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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

INDIGÊNCIA ORGANIZACIONAL - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Mesmo penta campeão do Mundo o futebol brasileiro sempre conviveu com a irrealidade.

Ao longo do tempo os clubes dependeram do bolso abastado de algum ricaço ou de receitas que nunca cobriram os gastos.

"Só vale do túnel para dentro de campo. Saiu das quatro linhas é um desastre em matéria de organização". Faz tempo que ouço isso.

Não precisamos esticar uma lista, basta observar a situação de dois clubes: Corinthians e Vasco com barcos fazendo água até o pescoço.

O clube da cruz de malta acaba que pedir recuperação judicial. Deve uma nota preta .

Entanto, os dirigentes agem como se habitassem uma ilha de fantasia e saem gastando o que não têm.Quando não pagam o combinado bate a triste realidade.

Como a CBF não merece confiança, quando se trata de liderar estruturação, restam as SAF's como cornucópias para clubes com pires nas mãos.

O nosso Ferroviário, o tubarão da barra, acaba de embarcar nessa.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Agora como dantes - Por Antônio Morais.

Era o início da década de 60 do século passado. 

O meu grande amigo Antônio Melito Sampaio e uma turma levavam um papo animado na Praça Siqueira Campos - Crato. 

Do Bar Glória do Miguel Siebra, meu sogro ao Café Crato,  do Orestes Costa.

A conversa evoluiu para a política, Melito falou que ia votar para Presidente da República em Jânio Quadros. 

Um dos amigos reagiu: Como é que você vai votar num cabra feio desses?

A resposta veio no embalo, bem ao seu modo : Eu quero um presidente para governar,  não quero para namorar!

No Brasil de hoje, está faltando "Melitos" e sobrando imbecis, idiotas e otários que votam no Lula porque acham a Janja bonita ou no Bolsonaro porque a Michele é linda.

Um pais com uma gente dessas,  jamais  poderá ter um futuro promissor.

CONTOS DE VÁRZEA-ALEGRE - POR PROFESSOR ANTONIO DANTAS

Meu Avô

Eu adorava meu avô paterno, Rafael Ferreira Lima porque, quando eu precisava de um peão, ele fabricava um com uma perfeição incrível. Ele ficou viúvo quando meu pai tinha 3 anos de idade. O luto demorou muito e ele não se conteve até que arranjou outra mulher. Nesse meio tempo, meu pai não teve chance, ficou vagando a mercê das irmãs mais velhas que já eram casadas. Meu avô, tinha começado a beber para controlar as saudades de Ana, minha avó. O problema é que ele bebia pra esquecer, mas o álcool jamais esqueceu dele. Mesmo depois que se casou, com Rosena, continuou bebendo até o fim da vida. 

Meu avo, reconhecia o perigo da bebida. Ela provocava descontrole físico e emocional. Lembro-me de que quando ele não tinha dinheiro e passava lá pela bodega do meu pai pra tomar uma de graça, e dizia pra mim –  menino não pode tomar não que fica mole. Para evitar a vergonha da queda, assim que sentia o efeito do álcool, caía numa rede e só se levantava quando sóbrio. O que ele nunca imaginou foi que a queda dos sóbrios também podem ser fatal, especialmente numa idade avançada. Mas ele não parava de andar enquanto podia. Fisicamente, parecia frágil, mas enquanto bebia e nunca teve uma doença se quer e nunca caiu. 

Faleceu aos 88 anos de idade por causa de uma infecção que contraiu de uma queda quando estava sóbrio. Ele era controlado, assim que sentia o efeito do álcool deitava numa rede dormia até ficar sóbrio. A sobriedade, depois de um porre, reativava a mente. Aqueles eram os melhores momentos da vida; ele ficava de bom humor, altivo e brincalhão. 

Ainda durante a II guerra mundial, os missionários americanos começaram a visitar o baixio, com as pregações protestantes. Trouxeram um alto falante para badalar em voz alta as palavras de salvação pelos vales e serrotes do Baixio. Todos tinham que ouvir “a palavra de Deus” de qualquer jeito. Lembro-me de um dia quando a pregação fora sobre a bondade divina para aqueles que contribuíam para espalhar o evangelho.

Numa pregação animada, o pastor, para provar que Deus era bondoso, deu exemplo. Explicou que João Rockfeller contribuiu tanto para igreja que ficou rico e deixou uma fortuna para os filhos distribuírem para os pobres. A benção foi tão grande que a fortuna continuou aumentando sem parar. Meu avô, que tinha acordado do porre costumeiro, não titubeou e disse – isso é porque eles nunca passaram lá em casa!

Novo factóide de Lula mira supersalários na Justiça - Por Diário do Poder.

Desesperado com o declínio de Lula, apontado pelo Datafolha, o governo entrou no modo “vale-tudo” e retomou a ideia de apoiar a “limitação de supersalários”. Os petistas querem aproveitar a onda de indignação por denúncias de pagamentos de valores de até R$1 milhão a magistrados, e a revelação de que 90% deles ganham mais do que ministro do STF. O Planalto chegou a plantar essa intenção em outubro na imprensa que o obedece, mas Lula suspendeu tudo para não melindrar o STF aliado.

Autoria fake.

A estratégia seria semelhante à proposta de ressuscitar o abjeto imposto sindical: arrumar um deputado que aceite a missão de assinar o projeto.

Preposto na mira

No caso do “combate aos supersalários”, o deputado escolhido será o relator, consolidando vários projetos já apresentados sobre o tema.

Já providências.

