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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O Bispo tinha razão: a transposição e a “herança maldita de Lula” – por Armando Lopes Rafael

Dom Flávio Cappio em 2007

   Lembram-se daquele bispo católico que, em 2007, fez uma greve de fome, alertando para a preservação do Rio São Francisco? Há 10 anos, Dom Luís Flávio Cappio, Bispo de Barra (BA) denunciou: o chamado Rio da Integração Nacional passava por inúmeros problemas ambientais, incluindo o assoreamento e, naquele curso de água, o precioso líquido ia rarear. Não deu outra.  A cada dia que passa,o Rio São Francisco fica  mais raso. Dom Flávio Cappio dizia que o projeto faraônico da transposição das águas do Rio São Francisco corria o risco de naufragar devido ao pouco volume de água que seria alardeadamente levado para o Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. O Bispo estava coberto de razão!


     Chegamos ao final de 2017. Faz 10 anos. Em 2007 todo mundo ficou ao lado do governo mais corrupto da era republicana (verdade que, naquela época,  Lula e o PT ainda tinham alguma credibilidade), e se manifestou contra Dom Flávio Cappio. Muitos (uns por má fé, outros por ignorância)  escreveram que Dom Cappio era um desumano, que não queria dividir a água com os sertanejos do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Foi um Deus nos acuda...

      Hoje sabemos que o bispo é quem tinha razão. A transposição ainda se arrasta depois de 15 anos de iniciada. Os governos corruptos do PT usaram contratos da transposição para obter propinas e eleger seus sequazes. Deu no que deu.

     Segundo o Bispo, em 2007, antes de desviar as águas do rio para a transposição o (des) governo de Lula  precisava de um projeto paralelo de recuperação ambiental com o objetivo de melhorar a qualidade da água daquela bacia hidrográfica. Outra providência que se impunha era o reflorestamento das margens na tentativa de recuperação da mata ciliar, impedindo a erosão, que em muitos pontos está entupindo os canais, gerando assoreamento, causando problemas para a navegação e diminuindo a concentração de espécies nativas. Outra iniciativa que precisava ser feita era a coleta e tratamento das águas dos esgotos das cidades ribeirinhas na Bahia e Pernambuco, na tentativa de diminuir a poluição hoje presente no rio.

      Como “herança” real  da era petista, o IBGE divulgou ontem, 21 de dezembro de 2017, que em 2016, cerca de 66,3 milhões de pessoas de 25 anos ou mais de idade (ou 51% da população adulta) tinham concluído apenas o ensino fundamental. Além disso, menos de 20 milhões (ou 15,3% dessa população) haviam concluído o ensino superior. A desigualdade na instrução da população tem caráter regional: no Nordeste, 52,6% sequer haviam concluído o ensino fundamental. No Sudeste, 51,1% tinham pelo menos o ensino médio completo. O número de analfabetos beira 12 milhões de pessoas.

     Na era petista a prioridade era conceder a esmola do “Bolsa Família” para sustentar a petralha no poder e enganar os incautos, anunciando que em breve o semiárido nordestino teria água em abundância vinda do Rio São Francisco. Me engana que eu gosto!

2 comentários:

  1. O pior de tudo é que o povo mal informado ainda idolatra esse bandido do Lula.

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  2. A greve do Bispo fundamentava-se no principal fator : Revitalizar o Rio, dando vida, água. O bispo também sabia que a obra era eleitoreira como tudo nesta republica de pilantras. O bispo estava certo.

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