A priori, uma rápida lembrança ao caro leitor. A palavra memória vem da mitologia, da deusa grega Mnemosine, a mãe das musas que protege as artes e a História, era ela que proporcionava a transmissão dos conhecimentos do passado entre os mortais. Nos dias atuais “memorialista” é a pessoa que dedica parte do seu tempo a resgatar, ou preservar, memórias da sua comunidade, nos aspectos histórico, sociológico, folclórico, dentre outros. Memorialista é enfim um narrador do gênero de literatura que contribui para não deixar desaparecer as tradições de uma cidade ou região.
Isto posto, afirmo – com todas as letras – que Antônio Morais tem se constituído num valoroso memorialista de Várzea Alegre. Neste fim-de-semana, li, com prazer, alguns artigos redigidos por Morais, e publicados no espaço deste blog, onde ele escreveu sobre o primeiro capelão da sua cidade natal; sobre a mártir Maria de Várzea Alegre; e outro resgate sobre a figura de João Aires de Aquino.
Já se tornou corriqueiro o adágio de que um povo sem memória é um povo sem futuro. Reside nesses escritos despretensiosos, escritos por Morais, um trabalho de grande valia para a preservação da memória de Várzea Alegre. As futuras gerações de varzealegrenses poderão consultar essas crônicas quando quiserem se debruçar sobre o patrimônio material e imaterial de sua terra.
Louvo essa nobre atividade de Antônio Morais por conhecer o valor que a memória coletiva exerce sobre a identidade social. Desnecessário relembrar que todos nós somos seres históricos. É o acumulo de referências de outras épocas que formam a estrutura da sociedade em que estamos inseridos. Estas referências constituem o patrimônio cultural de uma cidade, de uma região e de um país.
Parabéns Morais! Siga em frente. Quem sabe, num futuro próximo essas suas crônicas sejam ensejadas num livro sobre a memória de Várzea Alegre. Oxalá outros visionários enxerguem seu meritório trabalho e ajudem a consolidar um projeto de preservação da memória da Terra de São Raimundo Nonato.
(*) Armando Lopes Rafael, licenciado em História pela Universidade Regional do Cariri.
Prezado amigo Armando Rafael - Veja se não parece contraste. Em 1932, ano de seca, o Padre José Ferreira Lobo decidiu demoli a Igreja antiga e construir o templo atual em Várzea-Alegre. Em 1977 um inverno copioso destruiu a torre da atual igreja. O padre José Mota Mendes fez um trabalho de merecer louvor e aplauso junto a comunidade católica e recuperou a igreja em tempo breve. A igreja de São Raimundo Nonato, na sua parte interna surpreende pela beleza e aprazível apresentação. Muito obrigado pelo elogio, como dizia o meu velho pai : não sou esses balaios todo não, mas farei em breve uma postagem interessante falando exatamente das igrejas de São Raimundo Nonato. Da primeira a atual.
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