Presidente do STF e do CNJ, o ministro Luís Roberto Barroso faria bonito anunciando providências para evitar críticas, mas prefere reclamar delas.

Peça de ficção

Até setores verdadeiramente de esquerda levantam suspeitas sobre a denúncia da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro: “O processo é uma farsa, uma peça de ficção”, afirmou sem hesitações o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta.

Rombo precificado.

O relatório de acompanhamento fiscal da Instituição Fiscal Independente do Senado prevê que 2025 terá déficit primário de R$ 71 bilhões. O limite é de R$75 bilhões, estabelecido pelo próprio governo Lula (PT).

Vai que.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), não se envaidece como alternativa da direita para as eleições de 2026: “meu candidato à presidência da República é Jair Bolsonaro”.

SOS gaúchos.

O Rio Grande do Sul entrou na agenda de Lula desta segunda (24). O Estado, ignorado no dilúvio de 2023, receberá visita do presidente. Ele tem viajado mais tentando estancar a sangria da popularidade. 

Frase do dia.

“Falta ovo na mesa do brasileiro porque falta governo no país”.

Senador Ciro Nogueira (PP-PI) sobre o sumiço da proteína no prato do brasileiro.

Acusado de assedio na PF.

Entrou na reta final a investigação contra Silvio Almeida sobre as suspeitas de assédio sexual à ex-colega Anielle Franco, entre outras. Nesta terça (25), o ex-ministro de Lula irá depor à Polícia Federal.

Força importante.

A “Polícia Metropolitana de São Paulo”, atual Guarda Civil Metropolitana, vai nascer para fazer a segurança na capital paulista com mais de 7,5 mil agentes, mais de o dobro de todo o estado do Tocantins, por exemplo.

Caso de Justiça.

CEO do Rumble, Chris Pavlovski, que processa Alexandre de Moraes nos EUA, disse que pediu seu advogado para peticionar o ‘X’ para manter registros da conta do ministro do STF, apagada semana passada.

Faca e o queijo.

Pablo Marçal é mais um adversário da esquerda que a Justiça Eleitoral torna inelegível, mas é outro cujo apoio será capaz até de desequilibrar uma disputa. Se recorrer ao TSE, periga ver dobrada a inelegibilidade.

Pensando bem.

Faltam 18 meses para o início oficial da campanha 2026, que na verdade começou em 1º de Janeiro de 2023.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

"INVENÇÃO" DE ESQUEMA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Ao enfrentar um time de inferior categoria que se coloca todo no seu campo defensivo, a superior equipe só precisa ficar, no máximo, com dois zagueiros como precaução. 

E esses dois defensores, às vezes, se mandam para o ataque.

O que os outros oito jogadores devem fazer? Aventurar-se no campo adversário, lógico. 

A situação de jogo é que pede esse movimento tático. Não se trata de inventar o 2-4-4. É circunstancial.

Duvidamos que essa configuração seja "inventada" diante de um adversário de igual categoria.

Por falar em esquema de jogo ofensivo, nos primórdios do futebol, aí sim, os estudantes de Cambridge praticavam, no ataque, o sistema 1- 10. Na defesa, só permanecia o goleiro, o restante atacava.

Depois, vieram os escoceses com ideias iniciais de organização do jogo. Aí já é outra história.

CONTOS DE VARZEA-ALEGRE - POR ANTÔNIO DANTAS

Foto de José Alves Feitosa, Dudau, o tabelião citado no Conto. Era primo legitimo e irmão da segunda esposa do Pedro Tenente.

PEDRO TENENTE.


A história de Várzea Alegre é pontilhada de fatos curiosos. Lembro-me muito bem do Pedro Tenente e do Souza. O primeiro era um historiador que não sabia escrever. O segundo, era uma analfabeto que sabia ler.

Pedro Tenente, tinha esse apelido porque o pai dele fora tenente da polícia militar do Ceará e viajava pelo estado todo. Pedro o acompanhava e procurava saber quem era quem nas localidades onde passavam. Ele não sabia escrever, mas ditava as histórias das famílias do Ceará para o tabelião de Várzea Alegre que escrevia pra ele. O tabelião publicava uns livretos, eram simples e fáceis de ler. Meu pai comprava esses livretos na feira e eu lia em voz alta para o pessoal que trabalhava no engenho do meu avo. Eu adorava ouvi o pessoal dizendo – esse menino é inteligente!

Curiosamente, anos depois, lendo a história da família Feitosa, escrito por Chandler, um historiador americano que escreveu também o livro – Lampião, o Rei do Cangaço – pude conferir como Pedro tinha uma memória invejável. As pesquisas do Chandler batiam com a historia dele.

Dizem que certa vez, o finado José Correia pediu a Pedro pra escrever a historia da família dele, e Pedro respondeu – Coronel, esse negócio de família pode dá na cozinha ou no mato!

Professor  Antonio Dantas.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Só o amor não basta - Artur da Távola.


Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar.
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja. O AMOR É ÚNICO, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, A SEDUÇÃO tem que ser ininterrupta...Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia SER ETERNA.

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada, RESPEITO. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver BOM HUMOR para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades. Tem que saber levar. Amar só é pouco.Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que O AMOR É SÓ POESIA, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande, mas não são dois. Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta. Um bom Amor aos que já têm! Um bom encontro aos que procuram! E felicidades a todos nós!

Um pais de governantes demagogos, mídia vendida e povo hipócrita - Por Antonio Morais.

O que o pobre das favelas das periferias das grandes cidades que são uma "Somália" em potencial ganharia com esse prêmio?  O que mudaria em suas vidas?

