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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 10 de agosto de 2022

PELAS PONTAS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Quando o 4-4-2 (a Inglaterra usou na Copa do Mundo de 1966) prenunciou o sumiço dos pontas especialistas,  estranhou-se por aqui.

Besteira. O futebol sempre precisou (e precisa) de especialistas.

Com as novas geometrizações táticas e avanços da preparação física, os jogadores tiveram um acréscimo em suas funções.

Entanto, os espaços da linha de fundo não viraram "terra de ninguém".

Pelo contrário. Os laterais viraram alas (para armar e atacar como extremas), afora deslocamentos de jogadores de outras posições em campo.

Quando Zé da Galera pedia ponta a Telê, tinha ponta esquerda voando: Éder e Zé Sérgio, que nem foi para a Copa.

O pedido era voltado mais para o setor direito.

Só que não era fácil deixar de formar um quarteto com Cerezo, Zico, Sócrates e Falcão. O ala Leandro era, na verdade, um extrema.

Telê não abria mão de um centroavante de referência. Daí, a escalação de Serginho Chulapa.

Mas, voltando ao assunto do "sumiço" dos pontas. O Palmeiras, que vimos domingo passado contra o Goiás, reforça a nossa observação de que os extremas, no duro, nunca deixaram de existir.

Dudu e Wesley (ou Rony) fecham da ponta para o meio. Acrescente-se o apoio incessante dos alas. Mayke (ou Marcos) e Piquerez (ou Vanderlan).

Ataques apoiados pelas pontas, para Zé da Galera nenhum botar defeito.

Não à tôa, o time do Abel Ferreira está solto na buraqueira do campeonato brasileiro.

2 comentários:

  1. Eu me lembro de um tempo que o Dudu e Ademir da Guia faziam a ligação entre a defesa e o ataque do Palmeiras, Roberto Dias e Fefeu fazia a mesma coisa no São Paulo, Clodoaldo e Lima no Santos. Hoje está tudo muito inventado.

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  2. Eu me lembro de um tempo que o Dudu e Ademir da Guia faziam a ligação entre a defesa e o ataque do Palmeiras, Roberto Dias e Fefeu faziam a mesma coisa no São Paulo, Clodoaldo e Lima, no Santos. Hoje está tudo muito inventado.

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