Doleiro
Alberto Youssef falou com exclusividade a VEJA e contou o dia a dia da
prisão e a rotina de políticos e executivos detidos no petrolão
Fora da Cadeia - Libertado após três anos, Youssef mora em São Paulo, onde cumpre o resto de sua pena em regime aberto (Jefferson Coppola/VEJA)
Um
dos principais delatores da Operação Lava-Jato, o doleiro Alberto
Youssef é hoje um homem em busca de emprego. Cumprindo pena em regime
aberto depois de revelar como funcionava o esquema clandestino de
pagamento de propina a políticos, o operador financeiro do Partido
Progressista (PP) no petrolão recebeu VEJA em duas oportunidades e
esmiuçou o dia a dia da cadeia que hoje abriga, em Curitiba, o
ex-ministro Antonio Palocci, o ex-presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Descreveu a compulsão do herdeiro Marcelo Odebrecht por ginástica, os
roncos do ex-diretor da Petrobras Renato Duque e avaliou o papel dos
partidos políticos no maior escândalo de corrupção do país.
Às
vésperas de concluir um livro que mostrará o que considera a “verdadeira
história” do petrolão, Youssef afirma, com a autoridade de quem conhece
os meandros da distribuição de dinheiro sujo no mundo político: “essa
fase de Lava-Jato vai passar e vai continuar tudo como está. O sistema
vai continuar”.
(Mais detalhes na VEJA que começa a circular neste sábado)
E lamentável que um bandido se vanglorie de com a revelação de seus crimes um sistema de governo podre venha cair. Esse canalha delatou antes da eleição de Dilma Roussef e o povo ainda a elegeu presidente.
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