José de Adálio - Zé Gatinha.
Zé Gatinha, cujo nome José Adálio, uma figura admirada e ao mesmo tempo odiada pelas travessuras que praticara em Várzea Alegre, em pouco tempo que conviveu com a nossa gente. Foi na década de 60 com a explosão da Jovem Guarda, os rádios e amplificadoras tocavam as músicas dos ídolos Roberto Carlos e sua turma que apaixonaram muitos jovens naquela época.
Em V. Alegre naquele tempo tinha como costumes, o encontro dos brotos na praça central todas as noites. Passeavam em torno da praça os homens e as mulheres em sentido contrários. Ali os jovens flertavam ouvindo as músicas apaixonadas do iê...iê...iê. Paixões incendiavam muitos corações. Noites acordadas sofreram muitos apaixonados. Quando ia se aproximando o final das férias estudantis, a saudade batia com mais força e dor nos corações daqueles jovens. Prenúncio de que alguém ia partir deixando a sua paixão naquele torrão amado.
Aí entra a estória de Zé Gatinha. O seu pai Manoel Totô, possuía um "Misto" que fazia a linha V.Alegre ao Crato, e a figura Zé Gatinha era o ajudante. Todas as segundas-feiras o ônibus saía de V.Alegre de uma agência que ficava em frente a Prefeitura Municipal. Era uma multidão querendo mandar encomendas pra familiares em Crato. Mas o que chamava mais a atenção era a quantidade de jovens entregando cartas ao Zé Gatinha para serem entregues aos amores que estavam distantes.
O ônibus partia com inúmeras cartas nas mãos do Zé Adálio, nisso quando chegava na Serra de São Pedro quando o transporte começava a subir a ladeira vagarosamente, o ajudante subia ao bagageiro e começava a ler as cartas dos apaixonados e logo após rasgava-as.
José de Adalio era uma mistura de humor, graça e amizade juntas. Contribuiu enormemente com a nossa capacidade de se tornar a cidade mais alegre e feliz do Brasil.
ResponderExcluirUma dessas deve ter sido de Nenem minha irmã para Reginaldo, kkkkkkkk
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