entrevistador e entrevistado. Ficou em aberto, rondando entre dúvidas, meias palavras e vacilações de parte a parte, até se dissolver no ar.

Uma pena: para o programa, seus personagens e telespectadores.

Mas nem tudo se perde por causa disso. A impressão, no conjunto da obra, é de que algo realmente significativo aconteceu na telinha da TV brasileira. E para todos os gostos: de quem admira e de quem detesta e não tolera Joaquim Barbosa.

Ou para os que ainda observam o jurista (nascido em Minas Gerais das montanhas famosas, mas encantado e atraído desde a juventude pelo planalto central onde fica Brasília), com “aquela incômoda pulga atrás da orelha”

Nenhum comentário:

Postar um comentário