“O Flamengo finge que me paga e eu finjo que jogo”. Vampeta, ex-jogador, guindado a filósofo e contador de “causos” do futebol.
Nos debates dos presidenciáveis, com pouquíssimas exceções, a mentira tem construido seu império.
Para cada pergunta feita, uma mentira como resposta.
Os candidatos fingem ter soluções sérias para o Brasil e os eleitores fingem que acreditam.
Só pode. Basta olhar as pesquisas e certas reações.
Conclui-se que o mentiroso não tem as pernas curtas. Vai mais longe do que se pode imaginar.
É duro de agüentar a apologia que se faz da mentira, nessa terra descoberta por acaso.
Considerar natural o fato do político fazer da traição à verdade o seu instrumento de trabalho é confirmar que, na vida, os mentirosos são bem sucedidos.
Na verdade, isso é que reconhecemos na nossa líquida sociedade como indiferença pelo sofrimento alheio.
Não dá para ter grandes ilusões com esse futuro que nos aguarda. E o homem sem ilusões está ferrado.
O brasileiro precisa ter discernimento na hora de escolher. Ligar o “desconfiômetro” diante de propostas rasas e absurdas.
Vale lembrar o grande repentista Pinto do Monteiro, “a serpente do repente”:
Eu não tenho confiança
Em cabra que tem berruga
Cachorro da boca preta
Terreno que pouco enxuga
Comida que doido enjeita
E casa que cigano aluga
E nesse faz de conta que o principal enganado é o torcedor.
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