É certo que mãe e filha, ambas "Fernandas" seriam agraciadas com um punhado de dinheiro, elas sim estarias numa boa, nada mais interessa a elas, do que uma conta bancaria recheada.

O Pajé que lidera a bagunça e desordem dos bacanais com dinheiro público voltava a ser "O Cara".

Além dessa gente quem ganharia alguma coisa? Esse chamego todo é para despistar o fracasso total de um governo corruptor e corrupto totalmente perdido na imensidão da incompetência e desonestidade que envergonha a pátria.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

FUTEBOL NA VEIA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Esse jogo apaixonante que os ingleses inventaram foi sempre o grande amor de nossa vida.

Quando criança, sua prática era mais nos campinhos do Crato do que nas calçadas.

Chegamos a treinar com os adultos do Esporte cratense, quando despontamos para o anonimato como jogador de futebol.

Duas pequenas variantes: futebol de salão e de botões. Neste último, fui "cobra".

Ao invés dos botões de fábrica, usávamos lentes usadas de relógios.

Os campos eram as mesas riscadas das casas da gurizada.

Meu time era o Flamengo escalado com Fernando, Joubert, Bolero, Jadir, Dequinha (ou Carlinhos) e Jordan. Luiz Carlos, Moacir, Henrique, Dida e Babá.

O ídolo e artilheiro do time era Dida, barrado por Pelé, na seleção brasileira campeã mundial de 1958.

O maior adversário: o Vasco da Gama de Miguel, Paulinho, Bellini, Écio, Orlando e Coronel. Sabará, Almir, Delém,  Roberto Pinto e Pinga.

Além do campeonato cratense, com Esporte, Cariri, Magarefe, Atlético e Palmeiras de Seu Rosalvo, acompanhávamos, pelo rádio, o certame carioca, o mais charmoso.

E tome rádio Globo, Tupi, Mayrink Veiga, Mauá e Nacional.

Ah, como era bom.

domingo, 23 de fevereiro de 2025

A humildade e o trabalho triunfam sempre - Por Antonio Morais.

Digo sempre que a humildade e o trabalho triunfam. Conheci um cratense que me reservo o direito de não revelar o nome, ele já é falecido. Nos tornamos grandes amigos apesar da diferença da idade minha para a dele. Eu tinha  entre 25 e 30 anos e ele já passava dos 50.

Um dia ele me contou essa história que eu peço permissão para expor. Disse que quando muito jovem fez uma broca, queimou e quando foi encoivarar achou uma espora, só a armação de ferro e sem roseta, a sola havia queimado.

Recuperou e trocou numa cangalha. Veja bem o raciocínio: Uma cancalha tem valor superior a uma espora. Trocou um bem menor por um bem de  maior valor.

E assim ele trabalhou a vida sempre procurando substituir um valor menor por um valor maior. Educou a família, tem filho médico, dentista, e, a maior herança que deixou foi a moral e o caráter patrimônio que não se compra com dinheiro. 

SURTO NOSTÁLGICO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Somos do tempo em que o comentarista não gastava saliva com estatística.

Valia mais uma sequência de dribles e passes desconcertantes. 

Um período em que os jogadores eram mais importantes que os treinadores.

Um bom número de craques que pareciam ter direção hidráulica na condução da bola.

Não me recordo da existência destacada de sistemas táticos limitadores. Claro, existiam as retrancas de times pequenos.

Hoje, é diferente. O futebol é um "carrossel de passes" mais dinâmico, geometria com suor.

O passado referenda o presente.

Vai ver apenas um surto nostálgico desse comentarista.

Há, também, o que apreciar no futebol de protagonismo coletivo.

A FRASE.

"A arte de driblar é dizer que sim e executar o não". 

Inácio de Loyola Brandão.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Um dia depois - Por M. Luzia Gregório de Olveira.

Dr. Raimundo Sátiro e Dr. Menezes Filho.

Um dia depois, quando todos vão embora e a casa se transforma em silêncio, estamos sós com nossa dor, tão íntima, tão nossa. 

Os móveis permanecem no mesmo lugar, os quadros ainda pendem das paredes, as xícaras descansam sobre a mesa, mas tudo parece diferente. O tempo parece suspenso.

Sentados na borda da cama ou na cadeira da cozinha, compreendemos a efemeridade da vida. Que mágica é essa, tão repentina, que nos faz passar da presença para a ausência sem aviso, sem despedida? 

Como pode um instante separar o riso do choro, a conversa do silêncio, a companhia da solidão? O que nos resta é orar, pedir clemência a Deus por nós e por quem partiu.

A casa é a mesma, mas o tempo parece não saber disso. O que antes era rotina agora se torna um eco de lembranças. O som dos passos no corredor, o barulho da porta se abrindo, a voz chamando pelo nome — tudo isso continua vivo na memória, mas já não preenche os cômodos como antes. 

O coração, prematuramente afogado em saudade, tenta entender essa ausência que se impõe com tanta força, tornando cada pequeno detalhe um lembrete de quem se foi.A vida, tão frágil, segue seu curso implacável, indiferente à nossa dor. O sol ainda nasce, as horas ainda correm, o mundo não para, embora por dentro tudo pareça ter desmoronado. 

Precisamos continuar, olhar pela mesma janela, buscar a esperança nos dias que virão, ainda que a alma relute, ainda que o coração não compreenda.

