O novo presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Claudio Lamachia, tomou posse nesta terça-feira, em Brasília, com discurso crítico à presidente Dilma Rousseff e ao governo.
"Em uma sanha tributária sem limites, o governo agora tenta recriar a CPMF. [Trata-se de] um absurdo próprio de quem vê o povo famélico e o manda comer brioches. Que riqueza é essa que a presidente República vê para tributar, em meio a uma das maiores recessões da história?", questionou Lamachia.
Em outro momento, os disparos foram endereçados à classe política, de um modo geral.
"A economia do país derrete, e a úncia coisa que se vê são autoridades tentando salvar seus próprios mandatos. Todos estão pensando em si mesmos, e ninguém pensa na nação, que mais parece uma nau à deriva", comparou.
Como já havia feito em outras ocasiões, ele pediu o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e classificou como "deboche" o retorno do senador Delcídio Amaral (PT-MS) ao Congresso, após três meses preso. Ambos são alvo da Operação Lava Jato.
"O 'Petrolão' está aí para nos mostrar. E a Zelotes? e o 'Eletrolão'? Quantos esquemas ainda há nesse país para se desvendar? E o Parlamento, por que não fiscaliza e reage? Porque algumas de suas lideranças estão marcadas pelo mal feito e a corrupção", disse, referindo-se a escândalos recentes.
Poucos congressistas foram vistos na cerimônia de posse da nova diretoria da OAB. Entre os chefes de Poder, apenas o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, esteve presente.
Compareceram ainda o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Francisco Falcão; os ministros do STF Gilmar Mendes, Luis Roberto Barroso e Teori Zavascki, além dos governadores Rodrigo Rolemberg (DF) e José Ivo Sartori (RS).
A nova diretoria, que tomou posse nesta terça, é formada pelo vice-presidente, Luis Cláudio da Silva Chaves; o secretário-geral, Felipe Sarmento Cordeiro; o secretário-geral adjunto Ibaneis Rocha Barros Junior; e o diretor tesoureiro Antonio Oneildo Ferreira.
Ainda bem que esse presidente da OAB diferentemente do anterior vem com um discurso aprópriado para o momento que vivemos. Criar imposto, aumentar arrecadação para o governo do PT é a mesma coisa que o pai aumentar a mesada do filho drogado.
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