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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 3 de julho de 2025

Recordar é viver - Por Antônio Morais

Esta música vai levar o Nilo Sérgio de volta a um sábado qualquer da década de 1960 em Várzea-Alegre. Oito horas da manha, depois do café, tomava chegada do Bar de Zé de Zuza, marcava o tempo no velho relógio da parede e começava uma partida de sinuca: talvez com o Balá, o Zé Bezerra, o Kleber Diniz, o Ze Gatinha, o Pundurú ou quem sabe Nego Rui. 

Dez horas, o Valdefrance Correia entrava no ar com sua amplificadora Cine Odeon tocando "Coração de Papel" e anunciando para a noitinha o filme do dia. Antes de voltar para o almoço, passava no Bar do Nego de Aninha e tomava uma gelada com um tira gosto de carne assada no espeto por Sôta. 

Depois do meio dia dormia um pouco, que ninguém é de ferro, a noitinha depois do cinema ia ao Recreio Social, desta feita ouvir musicas e dançar ao som do Pedro Bezerra Souza e o seu "Improvisados". 

Lá pelas quatro da madrugada, terminado o baile tomava uma canja de galinha no café do Pereirinha para recuperar as energias. No domingo à tarde o jogo no Juremal.


2 comentários:

  1. Eita Mundim.

    Desta vez fui longe. O tempo é perverso. Quantos destes amigos já não se encontram entre nós! Pedimos a Deus por eles e agradecemos por está contando a historia.

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  2. É verdade Morais, era por aí mesmo meu fim de semana.
    A minha saudade maior de tudo que você falou é dos reizados, onde eu comecei a assistir ainda com quatro anos.
    eu me assustava quando aparecia
    o cavalo marinho e chorava um pouco
    mais era só até Antonito trazer o ovo da pinta, que era sempre uma manga rosa ou um coco.
    Abraço.
    Mundim

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