E assim seguimos, com a saudade nos acompanhando como uma sombra. De vez em quando, nos pegamos chorando sozinhos no quarto, evitando olhar para o horizonte, como se desviar os olhos pudesse adiar o inevitável. Mas, pouco a pouco, aprendemos a conviver com a ausência, a transformar a dor em lembrança e a manter vivo, dentro de nós, aquele que partiu.

Bolsonaro colhe o que plantou - Por Antonio Morais.

A minha opinião é só minha, não é para mudar a de ninguém. Como um democrata que sou começo por respeitar a opinião alheia e entender que a única opinião que não é valida é aquela que não é dada. 

Votei para o Bolsonaro, na vã esperança que ele liquidasse com o "câncer" do Brasil : O Pajé Lula da Silva e a enorme cambada de corruptos que está ao seu redor. 

Mas que nada, Bolsonaro nunca teve a postura de um presidente da república, como Lula também nunca teve nem tem. Carece que se diga porque os trouxas e otários acham que quando falamos de um estamos elogiando o outro e vice versa. 

Jair Bolsonaro colhe o que plantou. Suas besteiras desnecessárias acumulavam-se uma em cima da outra. Um dia, Bolsonaro declarou que não ia jogar baralho na cadeia com Lula. A coisa se encaminha para ele ir jogar baralho na cadeia sozinho ou com outras companhias. 

O que o Bolsonaro fez com Gustavo Bebiano, Sérgio Moro, o General Santos Cruz e tantos outros não há na nomenclatura da história do Brasil coisa igual. 

Por essa razão desistir. Estou voltando a torcer pelo Santos e escrever sobre varzealegrenses como Jorge Siebra, Pedro Costa, José Clementino do Nascimento e João Francisco. 

Tem mais futuro.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

DUAS LUAS - Por Xico Bizerra

Estava reparando o céu e avistei mais de uma lua. A de São Jorge estava lá, com dragão e tudo. A outra, vazia de santos e animais, clareava tanto quanto aquela. Sempre me ensinaram que apenas uma lua morava num céu tão grande. Para que tantas estrelas e uma lua só? Todos a vêem grande, solitária e indecifrável. Fiquei a imaginar que aquela segunda lua talvez se prestasse para substituir a lua primeira quando chegasse o sol. Mas não: quando o sol desponta a lua não mais há, já foi passear no Japão ou noutras terras distantes. E agora? Como vou explicar ter visto duas luas? Só posso garantir que jamais vou esquecer que numa noite de setembro beirando o outubro que se achegava reparei o céu e vi mais de uma lua e elas clareavam o chão com a mesma intensidade. No meu céu cabe uma lua dupla e ambas são verdadeiras. Melhor guardá-las só pra mim, acreditar na verdade das duas luas e esconder de todos que as vi para que não digam que estou aluado. Duplamente aluado.

Xico Bizerra

Personalidades Lavrenses - Por Maria Glaudia Ferrer Mamede

Dr.  Ildefonso Correia Lima,  médico filho de Fideralina Augusto Lima.

