O ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo, terá de ser rígido para evitar atrasos, avaliam colegas.
Ministros avaliam que STF não tem estrutura para lidar com inquéritos da Odebrecht.
A decisão foi tomada em conjunto. Cármen e Fachin se reuniram na manhã desta segunda por mais de duas horas para acertar como o tribunal cuidaria da tramitação dos processos, a fim de evitar investigações muito longas, com o risco de crimes prescreverem antes mesmo do julgamento. Conforme antecipou O GLOBO na edição desta segunda-feira, a criação de uma força-tarefa era cogitada por integrantes do STF preocupados com o volume de trabalho que chegou à corte depois da delação premiada da Odebrecht.
A criação do grupo de trabalho estava sendo discutida entre Cármen e Fachin antes mesmo da abertura dos inquéritos, no início da semana passada. No feriado, os dois viajaram, e nesta segunda, depois do impacto da divulgação dos vídeos dos depoimentos, a ideia foi concretizada.
Ao chegar de viagem, Fachin deu o primeiro andamento aos 76 novos inquéritos abertos no STF com a delação da Odebrecht. Enviou todos de volta para a Procuradoria-Geral da República, que deverá agora informar quais diligências precisam ser realizadas para iniciar as investigações. Entre as diligências, podem estar incluídas quebras de sigilos fiscais, telefônicos e bancários, depoimentos ou perícias em documentos apresentados pelos delatores. A decisão mostra que o relator da Lava-Jato quer dar celeridade à tramitação dos casos.
A avaliação do STF já anda em baixa. Se brincar vira lama e perde a credibilidade total.
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