Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 16 de maio de 2023

040 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



Identificação :  em pé da esquerda para direita :  Mascote, Carlito, João de Amadeu, Nenen de Canuta, Otacílio Correia, Toinho de Abigail,  Dr. Vasco, Valdir e Joaquim Diniz.
Agachados na mesma direção : Rubens Diniz, Inácio, Silva Teté, Perna Santa, Zezinha e Tinteiro.

No final da década de 50 do século passado,  pra ser exato 1959, foram acertadas duas partidas de futebol entre as equipes de Várzea-Alegre e Lavras de Mangabeira.

Ficou acertado que  o primeiro jogo seria em Lavras e que o juiz seria importado de Crato, com todo o poder e decisão para que  não houvesse interveniência  do poder local. Convidou-se então Almério Carvalho  conceituado radialista e escritor que em horas  vagas se metia a arbitrar futebol.

Contrato  firmado e  assinado por Luiz Otacílio Correia representante da liga  desportista de Várzea-Alegre e pelo Coronel Raimundo Augusto prefeito de Lavras da Mangabeira.

O Jogo transcorria  normalmente  até  40 minutos do segundo tempo quando  um zagueiro de Lavras segurou o atacante de Várzea-Alegre Nenê de Canuta pela cintura dentro da pequena área. O juiz marcou pênalti.

Começou o sururu, o cu de boi. Foi não foi. Bate não bate. Chamaram o Coronel Raimundo Augusto que do alto de sua sabedoria e disciplina chamou o juiz e disse:  O senhor é quem conhece a regra, marcou está marcado. Mande cobrar a penalidade.

Bateram o pênalti  e converteram em gol. Terminada a comemoração  o Coronel Raimundo Augusto chamou o arbitro e determinou: Agora mande bater dois do outro lado.



7 comentários:

  1. muito bom este caso,e aquele ditado, Manda quem pode obedece quem tem juizo.Essa foi boa.

    ResponderExcluir
  2. É ISSO MESMO VALDO CONCORDO COM VOCÊ; A DE HAVER PESSOAS que não acreditam em um caso desse contado pelo Moraes. pode ri os que quiserem pois desse tipo eu tenho certeza que Moraes tem muito pra contar todos verdadeiros.

    ResponderExcluir
  3. Valdoester e Claudio.

    vejam a habilidade do Coronel Raimundo Augusto. Deixou bater o penalti e, determinou a cobrança de dois do outro lado. Acabou o fuzuê sem brigar com ninguem. E ganhou o jogo.

    Dar um mote:

    Se Raimundo Augusto botou Lampião pra correr,
    Um juizinho qualquer ia deixar de atender.

    Abraço para os dois.

    ResponderExcluir
  4. ffMorais, a história foi ótima! Mas, peraí, vamo arrumar esse mote. O mote tá pobre, mas também você num é pueta. É até de se entender. Acho que temos que ajustar a contagem métrica e a rima está muito pobre, e pobresa respeitável só na vida real.

    ResponderExcluir
  5. Essa turma fez a alegria de nossa gente, no seu tempo. Eu não sei definir o que era melhor : Ver Perna Santa defender um pênalti, Mascote fazer um gol ou comer uma porção de alfinin da Dona Santana. Tudo isso existia no Juremal. Hoje os usos e costumes são outros. É vergonhoso a hipocrisia e demagogia de pessoas que agraciadas com títulos, se apresentam no recinto de Chapéu de couro, numa atitude indecente, vulgar e podre. Eu continuo a escrever sobre essa gente varzealegrense, nobre, rica de pureza e de humor porque sou teimoso. Mas reconheço que não devia. Faço porque os personagens não merecem ser adormecidos na vala profunda do esquecimento.

    ResponderExcluir
  6. Bateu forte e merece aplausos.!
    A verdade não pode ser escamoteada,ela dignifica a história e está perpétua e torna viva a alma de uma cidade e o destino de um povo.

    ResponderExcluir