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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 25 de agosto de 2018

ELEIÇÕES DO VAMPETA - Por Wilton Bezerra, Comentarista esportivo da TV Diário e Rádio Verdes Mares ·



“O Flamengo finge que me paga e eu finjo que jogo”. Vampeta, ex-jogador, guindado a filósofo e contador de “causos” do futebol.

Nos debates dos presidenciáveis, com pouquíssimas exceções, a mentira tem construido seu império.

Para cada pergunta feita, uma mentira como resposta.
Os candidatos fingem ter soluções sérias para o Brasil e os eleitores fingem que acreditam.

Só pode. Basta olhar as pesquisas e certas reações.
Conclui-se que o mentiroso não tem as pernas curtas. Vai mais longe do que se pode imaginar.

É duro de agüentar a apologia que se faz da mentira, nessa terra descoberta por acaso.
Considerar natural o fato do político fazer da traição à verdade o seu instrumento de trabalho é confirmar que, na vida, os mentirosos são bem sucedidos.

Na verdade, isso é que reconhecemos na nossa líquida sociedade como indiferença pelo sofrimento alheio.

Não dá para ter grandes ilusões com esse futuro que nos aguarda. E o homem sem ilusões está ferrado.

O brasileiro precisa ter discernimento na hora de escolher. Ligar o “desconfiômetro” diante de propostas rasas e absurdas.

Vale lembrar o grande repentista Pinto do Monteiro, “a serpente do repente”:

Eu não tenho confiança
Em cabra que tem berruga
Cachorro da boca preta
Terreno que pouco enxuga
Comida que doido enjeita
E casa que cigano aluga

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