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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 4 de fevereiro de 2017

Quem sai mais caro: a República ou a Monarquia? Por Armando Lopes Rafael

 A insuspeita revista Time, no seu número de 9 de Dezembro de 1966, num curioso artigo intitulado “A magia da Monarquia continua”, dizia sem qualquer rebuço: “Uma das principais críticas à Monarquia consiste em dizer que ela é demasiado dispendiosa. Mas os Presidentes das Repúblicas também gastam e não estão aptos a governar tal como os Reis e as Rainhas, que para isso foram educados desde a infância”. 

É verdade. Os presidentes de repúblicas gastam muito mais do que os reis e as rainhas. As repúblicas são mais perdulárias do que as Monarquias.

Nansen, o líder da independência norueguesa, ao chegar o momento de escolher a forma de governo para o seu país, a Noruega, fez escolher a Monarquia, que foi votada no Parlamento por 100 votos a favor contra 4 pela república. A quem achou estranho a opção de Nansen, este explicava:

“Não hesitei em preferir a Monarquia por três razões: é mais barata, permite mais liberdades, tem mais autoridade para defender os interesses permanentes do país perante o estrangeiro”.

Pois é, a Monarquia é mais barata! Começa que nas monarquias não existem eleições presidenciais a cada 4 anos, dividindo a população (o presidente eleito sempre é escolhido por apenas uma facção e não pela unanimidade do povo) a um custo astronômico. No Brasil, onde a educação, saúde e segurança públicas são precárias, gastam-se um oceano de dinheiro para se eleger um Collor de Melo, uma Dilma Rousseff, para citar só esses dois últimos que sofreram impeachment pelo Congresso Nacional. 

No Brasil os golpistas que implantaram a República, em 1889, justificavam a queda da Monarquia argumentando, entre outras mentiras, que ela saía cara aos cofres públicos. Não era verdade. Desde 1841, e por 48 anos longos anos, a dotação da Família Imperial brasileira era 67 contos de réis por mês. E veja que o Orçamento Geral do Império do Brasil, devido ao aumento da arrecadação, cresceu dez vezes, naquele período, pois o país tinha progresso. 

Uma das primeiras medidas do marechal Deodoro da Fonseca, ao assumir o governo graças a um golpe militar sem participação do povo, foi aumentar o salário do presidente da República para 120 contos de réis por mês, quase o dobro que recebia toda a Família Imperial! 

Mudou alguma coisa, nesta “ré – pública”, de lá para cá? Não. Piorou! O jornal “O Povo”, de Fortaleza, edição de 25/10/2002, publicou a seguinte notícia:
“Mais direitos para ex-presidentes. O presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou a Medida Provisória que define o processo de transição do governo para ampliar os direitos e mordomias dos ex-presidentes da República, incluindo ele próprio a partir de janeiro de 2003”. 

Graças às providências de Fernando Henrique Cardoso, ele próprio e mais os ex-presidentes José Sarney, Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff – além de vultosa aposentadoria,que recebem todo santo mês – ainda têm à sua disposição 6 servidores, 2 carros oficiais (com motoristas) e 2 seguranças, e deslocamentos em avião. Tudo pago pelos impostos que nós recolhemos ao quebrado Tesouro Nacional.


             

2 comentários:

  1. Uma republica composta de mal caráter, de sebosos e criminosos. As praticas anteriores que deviam servir de exemplo são ignoradas. STF desmoralizado, a Corte que rejeita a nomeação do Lula é a mesma que concorda com a do Moreira Franco. O exemplo do apartamento do Lula é o mesmo do Geddel. Como dizia o não menos seboso Ciro Gomes : Um agrupamento de ladrões chefiados pelo ocupante do governo.

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  2. Diferente são os governantes na Monarquia,pois o Soberano pertence ao seu povo.
    Leiam o episódio abaixo:

    A Princesa Imperial Dona Isabel, ainda menina, saiu a passeio com o Imperador Dom Pedro II. Todos se curvavam diante da carruagem em que estavam. Em dado momento, a Princesinha perguntou:

    – Papai, toda essa gente constitui o povo?

    – Sim, uma parte do povo – respondeu o Soberano.

    – E, algum dia, esse povo me pertencerá?

    – Não, minha filha. Você é quem pertencerá ao povo.

    - Baseado em trecho do livro “Revivendo o Brasil-Império”, de Leopoldo Bibiano Xavier.

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