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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 20 de março de 2020

Os pais de São João Paulo II nos caminhos da santificação – por José Luís Lira (*)

 Os pais de São João Paulo II, com o filho Karol, no colo
     Nestes dias difíceis para toda a humanidade, não tratarei da situação que preocupa a todos e, sim, rogo a Deus que nos proteja, citando as palavras do Salmista, “O SENHOR jamais desamparará seu povo” (Sl. 94,14). O momento requer serenidade e prudência e isto me remete ao belo olhar de um santo que quase todos nós conhecemos, seja pessoalmente, pelos meios de comunicação e todos o encontramos na oração. É São João Paulo II, o papa amado da humanidade e santo que, “da janela da Casa do Pai, nos vê e nos abençoa”. Ele que foi “pai” da humanidade e, certamente, roga a Deus pela Itália que um dia foi sua e por todo o mundo do qual ele foi Pastor tão amado e próximo das ovelhas de seu rebanho. Ele dizia que depois de ser eleito Papa, sua Diocese era o mundo. E o mundo necessita dele nessa situação e em tantas outras.

     No dia 13 último, a grande imprensa anunciou que, após o parecer positivo da Conferência Episcopal Polonesa, a arquidiocese vai abrir a causa de beatificação e de canonização de Karol Wojtyła e de sua esposa, Emília Kaczorowska, pais de São João Paulo II. Não é este o primeiro casal a ser enxergado na questão da santidade, mas, também não será o último, pois, Deus continua a abençoar-nos com a presença em nosso meio de mulheres e homens santos.

     Conforme se lê na página Episcopado Polaco, o arcebispo metropolitano de Cracóvia (Polônia), Dom Marek Jędraszewski, anunciou na quarta-feira (11/03), a decisão de iniciar Causa e que a recordação de Emília e Karol, especialmente nas comunidades de Wadowice e Cracóvia, é ainda viva e mesmo tendo passado muito tempo da morte deles, há ainda alguém que os conheceu pessoalmente. Para nós que não os conhecemos, lembramo-nos dos evangelistas, “pelo fruto conhecereis a árvore”. O exemplo de santidade e de amor à humanidade de São João Paulo II serve-nos de referência sobre seus amados pais.

     Emília nasceu em 26/03/1884, em Bielsko-Biała, Polônia e faleceu, em Wadowice, Polônia, a 13/04/1929. Emília e Karol Wojtyła, sênior, nascido, a 18/07/1879, em Bielsko-Biała, Polônia, e falecido em 18/02/1941, em Cracóvia, Polônia, se casaram em 10/02/1906. O casal deu à luz dois filhos: em 1906, Edmund, depois médico, falecido aos 26 anos, em 1932, e, em 1920, Karol, além da filha Olga, falecida pouco depois do nascimento. Após Emília falecer, Karol Wojtyła, pai, cuidou dos dois filhos sozinho.

     Em meados de 1938, Karol, suboficial no Exército da Polônia, e seu filho Karol deixaram Wadowice e se mudaram para Cracóvia. Com a morte do pai, em 1941, Karol, filho, o último sobrevivente de seu grupo familiar imediato, poeta, ator, abraçou o sacerdócio, vieram depois o episcopado, cardinalato e pontificado. São João Paulo II é modelo a todos nós, ainda hoje. Para o Cardeal Stanislaw Dziwisz, arcebispo emérito de Cracóvia e secretário pessoal de São João Paulo II, durante 39 anos, “Não há dúvida de que a atitude espiritual do futuro papa e santo se formou na família, graças à fé de seus pais”.

     Depois de beatificados e canonizados, Emília e Karol Wojtyła entrarão no rol de casais santificados, onde já estão os santos Louis Martin e Zélie Guérin, pais de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face.
      Que eles intercedam a Deus por nossas famílias e toda a humanidade!

  (*) José Luís Lira é advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do Acaraú–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Argentina) e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália). É Jornalista profissional. Historiador e memorialista com mais de vinte livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais brasileiras.

Um comentário:

  1. Prezado amigo Armando Rafael - Quanto mais lemos sobre a pandemia "Corono virus" mais compreendemos que somente Deus, Maria Santíssima e os santos tem o poder de salvaguardar a humanidade. Ontem li uma noticia que jamais esperei lê : A Itália está dando prioridade ao atendimento de pessoas mais jovens porque entende que já não há o que fazer em beneficio dos idosos.

    O Brasil está enfrentando a quarta calamidade, a quarta pandemia. As três primeiras vieram juntas desde a eleição do presidente Bolsonaro : Judiciário, legislativo e imprensa, agora, o "corona virus".

    O judiciário nomeado, ideológico, esquerdista e petista. O legislativo e a imprensa por conta da abstinência da corrupção, do roubo e da ladroagem, e, por fim, o "Corona virus" por conta do destino.

    Mais do que nunca precisamos da misericórdia de São João Paulo II, que sempre foi admirado e venerado pelo povo brasileiro, que derrame suas bênçãos sobre todos nós.

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