Há muito tempo me abstenho de enfrentar a saudade. Desta feita me dispus. Saí pelos caminhos por onde aos seis anos percorria com habilidade e maestria.
Passei no local onde ficava a casa de Vicente Felix, que passava a manha fazendo um bodoque e um peão para me agradar. Dele nem a casa existe mais, só as lembranças.
Estive no Carrancudo local onde pastorava as vacas com o meu avô e cometi um crime ambiental, matei um beija-flor com o meu bodoque e comi o coração cru porque segundo a lenda ficava certeiro, um bom atirador.
O crime é prescrito, não deu resultado. Vi o riacho do Condado com suas águas barrentas e violentas em que atravessava no tum-tum do meu pai. Estive no sitio Garrote onde cair do pé de cajarana e quebrei um braço.
Em fim, como em um filme, vi passando uma vida feita de traquinagens, malinações e coisas de crianças. Só me arrependo do que não fiz.
Ao retornar para casa, fui ao meu arquivo e juntei a estas lembranças a música: "E por isto estou aqui".
Para completar as saudades a música me fez lembrar de um pic-nic no Açude Velho, na época mais dourada de minha vida. Uma radiola de pilhas e um disco de vinil.
Ir do Sanharol para o reisado do Roçado Dentro passando pelo Chico, só se no caminho houvesse algo interessante porque é bem mais distante do que por qualquer outra opção de chegada. Se ia é porque tinha.
ResponderExcluirMorais, que bela "viagem" !!! Essas lembranças são a nossa história....
ResponderExcluirUm grande beijo em todos do Sanharol e aproveita bastante esses dias...
Fica com Deus.
Ei, Morais,
ResponderExcluirQue coisa linda você lembrou nesse seu texto. As lembranças parecem ser universais quando nos tocam e a gente fica querendo pegar bigu nesses momentos de resgate de um tempo bom...
Paraéns!
Abraço,
Claude
P.S.
Lembre-se do convite pros meus "17" anos. Você e Nair. Dia 26 / 20:00h / no Mirante (Crato - CE).
Morais, realmente foi uma aventura, mas faltou passar pelo Riacho de Padrinho Pedro onde no período das cheias do Machado passávamos bom tempo nos inesquecíveis banhos. Logo vizinho ficava o campo de futebol, lugar de nossa praça de lazer. Tive a satisfação de presenciar a melhor seleção de futebol já vista até hoje no Município de Várzea-Alegre ganhar de muitas outras localidades circunvizinhas. Afirmo-lhe com certeza fiquei bastante emocionado com a sua descrição sobre os lugares que também freqüentei no mesmo período causando o mesmo crime ambiental nas caçadas de baladeiras, pois não sabia atirar de badoque. Afirmo que está me fazendo inveja, pois gostaria de está ai no Sanharol nesse período, mas em julho com certeza estarei por ai, ok!!!!!!!!!!, obrigado!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirÉ Morais. A sua história também me causou inveja. Não inveja de quem tem, mas de quem sabe fazer alguma coisa que eu não consiga, ou que passe por um moento desse que você passou.
ResponderExcluirMas eu também demorei duas semana na V. Alegre e paseei poe esses mesmos lugares. Alguma coisa ficou registrado em fotos.
Abraço.
Mundim
A.Morais, quando vou a Sousa/PB, mais precisamente ao distrito onde nasci, vivo as mesmas lembranças do amigo. Converso que também cometi o crime ao abater o indefeso beija-flor visando à melhoria da pontaria. Como eu era feliz e não sabia!
ResponderExcluirUm abraço,
Raimundo Nonato Rodrigues, o paraibano.
SERÁ QUE A INVEJA DO MUNDINHO ERA DE QUEM ATIRAV BEM DE BADOQUE?? EU NEM DE BALADEIRA ...
ResponderExcluirTem muitas unhas pintadas
Pelas pedras de badoques
Que linda canção!! Amo recordar belas melodias...
ResponderExcluir