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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 13 de novembro de 2022

2022 – Bicentenário da Independência e 133 anos da República – por Armando Lopes Rafael (*)

 

 

    Esta terça-feira, 15 de novembro, assinalará uma efeméride histórica. Há 133 anos um Golpe de Estado subverteu a ordem constitucional então vigente no Império do Brasil. Sob a forma de governo monárquica, o Brasil vinha vivendo, desde nosso descobrimento, pelos portugueses, em 22 de abril de 1500, até a data de 15 de novembro de 1889.

    Durante 322 anos os brasileiros viveram sob a monarquia portuguesa. A partir de 7 de setembro de 1822, depois da gesta do Imperador Dom Pedro I – feita com a aclamação e apoio do povo brasileiro – declarando nossa independência de Portugal, nossa nação passou a ser a única monarquia constitucional – oficializada e mantida – na vastidão do continente americano. O Império do Brasil durou 67 anos. Portanto, sob a égide de Portugal ou como nação independente, o Brasil viveu durante 389 anos como monarquia. Nos últimos 133 anos, vem vivendo como uma república.

    Em 25 de março de 1824 foi outorgada a primeira Constituição do Brasil independente. Esta Carta Magna foi rasgada pela minoria republicana, em 15 de novembro de 1889. Um gesto feito sem apoio e sem participação do povo. Depois do golpe passamos a ser os “Estados Unidos do Brazil” (grafia da época). Este nome vigorou até 1967, quando numa das 06 (seis) Constituições que a República já teve, a denominação oficial foi mudada para “República Federativa do Brasil”.

    Nessa condição, a administração pública federal vem se arrastando... em meio às mais diversas dificuldades. Nos últimos 133 anos, algumas vezes – forçoso é reconhecer – houve avanços nesta república. Como também ocorreram muitos retrocessos.

    Neste aniversário da “Proclamação” da República,  somos um povo dividido ideologicamente e politicamente. O que não causa admiração, pois a cada eleição para Presidente da República a nação fica mais dividida. Tivéssemos continuado como monarquia nada disso aconteceria. Existe um ditado popular que diz: Rei morto, rei posto! Ou seja, quando há a necessidade imediata de substituir um rei por outro (por morte ou renúncia), o cargo é imediatamente preenchido.  E a nação continua seu ritmo normal. Sem crises. Com a população unida em torno do novo monarca.  Com os olhos voltados unicamente para o futuro. Bendita monarquia!

Um comentário:

  1. Da independência nos orgulhamos todos. Minha decepção é com a republica degradada, Corrompida e putrefata entregue ao que de pior existe em termos de bons costumes, ética, caráter. Deodoro da Fonseca deve está se estribuchando na sepultura.

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