  Casa da Fazenda Tatu - pertencente a familia.
Primeiramente, falarei de Fideralina Augusto Lima, nascida em Lavras da Mangabeira, em 24 de agosto de 1832 e ali falecida, em 16 de janeiro de 1919. É uma das figuras políticas mais fortes do Ceará e simboliza a época do mandonismo e da força. Segundo o historiador cearense Raimundo Girão Barroso, foi ela “valente espírito feminimo a quem muito interessava a política cearense”. O poeta Gentil Augusto Lima, em conferência pronunciada na Associação de Imprensa da cidade fluminense de Campos dos Goitacases, assim se referiu a Fideralina: “mais brava e de muito mais valor do que Bárbara de Alencar e, ainda do que Anita Garibaldi”. A ilustre romancista cearense e membro da Academia Brasileira de Letras, Rachel de Queiroz, descreveu Fideralina como “uma espécie de rainha sem coroa, uma legenda”, porque “das margens do São Francisco aos seringais do Amazonas, a sua palavra era lei”. Fideralina era possuidora de vastos domínios territoriais. Estabeleceu-se, em Lavras e sua residência de campo era no sítio Tatú, naquele município. Viveu no tempo em que o cangaço era a lei única e nem o exército podia com os jagunços armados. Dona Fideralina também se cercava de cabras armados, para defesa dos seus e de sua moradia. Como era autoritária, teve muitos inimigos que lhe levantaram calúnias e foi motivo de lendas. Diziam que ela rezava o rosário num terço feito com as orelhas dos seus inimigos e que a frase sacramental usada pelos seus capangas, antes de darem o golpe mortal nos inimigos era a seguinte: “Está aqui o presente que Dona Fideralina lhe mandou”. Tinha ela grande poder político em Lavras da Mangabeira. Mandava, com absoluta liberdade, embora nunca tenha sido investida, legalmente, em cargo público. Um fato que a enlutou e a fez recolher-se por uns tempos, foi o de ela ter, em comum acordo com o filho, coronel Gustavo Augusto Lima, em 26 de novembro de 1907, determinado, pela força imperante do bacamarte, a retirada do seu outro filho Honório Correa Lima, do cargo de intendente. Havia entre eles um desacordo sobre os interesses políticos. Fideralina encarnou as instituições políticas vigentes em sua época. Latifundiária, garantiu a sobrevivência do feudo, com o trabalho escravo. Tinha homens ágeis no trabuco e cangaceiros destemidos, como Antonio Preto e Miguel Garra. Relegou a liteira, usada em sua época e transportava-se, do sítio Tatú para a cidade, no lombo de possantes cavalos, sempre com um bacamarte atravessado na lua da sela. Dona Fideralina transmitiu aos seus descendentes o gosto pela política. Três dos seus filhos foram deputados estaduais; dois bisnetos foram senadores e muitos outros têm exercício cargos de destaque na vida política, administrativa e econômica do Ceará. O poder, inicialmente instituído em Lavras, para defender o feudo do clã dos Augusto, transferiu-se, por força da sucessão hereditária, para a esfera política e administrativa da Vila de São Vicente das Lavras, nome primitivo de Lavras da Mangabeira. Muitos membros da família exerceram cargos políticos em Lavras da Mangabeira e no estado do Ceará.
Coranel Gustavo Augusto Lima. Dando um salto na história, apraz-me, agora, falar sobre Raimundo Augusto Lima, filho do coronel Gustavo Augusto Lima e neto de Fideralina. Nasceu Raimundo Augusto, no dia 21 de junho de 1887. Abro aqui um parêntesis para dizer que meu pai Anselmo Teixeira Férrer, morou, muitos anos, durante a adolescência e a juventude, com Raimundo Augusto e sua esposa Cira Férrer ( irmã de Anselmo) e por eles nutria um amor filial. Eu, também, tive muito contato com tio Raimundo. Na minha infância, até os dez anos, freqüentava os sítios São Domingos e Santa Inês, de propriedade do mesmo e relembro, com prazer, as moagens de cana, o fabrico da rapadura e dos bem elaborados e deliciosos alfinins. Raimundo Augusto era um homem forte, conversador, diligente, respeitado e querido de seus correligionários. Em sua casa grande, na rua do Alto, hoje rua Hilda Augusto, todos os dias, a grande mesa, de cerca de 5 metros de comprimento, ladeada de bancos rústicos, ficava cheia de pessoas amigas, para o almoço do meio-dia e, à tardinha, para se saborear a excelente sopa, elaborada sob as vistas da incansável tia Cira. A freqüência de pessoas à casa de Raimundo Augusto era tão intensa que, às vezes, sua família reclamava da falta de privacidade para as refeições e as conversas mais íntimas. Entretanto, isto era inevitável, face ao grande sentimento de simpatia que o coronel Raimundo Augusto inspirava na população lavrense. Fecho, aqui, o parêntesis em que relatei minhas recordações de infância. Após a morte de seu pai, Gustavo Augusto Lima, em 28 de janeiro de 1925, assassinado em pleno centro comercial da capital do Ceará, o coronel Raimundo Augusto Lima assumiu o domínio absoluto da política, em Lavras da Mangabeira, domínio esse que perdurou por meio século, assegurando o poder oligárquico de sua família. Assim, sua existência foi cheia de prestígio mas muito tumultuada, politicamente. Seus inimigos políticos mais notáveis foram os filhos de Dulcéria Augusto de Oliveira, “a velha Pombinha”, irmã de Fideralina: os coronéis José Augusto de Oliveira e Antonio Augusto de Oliveira, o primeiro dos quais liderou, em Lavras, a militância oposicionista contra o coronel Raimundo Augusto Lima. Este, entretanto era homem forte e de prestígio, tanto que em 1926, ele, com um pequeno exército armado perseguiu os revoltosos da Coluna Prestes, em Senador Pompeu, outro município cearense, ganhando a simpatia do então presidente do estado do Ceará, José Moreira da Rocha. Em junho de 1927, Raimundo Augusto enfrentou o temido ”rei do cangaço”, Lampião, expulsando-o, com grande valentia, de sua terra. Um fato curioso é que após a contenda, Lampião se tornou amigo de Raimundo Augusto, embora respeitando-o e temendo-o, pois nunca mais se atreveu a invadir suas terras. Tanto assim que o sanfoneiro Antonio Ferreira, irmão de Lampião, assim cantava: “Lampião bem que disse/ que deixasse de asneira/que passasse bem longe/de Lavras da Mangabeira.Com a Revolução de 1930, que levou ao poder Getúlio Vargas, a situação política do Brasil se modificou bastante. Durante 15 anos governaram os Estados interventores do Governo Federal. O primeiro interventor do Ceará foi Fernandes Távora. Távora durou pouco no poder, pois continuou com as práticas clientelistas e corruptas da Velha República. Nesta época, Raimundo Augusto era prefeito de Lavras da Mangabeira a qual foi invadida por ordem de Fernandes Távora, pelo 23º Batalhão de Caçadores. O coronel Raimundo Augusto evadiu-se, deixando a cidade vazia e o batalhão do exército desnorteado. Localizado, foi perseguido pelas tropas e afinal, detido, em Juazeiro do Norte. Conduzido preso a Lavras da Mangabeira, Raimundo Augusto foi recolhido à cadeira pública local. Seu patrimônio foi, então, dilapidado, e incendiadas as suas propriedades, pelo alto comando revolucionário. Livre da prisão, ele deparou-se, em 26 de junho de 1932, com o tenente Veríssimo Gondim que, por ordem expressa do chefe de polícia do Ceará, tentou algemá-lo para, assim, conduzi-lo a Fortaleza. Raimundo Augusto reagiu, com destemor e feriu, mortalmente, o tenente Veríssimo. Levado ao tribunal do júri, foi absolvido, por unanimidade, graças, sobretudo, ao brilhante desempenho de causídicos renomados que o defenderam. Em 1934, vitoriosa a Liga Eleitoral Católica, foi nomeado prefeito de Lavras o irmão de Raimundo Augusto, João Augusto Lima, que deu continuidade ao domínio político da família.

