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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 16 de outubro de 2024

011 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



José de Adálio - Zé Gatinha.

Zé Gatinha, cujo nome José Adálio, uma figura admirada e ao mesmo tempo odiada pelas travessuras que praticara em Várzea Alegre, em pouco tempo que conviveu com a nossa gente. Foi na década de 60 com a explosão da Jovem Guarda, os rádios e amplificadoras tocavam as músicas dos ídolos Roberto Carlos e sua turma que apaixonaram muitos jovens naquela época.

Em V. Alegre naquele tempo tinha como costumes, o encontro dos brotos na praça central todas as noites. Passeavam em torno da praça os homens e as mulheres em sentido contrários. Ali os jovens flertavam ouvindo as músicas apaixonadas do iê...iê...iê. Paixões incendiavam muitos corações. Noites acordadas sofreram muitos apaixonados. Quando ia se aproximando o final das férias estudantis, a saudade batia com mais força e dor nos corações daqueles jovens. Prenúncio de que alguém ia partir deixando a sua paixão naquele torrão amado.


Aí entra a estória de Zé Gatinha. O seu pai Manoel Totô, possuía um "Misto" que fazia a linha V.Alegre ao Crato, e a figura Zé Gatinha era o ajudante. Todas as segundas-feiras o ônibus saía de V.Alegre de uma agência que ficava em frente a Prefeitura Municipal. Era uma multidão querendo mandar encomendas pra familiares em Crato. Mas o que chamava mais a atenção era a quantidade de jovens entregando cartas ao Zé Gatinha para serem entregues aos amores que estavam distantes.

O ônibus partia com inúmeras cartas nas mãos do Zé Adálio, nisso quando chegava na Serra de São Pedro quando o transporte começava a subir a ladeira vagarosamente, o ajudante subia ao bagageiro e começava a ler as cartas dos apaixonados e logo após rasgava-as.

Certo dia ao se encontrar com um dos apaixonados, foi chamado à atenção que não tivera recebido a resposta da carta de sua amada, de imediato, ele disse que ela tinha sabido que ele tinha arranjado outra garota e que o namoro tava terminado.



2 comentários:

  1. José de Adalio era uma mistura de humor, graça e amizade juntas. Contribuiu enormemente com a nossa capacidade de se tornar a cidade mais alegre e feliz do Brasil.

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  2. Uma dessas deve ter sido de Nenem minha irmã para Reginaldo, kkkkkkkk

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