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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 25 de agosto de 2018

Queda na taxa de impopularidade anima Temer - Por Josias de Souza.


Michel Temer está animado. Amargava uma taxa de reprovação de 82%. Mas o Datafolha informou há três dias que a desaprovação caiu 73%. Mal comparando, o presidente passou a se comportar como se fosse um ovo frito fazendo o caminho de volta. Ficou tão animado com a perspectiva de se tornar um galeto, que ignorou o fato de ter apenas trocado a frigideira pelo espeto. A menos que ocorra um epidemia nacional de amnésia, chegará ao final do mandato bem passado.

Temer recuperou a autoestima. Voltou a se dar bem consigo mesmo. Considera-se “injustiçado” pela imprensa, relatou um auxiliar. Queixa-se de Henrique Meirelles, que não o defende na campanha. Mas declara-se convencido de que a história se congratulará com ele, reconhecendo-lhe os méritos. Herdou de Dilma o caos, realçou o assessor. Poderia ter optado pela resignação. Mas encarou a conjuntura, impedindo que as coisas piorassem.

Temer contabiliza como grandes feitos algumas providências que os adversários criticam na campanha eleitoral —o teto nos gastos públicos, a reforma trabalhista, a troca do modelo de exploração do óleo do pré-sal, a reformulação do ensino médio… Acha que há tempo para aprovar uma reforma da Previdência antes do final do ano, entre a abertura das urnas e o Natal.

A maioria dos brasileiros gostaria muito de viver no país que o presidente descreve com tanto entusiasmo, seja ele onde for. É como se no Brasil de Temer o presidente da República não carregasse duas denúncias criminais nas costas. É como se o inquilino do Planalto não respondesse a um par de inquéritos por corrupção. É como se os 13 milhões de desempregados tivessem tomado chá de sumiço.

No Brasil de Temer, a única coisa a lamentar é que os jornalistas não terão mais um Temer para chutar depois que ele for embora, em 1º de janeiro de 2019.

Um comentário:

  1. Que fato novo aconteceu para a impopularidade do presidente diminuir? Esses institutos são loucos por dinheiro.

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