  Coronel Raimundo Augusto Lima. Em 14 de dezembro de 1937 foi nomeado prefeito de Lavras o acadêmico de Direito Vicente Férrer Augusto Lima, filho de Raimundo Augusto e de Cira Férrer .Assim a estrela dos Augustos voltou a brilhar, mais intensamente, pois ficou no cargo até 17 de novembro de 1945. Vicente Augusto nasceu em Lavras no dia 19 de junho de 1915 e morreu em Fortaleza no dia 1º de janeiro de 2004. Era um homem de fino trato, inteligente e de grande manejo político. Filiou-se ao PSD e foi deputado Estadual por várias períodos legislativos de 1947 a 1963, foi Senador da República , em 1964. De 1967 a 1971 foi Deputado Federal. Exerceu vários cargos de coordenação administrativa no Ceará. Mas apesar de suas inúmeras atribuições, nunca se desligou de Lavras da Mangabeira, sua terra amada e seu maior reduto eleitoral. Como jornalista escreveu vários trabalhos publicados como “Controle da Administração Municipal”, “Questões de Direito Público”, “Mandado Político Usurpado”, “ Evolução de Rendas Municipais”, entre outras.

 
Senador da Republica Vicente Augusto Ferrer Lima.
Em 1947, foi a vez do Dr. Gustavo Augusto Lima ser eleito prefeito de Lavras da Mangabeira. De 1951 a 1955, o poder passou, novamente, às mãos de Raimundo Augusto Lima. Em 1958, Raimundo Augusto foi eleito, mais uma vez, ficando no poder até 1963. De 1963 a 1967 foi prefeito de Lavras Dr.Aloysio Teixeira Férrer, sobrinho de Cira Férrer Augusto Lima. A derrocada da velha oligarquia dos Augustos teve início em 15 de novembro de 1970, quando foi eleito para o biênio 1971-1973, pela ARENA 1, Wilson Sá, para prefeito de Lavras, derrotando seu adversário Gustavo Augusto Lima. Raimundo Augusto Lima foi, indubitavelmente, um dos mais importantes coronéis do sertão nordestino, no século XX. Após uma vida cheia de privilégios, prestígio e fartura e muito sofrimento em prol da política, faleceu Raimundo Augusto Lima, em Lavras da Mangabeira, no dia 3 de julho de 1971. Deixou o exemplo de muito amor à sua terra e um traço de muita aflição e de sofrimento a toda a sua família, tudo encarado, pelo grande patriarca, como um destino e um desafio a vencer. Maria Glaudia Ferrer Mamede.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

CARRASCOS DO MUNDO - Wilton Bezerra, comentarista generalista.

No interior, o homem perverso era tratado de "cabra ruim". Dizia-se que, para esse tipo de gente, só muita peia.

Hoje, o "cabra ruim" está espalhado em todas as esferas do Mundo e peia não resolve.

Sabe o carrasco que sente orgasmo com o sofrimento do indefeso torturado? É por aí.

Imagine uma rua, habitada por várias famílias, recebendo ordem de desocupação para que o local seja tomado por um puteiro ou uma rampa de lixo.

Pois tudo isso acontece ou está prestes a acontecer, em maiores proporções, com os povos do Mundo.

Os "cabras ruins" do Planeta se transformaram em modernos carrascos com o fito de só fazer o mal.

Rio de sangue não é mais apenas um título de filme.

Para gozo dos carrascos.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Tchau, Lula, saia daí - Vicente Limongi Netto é jornalista.

Cai fora, Lula. Já deu. Saia daí. Com grandeza. Nada de reeleição. O povo anda de pacotinhos cheio com você. Passe o bastão para homens públicos mais jovens e operosos. Como Ratinho Júnior, Eduardo Leite, Ronaldo Caiado, Zena e Tarcísio de Freitas. 

Estão na fila. Têm todo o direito. Chegou a vez deles de suar a camisa pelo bem do Brasil e dos brasileiros.  Você já beira os 80 anos. O Brasil é imenso. Viagens longas e cansativas. A respiração fica difícil. O folego vai acabando. A paciência, também. 

Basta de perder o sono e se amolar com o Ibama, com ministros medíocres. Alguns deles nunca foram recebidos por você. Já imaginou, Lula,  que coisa boa para a saúde, não ouvir mais juras hipócritas de Hugo Mota e Davi Alcolumbre?  

Chega de berrar contra os juros altos do Banco Central. Nunca mais vai trocar farpas com Putin, Donald Trump, Bolsonaro ou Nicolau Maduro. Muito menos ficar avexado com os preços exorbitantes dos alimentos. 

Já pensou, Lula, do que você vai ficar livre? A lista é extensa. Segure aí: Nunca mais vai ouvir lamúrias de prefeitos, senadores e deputados. Muitos deles dormem e acordam sonhando com polpudas emendas. A hora é essa. Aproveite a aposentadoria da Câmara Federal, junte com o salário da Presidência da República. Boa grana no bolso, de trinta em trinta. 

Troque paletó e gravata pela bermuda e chinelo de dedo. Bote uma mochila nas costas, um chapéu Panamá e vá flanar no mundão de Deus. 

Com a amorosa Janja a tiracolo. Faça as pazes, mate a saudade dos hábitos bons e antigos, como sentar no boteco da esquina, pedir uma pinga, cerveja e tira gostos. Curtir amigos corinthianos. Fazer churrasco. Tirar selfes. 

Falar de tudo. Menos de política. Botar para fora palavrões presos na garganta. Tomar sorvete com os netos. Há quanto tempo você não passeia com eles? O bom de tudo, Lula é que no dia seguinte você terá o direito de fazer tudo novamente que vem na telha.

