Estádio Romeirão, construído pelo saudoso prefeito de Juazeiro do Norte, Mauro Sampaio, por isso leva o nome, vive os últimos momentos de sua demolição.
Ali, enterra-se uma história de fortes recordações e se constrói um não lugar, moderno e sem alma. O Maracanã foi igualmente assassinado, sem dó nem piedade.
No velho estádio que se vai, onde atuaram grandes times formados por Icasa e Guarani, jogaram Pelé, Zico e Rivelino. Certamente, que indiferentes aos desmemoriados, que a tudo mutilam e extinguem, teremos no lugar os bons fantasmas de Garrincha, Carlos Alberto Torres, o capitão do Tri; Sócrates e Marinho Chagas, santos dos altares mais venerados do futebol brasileiro.
Mauro Sampaio foi um iluminado inesquecível. Uma outra obra sua, a estátua do Padre Cícero, na Serra do Horto, continua abençoando e iluminando todo o Cariri. Nela, os modernosos jamais serão capazes de tocar.
Essa crônica, em tom de tristeza, pode ter uma explicação: já sou um velho para as novidades.
Vai-se o Romeirão, nosso chão sagrado para o futebol.
Inesquecível pra mim foi ter tido a oportunidade de ir ao Aeroporto Nossa Senhora de Fátima, na Serra do Araripe e ver os jogadores do Cruzeiro cada um muito bem vestido e apresentado-se com suas mochilas. Nunca vi, em campo, jogador jogar tão bonito como Natal. Um gênio.
ResponderExcluir