O objetivo do futebol é divertir como esporte e arte. Ao se transformar em indústria do entretenimento acabou sofrendo algumas alterações que impactam, de forma negativa, no item estético da atividade.
Eduardo Galeano, notável escritor uruguaio, dizia haver distinção entre o treinador e o técnico, este último comprometido com as funções modernizantes do futebol.
O treinador diz: vamos jogar. O técnico diz: vamos trabalhar. A plasticidade do jogo, numa visão mais conservadora, é aspecto obrigatório ao entendimento do treinador. Já o técnico, abraçado ao pragmatismo que o jogo exige, como indústria, sacrifica a estética.
Os efeitos não são devastadores, mas interferem. Por isso, time que joga feio, e ganha, existe para trabalhar e não para divertir. É o time do técnico. Já o treinador não abre mão do belo, mesmo reconhecendo que isso implique em certa fragilização enquanto atitude competitiva.
O grande Joham Cruyff, um dos maiores jogadores do mundo, responsável dentro de campo pela revolução tática, com o famoso carrossel holandês, afirmava: "Jogar bonito e perder, não tem sentido. Jogar feio e ganhar, não tem graça".
Agora, nestes tempos de Copa do Mundo, é possível enxergar coisas bonitas num futebol onde prevalece o protagonismo coletivo. Já não se vê a mutilação do jogo, mesmo com indispensáveis aventuras individuais, o que resulta em uma ação mais solidária, onde todos marcam, todos atacam.
Os craques continuam fazendo a diferença. São as dimensões do futebol.
Eu acho que os títulos conquistados pelo Brasil desde a CBD do Havelange até hoje serviram para acobertar a corrupção que todos os dirigentes fizeram no comando da atividade no Brasil. Deixa, está dando certo, quem vai contrariar se o Brasil está sendo campeão? O fato é que todos estão denunciados, um preso nos Estados Unidos, os demais soltos graça a justiça brasileira que não existe para quem tem dinheiro, seja licito ou roubado. Graças a falta de títulos já foram banidos pela Fifa.
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