NA MEDIDA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

A má qualidade do futebol no começo de temporada tem uma explicação: joga-se muito e treina-se pouco.

Os jogadores não contam com tempo suficiente para "descarbonizar" depois das férias e já exibem um certo enfado. 

Equipes alteradas, jogos truncados, excesso de faltas cometidas e estado anímico precário, produzem um cenário sem graça.

As competições esvaziam umas às outras. Pergunta-se: precisa ser assim?

"CAI-CAI"

Com a volta de Neymar, o "cai-cai" (simulação de faltas) voltou a ser lembrado nas resenhas. 

Papo já um pouco envelhecido,  a atitute não deixa de ser um problema moral do futebol.

Colocando Messi nessa conversa, mesmo que o zagueiro tente derrubá-lo, puxar sua camisa, ele insiste e segue a jogada, para fazer o gol ou dar assistência.

Pedir para Messi simular quedas é como pedir para Camões usar gírias.

DESEJAR

Um time com menos aplicação tática e cheio de grandes jogadores que nos encantem. Quem é que não quer?

NEI CONCEIÇÃO

"Futebol de resultado não costuma dar resultado'

O Prof. José Newton Alves de Sousa com sua exposa, Maria Ruth (já falecida) - Por Armando Lopes Rafael.

 

Tempus fugit! 

Esta expressão latina poderia ser traduzida por “O tempo foge", ou "O tempo voa". Daqui a quatro meses, mais precisamente no dia 5 de Junho, o Prof. José Newton Alves de Sousa chegará aos 97 anos de idade. Na galeria dos cratenses ilustres ele figura com destaque, graças as suas ações de mestre renomado, chefe-de-família exemplar, cidadão digno, por ser uma pessoa dotada de vasta cultura e, principalmente, sua postura de católico autêntico.

No início deste século, ou seja, no ano 2000, o nome do Prof. José Newton chegou a ser lembrado entre os candidatos ao título de “Cearense do Século”, pleito que, ao final, foi vencido pelo Padre Cícero Romão Batista.  A bem dizer, a longa existência do Prof. José Newton Alves de Sousa se constitui, para quem o conhece, numa bela lição de vida. Lição que deveria ser divulgada especialmente nestes tempos atuais. Escusado é dizer que vivemos tempos medíocres e calamitosos, cujos reflexos trouxeram e continuam a trazer imensos prejuízos para a perplexa população deste nosso querido e infelicitado Brasil.

Certamente as novas gerações de cratenses desconhecem quem é o professor José Newton Alves de Sousa. Permitam-me, pois, um rápido retrospecto sobre a caminhada dele. Nascido em Crato, em 5 de Junho de 1922, José Newton Alves de Sousa veio ao mundo no seio de uma família modesta, mas profundamente imbuída dos princípios da fé Católica. Àquela época, outros eram os tempos. Outras eram as pessoas daquela época!

Depois dos primeiros estudos feitos na sua cidade natal, o jovem José Newton Alves de Sousa conseguiu – superando, provavelmente, previsíveis dificuldades – a graduação em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia de Salvador, na Bahia. Dr. José Newton foi um fundador de escolas. Como exemplos poderíamos citar o Ginásio Pio XII, em Salvador na Bahia e o Colégio São João Bosco, na cidade de Crato. Partiu dele, também, em 1968, a ideia da criação do Ginásio Prof. Bezerra de Brito, do distrito da Ponta da Serra. Na época que ele ocupava o cargo de Secretário de Educação do município de Crato.

Fundada a Faculdade de Filosofia do Crato, em 1959, o Prof. José Newton foi seu primeiro diretor. Lá, por mais de uma década, deu o melhor de si, levando aquela instituição de ensino superior a destacar-se na história da educação no interior do Ceará. A Faculdade de Filosofia de Crato foi o embrião da atual Universidade Regional do Cariri–URCA. Aliás, a sigla URCA foi criação do Prof. José Newton.

Lembro-me de um fato da minha adolescência. Eram os primeiros anos da década 60, quando fui, certa tarde, à residência do Prof. José Newton a fim de cumprimentá-lo por ele ter sido agraciado – pelo Papa de então – com o título honorífico de Comendador da Ordem Equestre de São Silvestre Papa. Modesto – humilde mesmo – o professor José Newton Alves de Sousa nunca deu publicidade daquela honraria que lhe fora concedida pelo Vaticano, por indicação do terceiro bispo de Crato, Dom Vicente de Paulo Araújo Matos.  Outras honrarias certamente ele recebeu posteriormente. Talvez foram guardadas na gaveta do esquecimento. É o seu estilo de vida!

Ao lado de suas profícuas atividades pedagógicas, o professor José Newton manteve extensa agenda intelectual. Desde a juventude foi reconhecido como um dos bons poetas da sua geração. Foi também jornalista e escreveu diversos livros. Talentoso, e com vasta produção cultural, deve-se também a ele a criação da revista “Hihyté”, a qual – por muitos anos – publicou a produção acadêmica e as pesquisas de docentes da Faculdade de Filosofia de Crato.

Na sua longa existência, o professor José Newton não apenas criou escolas, colégios e faculdades. Da sua bagagem de publicações – entre densos livros e breves monografias, contabilizam-se cerca de cem obras. Dr. José Newton é sócio do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, do Instituto do Ceará e do Instituto Cultural do Cariri, mercê o valor de seus escritos, com destaque para a produção de artigos e crônicas, publicadas em revistas e jornais, além de muitos opúsculos e plaquetes de sua autoria. Foi por sua iniciativa que surgiu a Academia de Letras e Artes Mater Salvatoris, em Salvador da Bahia.

