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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 15 de novembro de 2016

Coisas da República: Projeto acaba com feriado da proclamação da República


Proposta em tramitação na Câmara dos Deputados acaba com o feriado de 15 de Novembro, instituído em comemoração ao dia da Proclamação da República. A proposta altera a Lei 662/49, que definiu os feriados nacionais.
O deputado Newton Cardoso (PMDB-MG), autor do Projeto de Lei 6757/13, argumenta que, ao contrário do feriado de 7 de Setembro, que marca a independência do Brasil, a proclamação não teve participação popular e, portanto, não gerou na sociedade o sentimento cívico que há em outras celebrações.
O autor cita informações do livro “1889”, do jornalista Laurentino Gomes, para embasar seus argumentos. “Laurentino Gomes tem completa razão em afirmar que o feriado da Proclamação da República é um feriado sem reconhecimento e apoio do povo brasileiro, uma vez que é aproveitado apenas para mais um dia de descanso”, afirma.
De acordo com o livro, “o feriado da Proclamação da República é uma festa tímida, geralmente ignorada pela maioria das pessoas”.
O deputado destaca ainda que algumas celebrações regionais, como o 2 de julho na Bahia (que marca a luta do estado pela independência do Brasil) e o 20 de setembro no Rio Grande do Sul (que celebra o início da Revolução Farroupilha), têm mais apelo popular do que o feriado nacional de 15 de Novembro.

3 comentários:

  1. É...

    Meu caro Armando:

    Confesso que nunca vi esta data como um evento histórico, tanto que não há comemorações a não ser mais um dia de papo pro ar. Realmente não teve apelo nem apoio popular. Trata-se de um enredo firmado entre quatro paredes.

    Os brasileiros tinham uma mania de mentir para enaltecer a terra amada e fantasiavam demais.

    Assim foi a mentirosa história do descobrimento do Brasil que na nossa infância e adolescência nas décadas de 50 e 60 nos fizeram digerir como verdadeira. Era o que os livros de leitura da época ensinavam.

    Vicente Almeida

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  2. Caro Vicente:
    Abaixo dois textos de Ruy Barbosa:

    1) ... nas repúblicas de molde presidencial os reis temporários, designados a capricho das oligarquias e máquinas eleitorais, obram sem corretivo, com um poder irresponsável e, por conseqüência, ilimitado, imoral, absoluto. Eis aí o que minha consciência de monarquista parlamentar energicamente repugnava.

    2) Um dia fui Republicano e não nego, mas, o ideal monárquico é bem maior e mais JUSTO. "... a monarquia parlamentar, lealmente observada, encerra em si todas as virtudes preconizadas, sem o grande mal da República, o seu mal inevitável.
    O mal grandíssimo e irremediável das instituições republicanas consiste em deixar exposto à ilimitada concorrência das ambições menos dignas o primeiro lugar do Estado e, desta sorte, o condenar a ser ocupado, em regra, pela mediocridade."

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  3. Prezados Vicente e Armando - Uno-me aos amigos e não tenho nenhum apreço por essa republica de araque. Onde se fala em democracia. Para os governantes só existe democracia quando é a seu favor. Basta perder o apoio do povo pela desordem e o mal que causaram para não ser democrático, ser considerado golpe.

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