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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 28 de agosto de 2023

MUITO ESQUISITO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Estamos incapacitados de dedicar tempo a um só assunto. É como se não houvesse espaço para isso.

Como certas pessoas que, no passado, colocavam na radiola a primeira faixa de um vinil e já queriam "pular" para a sexta.

Nossa mente desconcentrada está sempre à beira de um colapso. Que doideira!

Explicamos as coisas pela metade e esquecemos ideias. Demandas de uma só vez, para fundir a cuca.

Parece ser impossível sair desse fuzuê, quando somos inundados por informações.

Quem ousa sair de tal figurino é logo taxado de absorto, alheado, etc, etc, etc.

Um desiludido jornalista amigo meu afirmou: "Ninguém mais lê coisa nenhuma. Cadê paciência pra isso?".

Se olharmos bem, não há mais a serena contemplação.

Mas, fica combinado o seguinte: mais importante que o ponto de chegada é a caminhada.

Nada de querer receber a bola antes do passe. Sem embaraço.

Meditem, meditem.

Um comentário:

  1. Prezado Wiltom Bezerra, o ato da leitura está em desuso. Vivemos a época da embalagem que despensa o conteúdo. Sua bela crônica é um chamariz à atenção que deve ser dada aos brasileiros à partir do ensino ainda na adolescência. Papagaio velho não aprende a falar.

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