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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 15 de novembro de 2022

Se a Monarquia é um sonho, a República é um pesadelo – por Armando Lopes Rafael (*)

 


  

    Hoje, o dia amanheceu literalmente sem sol. Justo neste dia que era para se comemorar a “proclamação” da República. Ao invés de comemoração a data sequer foi lembrada, a exemplo dos anos anteriores. É total o desconhecimento – e o desinteresse – da população brasileira por este feriado de 15 de novembro. Sempre foi assim. Desde que há 133 anos, uma minoria impôs aos brasileiros a forma de governo republicano, por meio de um golpe.

   Em 133 anos de República tivemos oito Presidentes destituídos; dois que renunciaram; dois que não chegaram a tomar posse e um que foi impedido de fazê-lo; dois que assumiram pela força; duas juntas militares; cinco Presidentes interinos; duas ditaduras, vários estados de sítios, censura à imprensa, dois ex-Presidentes presos; e cinco dos seis ex-Presidentes vivos investigados por corrupção.

     Em 133 anos de república o Brasil passou por seis Constituições (caso único no mundo) e teve oito trocas de moeda, com a inflação atingindo os estratosféricos 1.400.000.000.000%, quando nos 67 anos do Império, houve apenas uma Constituição, sólida, concisa e eficaz, uma moeda estável e a média da inflação foi de apenas 1,58% ao ano.

   No Cariri cearense feriado de 15 de novembro nunca foi comemorado. Justo nesta região, habitada por um povo alegre e festeiro, que gosta de comemorar tudo. Desde a festa cívica do 7 de setembro, passando pelos festejos dos santos padroeiros das nossas comunidades. Nossa população, todo ano, promove a ExpoCrato, o Juáforró, os festejos juninos, as vaquejadas... Participa das romarias ao Padre Cícero e à Beata Benigna. Agora uma reunião – mesmo uma reunião mixuruca – para lembrar essa desconhecida “proclamação”, nunca se viu por aqui... Temos que respeitar a sabedoria popular.

     Comemorar o quê? Hoje, por exemplo, milhões de pessoas sairão às ruas para protestar contra o resultado das últimas eleições, devido a “suspeitas de fraudes”. Há 16 dias essas aglomerações se repetem pedindo a anulação do pleito. No duro – no duro mesmo – “República” para o povo é sinônimo de "república de estudante", ou seja, uma casa bagunçada, desorganizada, quase sempre mal administrada. Fica a pergunta: comemorar o quê?

3 comentários:

  1. A falência do Brasil republicano está as vistas. O presidente eleito que ainda não tomou posse usurpa o puder e, é quem dar as ordens. Toma a liberdade de representar o Brasil no exterior. O presidente de fato sumido, ninguém sabe, ninguém viu. Essa tal de comissão da transição nunca se viu lambança e bagunça tamanha, é igual um balaio de gato, um verdadeiro samba do crioulo doido. Chefiada por Geraldo Alckmin que disse que o Lula queria voltar a cena do crime, vemos voltar sob o comando do Geraldo, não só o Lula e sim todos que estiveram no seu entorno nos crimes denunciados, julgados e até condenados. Não se sabe ao certo onde tanta gente vai se reunir. Talvez no Maracanã, outro lugar não há de caber. O Lula antes de tomar posse já assume sua desenvoltura no que sabe fazer. Já anda nos jatos dos amigos, juízes do STF jantam no exterior com advogados seus. Essa república não merece respeito.

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  2. O destino do Brasil é sombrio. Os vermelhos elegeram um patife, com ajuda daqueles que se abstiveram de votar, e agora todos nós iremos passar por momentos difíceis.

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  3. Triste verdade de uma triste ré-publica

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