Quando criança, no Crato, cheguei a pular o muro dos "estádios" Wilson Gonçalves (campo do Esporte) e Pinto Madeira (campo do Cariri). Só que, no último, fazíamos um buraco na "parede" ao remover uma placa de flandre.
Isso se dava quando faltava dinheiro para pagar o ingresso.
Entrar na "garapa" somente no campo do Esporte, quando o "seu" Raimundo Nascimento estava no portão de entrada. Meu pai, Francisco Martins, dava uma pequena contribuição financeira ao rubro-negro cratense.
Afora isso, a gente se contentava em ser torcedor de treinos das duas equipes, nos seus campos.
Dessa forma, conhecíamos de perto nossos ídolos municipais: Ângelo, Sílvio, Laudemiro, Binda, Bebeto e Idário, do Cariri. Anduiá,
Panquela, Pirrila, Doce de Leite e Sitônio, do Esporte.
Quando das nossas escapadas para Fortaleza, comparecíamos ao Pici e ao Carlos de Alencar Pinto para assistir treinos. Imaginem a nossa satisfação.
Hoje, o torcedor de treino é uma impossibilidade. Os clubes se fecharam até para a imprensa, quanto mais para o seus torcedores. A não ser em ocasiões especiais, quando precisam de um apoio maior da massa torcedora.
É isso. O futebol já pertenceu ao povão. Só a ele, diga-se.


Tempos bons. Substituídos pelo celular e outras coisas menos úteis da modernidade.
ResponderExcluir