Quinquelê, Joaquim Teles Bezerra, era um cratense descendente de família tradicional, mas como era pobre e segundo ele mesmo dizia, ninguém queria ser seu parente, no entanto, a seus primos ricos, todos festejavam.
Baixinho, magro, mais para cor caqui de que para moreno, era um estudioso das ciências ocultas : Lia mão, colocava cartas, rezava para mal olhado, espinhela caída, aguação, engasgo etc.
Certo dia, um cratense se engasgou com um osso de galinha e a coisa estava tão preta que no Hospital São Francisco os médicos optaram por operar. Neste momento, alguém presente sugeriu que, antes dele entrar para a cirurgia, fosse ouvido por Quinquelê.
Levado às pressas até o engasgado, o Mago não se auterou e examinando o quadro até brincou.
Ora se isso vale nada! Querem que suba ou querem que desça!
O doente não podia nem falar, mas temendo que alguém apressado mandasse que saísse por baixo, fez um gesto com a mão dizendo que preferia que saísse por cima.
O místico concentrou-se e pareceu rezar. Nesse momento o paciente começou a tossi, tossi, tossi, recebeu uma tapinha nas costas e o osso espirrou pela boca.
José Ronald Brito.
Com um raminho na mão Quinquelê fazia milagres.
ResponderExcluirKkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk fatos pitorescos do passado como este, eram quase naturais. Obra dz mãe natureza.
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