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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 26 de maio de 2020

A China pode ter fabricado o coronavírus em laboratório? O que se sabe até agora sobre a origem da covid-19 – Por Rodrigo Lopes (Publicado no site Gaúcha ZH)



Começou como uma teoria conspiratória alimentada por setores ultraconservadores americanos, turbinada pelas redes sociais. Pela visão de grupos de influenciadores do governo Donald Trump, entre eles o ex-estrategista da campanha republicana Steve Bannon e o site Breitbart (espécie de porta-voz da Altright, a nova direita populista), a China teria fabricado o coronavírus como parte de um plano maquiavélico para derrubar os mercados, desbancar a hegemonia geopolítica dos Estados Unidos e ditar a nova ordem mundial.

Depois de minimizar inicialmente os riscos da pandemia, o próprio Trump passou a chamar o coronavírus de “vírus chinês”, não apenas em referência ao local onde a covid-19 surgiu pela primeira vez, mas para responsabilizar o governo comunista pelo aparecimento da doença. No Brasil, esse discurso foi emulado pelo presidente Jair Bolsonaro, por seu filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Mas o que era apenas um discurso de setores mais conservadores e ideológicos dos governos Trump e Bolsonaro ganhou corpo com declarações de outros líderes mundiais, como o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel.

-- Acho que quanto mais transparente a China for sobre a história da origem deste vírus, melhor será para que todos nós ao redor do mundo aprendamos com ele - disse a líder alemã.

Na semana passada, uma reportagem do jornal The Washington Post teve acesso a troca de correspondências entre diplomatas americanos na China e o Departamento de Estado. Publicou que uma delegação que visitara, em 2018, um laboratório em Wuhan, cidade onde nasceu o vírus, teria alertado o governo dos Estados Unidos sobre a suposta falta de segurança do prédio. O cenário ao redor da edificação do Instituto de Virologia é perfeito para alimentar a narrativa da conspiração: em meio às colinas da cidade onde surgiu o vírus, a poucos quilômetros do mercado apontado inicialmente como local onde a doença teria aparecido pela primeira vez.

A partir daí a Casa Branca passou a afirmar que está realizando uma "ampla investigação" sobre a origem do coronavírus e a ameaçar a China com retaliações. Uma outra iniciativa partiu da Austrália, que pediu uma apuração independente sobre como Pequim administrou o início da pandemia. Na segunda-feira (20), o governo chinês afirmou que o pedido australiano “desmerece os enormes esforços e sacrifícios do povo chinês” para impedir a propagação do vírus e rejeitou qualquer “questionamento sobre a transparência da China na prevenção e controle da situação epidêmica”.

2 comentários:

  1. A revista brasileira “Catolicismo”, veículo conservador, no seu número de maio/2020, abre uma longa matéria (com o título “A cavalo do coronavírus, uma enorme tentativa de manipular a opinião pública) com um editorial onde publicou:

    “Enquanto a mídia se encarrega de espalhar ad nauseam previsões apocalípticas do contágio do vírus chinês, o mundo inteiro parece contagiado pelo vírus do medo. Mas muitos já começam a desconfiar dessa mesma mídia e estranhar os despóticos decretos governamentais de confinamento; por exemplo, a ordem “fique em casa”.

    No célebre romance “1984” (publicado em 1949 sob o pseudônimo George Orwell), o escritor Eric Blair prenuncia o advento de uma governança mundial, que mandaria em todo o mundo, perseguindo quem pensasse por si próprio ao invés de pensar de acordo com a coletividade. A tecnologia chinesa de reconhecimento facial dos cidadãos, inspirada na vigilância policial do “grande irmão” imaginado por Orwell, teria condições para espionar e controlar os passos de todos, suas emoções, o que veem na internet, o que falam e fazem, os arquivos de uso dos celulares etc.

    Muitos comentam que nada no mundo será como antes da pandemia Covid-19. Certos próceres, entre os quais o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, subserviente à China comunista, repetem sem cessar a palavra de ordem: o mundo pós-coronavírus será um “novo mundo”, no qual teremos “um novo normal” numa “nova ordem”.

    Estaria a opinião pública mundial passando por um processo de “baldeação ideológica” para aceitar semelhante sistema de controle planetário? Passaria ela por um teste para o estabelecimento de uma República Universal, com um só governo totalitário ditando normas para tudo e para todos? Haveria forças poderosas desejando implantar um “mundo novo”, nos moldes de um “mundo chinês”? Esse governo mundial imporia a todos um mesmo estilo coletivista de vida? O brusco confinamento das pessoas, com graves consequências econômicas e a falência de inúmeras empresas, jogará muitas regiões na extrema pobreza? Pretende-se fazer desaparecer os derradeiros restos de uma Cristandade hierárquica, fundamentalmente sacral, anti-igualitária e antiliberal? Seria ela substituída por uma sociedade mundial igualitária, miserabilista e tribalista? (...)

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  2. Na minha avaliação um laboratório chinês criava o "bicho" e outro os meios de eliminá-lo. Pois bem, o primeiro pais a ser atingido foi a china e, o único que tinha as ferramentas, testes e enzimas, máscaras e respiradores também era a China. O pais mais populoso do mundo teve poucos casos, poucas vítimas, eliminou o vírus e passou a vender para o mundo os equipamentos referidos acima. Quando a coisa esfriar a China vai aparecer com a vacina. Ainda bem.

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