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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 9 de junho de 2017

"Se TSE absolver Temer e Dilma, a casa cai", diz presidente do PSDB.


Jornal GGN - O presidente nacional do PSDB Tasso Jereissati demonstrou preocupação com a possibilidade do Tribunal Superior Eleitoral não cassar a chapa Dilma-Temer com o julgamento que deve ser concluído no próximo sábado (10). Segundo o tucano, Temer tem perdido as condições de governar a cada escândalo que aparece por causa da delação da JBS. Se a cassação não sair, a Lava Jato deve criar um fato novo atrás de outro, inviabilizando a gestão do peemedebista e acelerando o descolamento de aliados.

"A cada dia é um fato novo, não vai parar de ter fato novo nunca. Isso vai mudando a cabeça dos senadores [do PSDB, que ainda resistem aos pedidos para abandonar Temer]. Segunda-feira (12) é o limite do PSDB", disse Jereissatti. "Daqui para lá pode ter coisa nova. Estou preocupado com esse novo roteiro do TSE. Se absolver Temer e Dilma, a casa cai", acrescentou.

Segundo o tucano, a maioria dos deputados do partido já entende a necessidade de desembarque do governo Temer o quanto antes. Mas uma ala formada por senadores solidários a Aécio Neves e alguns ministros ainda não se deu por vencida. O comando da legenda tem medo de arriscar o fim da aliança com o PMDB sem consenso e dividir ainda mais o tucanato. Por isso, projetou a decisão final para a próxima semana.

"A percepção é que o TSE vá absolver os dois, Dilma e Temer. Mas aí como será o cotidiano do governo? Não governa, hoje Temer está preocupado em dar explicações sobre o avião, amanhã será outra coisa. Está acuado, é uma situação terrível", disse o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, ao jornal O Globo.

O PSDB tem dado sinais de que, mesmo rompido com o governo, pode dar os votos necessários à aprovação das reformas impopulares de Temer. Porém, o partido desconfia que o presidente não terá os votos necessários para barrar uma investigação da Lava Jato no plenário da Câmara. "Aí a chapa esquenta. Não será tão fácil assim", avaliou o secretário geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP).

Pela regra, quando a força-tarefa da Lava Jato concluir o inquérito contra Temer, a denúncia será oferecida ao Supremo Tribunal Federal, que precisará de apoio de 2/3 da Câmara para instaurar a ação penal contra o presidente em exercício. É justamente com o PSDB na Câmara que Temer tem tido dor de cabeça. 

"Segundo dirigentes tucanos, a pressão da bancada de deputados pelo desembarque segue muito intensa e deve forçar a Executiva a ter uma posição clara. Alguns parlamentares estariam inclusive ameaçando deixar a legenda se o partido não decidir prontamente. Mas o clima tenso não está apenas na Câmara. Alguns senadores passaram também a demonstrar crescente descontentamento com a situação", apontou O Globo.

Em resposta, Romero Jucá (PMDB) já adiantou que se o PSDB desembarcar do governo este ano, o PMDB não vai apoiar o candidato tucano à presidência em 2018.

Um comentário:

  1. O PSDB deve avaliar o valor que terá o PMDB na próxima eleição. Uns suspeitos, a maioria denunciada, outros réus, alguns presos, juntar-se a essa lama toda, o valor é um zero a esquerda. A revolta popular advinda da decisão do TSE é inavaliável. Gilmar Mendes não tem voto na sociedade para eleger ninguém. Olhe se ele vai poder sair na rua.

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