Estamos incapacitados de dedicar tempo a um só assunto. É como se não houvesse espaço para isso.
Como certas pessoas que, no passado, colocavam na radiola a primeira faixa de um vinil e já queriam "pular" para a sexta.
Nossa mente desconcentrada está sempre à beira de um colapso. Que doideira!
Explicamos as coisas pela metade e esquecemos ideias. Demandas de uma só vez, para fundir a cuca.
Parece ser impossível sair desse fuzuê, quando somos inundados por informações.
Quem ousa sair de tal figurino é logo taxado de absorto, alheado, etc, etc, etc.
Um desiludido jornalista amigo meu afirmou: "Ninguém mais lê coisa nenhuma. Cadê paciência pra isso?".
Se olharmos bem, não há mais a serena contemplação.
Mas, fica combinado o seguinte: mais importante que o ponto de chegada é a caminhada.
Nada de querer receber a bola antes do passe. Sem embaraço.
Meditem, meditem.
Prezado Wiltom Bezerra, o ato da leitura está em desuso. Vivemos a época da embalagem que despensa o conteúdo. Sua bela crônica é um chamariz à atenção que deve ser dada aos brasileiros à partir do ensino ainda na adolescência. Papagaio velho não aprende a falar.
ResponderExcluir