Para mim, no entanto, o lado mais fascinante da personalidade do Dr. José Newton Alves de Sousa é a sua postura e coerência de um verdadeiro católico, apostólico, plenamente romano. Ele e sua esposa, Maria Ruth, já falecida (ela foi o único e grande amor da sua vida) formavam um casal exemplar, no que diz respeito às exigências e testemunhos de uma família autenticamente cristã.

O estilo é o homem! Ou como disse Nosso Senhor Jesus Cristo: “Pelos frutos se conhecem as árvores”.        

A SAGA DE ANTÔNIO DANTAS SOBRINHO - Por Antônio Morais

Nasci no sítio Baixio, Várzea Alegre, Ceará, 1938. Filho de Lourenço Ferreira Lima e Luisa Dantas de Souza. Faço parte da décima geração descendente de Agostinho Duarte Pinheiro, donatário de uma sesmaria no Riacho da Fortuna onde fundou o sitio Monte Alegre. Um dos filhos de Agostinho, mudou o nome para José Ferreira Lima, com o intuito de obter mais uma sesmaria na região. Até hoje a família é conhecida como os Ferreira Lima de Monte Alegre. Por parte de meu pai, também sou descendente dos Alencar do Crato. Minha avo paterna era Ana Pereira de Moraes, irmã de Carlos de Alencar e outros. Por parte da minha Mãe, sou Neto de Manoel Dantas do Baixio. Meu nome é uma homenagem a um irmão do meu avô.
Eis a trajetória de minha vida.

No início de 1945 passei 2 meses aprendendo a ler numa escola de um vizinho. Em 1946, passei mais 2 meses completando que se chamava o primeiro ano de leitura, e em 1948, passei três meses com um amigo de meus pais cursando o primeiro ano primário em Juazeiro do Norte. Em 1949, por intolerância religiosa, minha mãe havia se convertido ao protestantismo, tivemos que sair do Baixio. Fomos morar numa localidade chamada Santa Luzia, perto da Mata do Nascimento, atual cidade de Dom Pedro, no estado do Maranhão.

Tal qual no Ceará, não havia escola naquele lugarejo, mas ainda tive a oportunidade de passar uns três meses numa escola de uma amiga de meus pais numa localidade vizinha. Em 1954, fui morar e aprender alfaiataria com um amigo numa vila mais distante chamada, Centro do Paciência, atual cidade de Governador Archer, onde meus pais moram atualmente.

Em 1956, por indicação de minha mãe, comecei a estudar no Instituto Batista do Cariri enquanto trabalhava numa alfaiataria em Juazeiro. Quando fiquei ali, tive muitas oportunidades de matar as saudades de Várzea Alegre e do Baixio, visitando e passando férias com meu avo, Manoel Dantas e outros parentes. 

Em 1958 fui expulso do Colégio Batista. Não tinha vocação religiosa! Mudei para Fortaleza onde passei um ano e meio trabalhando numa alfaiataria. Fiz um plano de sair de Fortaleza sabendo inglês, e pus-me a estudar sozinho. Todos os dias, durante um ano, aprendia dez palavras novas. Apenas aprendia a ler e escrever, mas foi muto importante porque meu primeiro emprego em São Paulo foi de tradutor de peças mecânicas, numa firma de pesquisa de petróleo filiada a Petrobrás. Ali havia muitos americanos e aproveitei para melhorar a pronuncia do inglês. Por influência deles, abri uma conta bancária nos Estados Unidos para onde enviava minha poupança para protegê-la da inflação e me preparar para uma eventual oportunidade de estudar no exterior.

Em 1963, comecei a namorar uma americana, e por influência do meu futuro sogro, pedi um visto de emigrante no consulado americano. Emigrei para os Estados Unidos no fim daquele ano. Logo em seguida, fui aceito na Universidade de Wisconsin, em Stevens Point, via um exame de admissão, pois não tinha educação formal. Como não tinha recursos para custear os estudos, a universidade me concedeu uma bolsa de estudos do legislativo estadual.

Em 1966, casei com Marilyn, que fora minha namorada em são Paulo e havia retornado aos Estados Unidos antes do meu visto de imigração. Foi ela quem me deu apoio moral e cuida muito bem de mim até hoje. Em 1968, ganhei uma bolsa de estudos para o mestrado na mesma universidade no campus principal, em Madison. Ali encontrei muitos brasileiros dedicados e preocupados com o destino do nosso país. Eles me influenciaram para que voltasse para o Brasil.

Em 1970, fui convidado, por indicação de um professor, para lecionar na Universidade de Brasília. Quando cheguei ao departamento de economia, acanhado e tímido academicamente, fiquei surpreso em saber que era o primeiro com mestrado lecionando naquele departamento. Logo, com 31 anos de idade, assumi interinamente a chefia do departamento onde promovemos uma reforma acadêmica que deu bons resultados até hoje.

Em 1972, voltei para os Estados Unidos com uma bolsa de estudos da Fundação Ford e apoio da Universidade de Brasília para me preparar para o Ph.D. na universidade de Cornell, estado de Nova York. Ali, tive a oportunidade estudar com ilustres brasileiros, com José Serra, Luciano Coutinho, Yoshiaki Nakono, Sérgio Mindlin, Lívio Reis de Carvalho e outros brilhantes colegas. Senti muito orgulho daqueles amigos. Tínhamos uma intensa vida intelectual e de preocupações com o destino da pátria. Estes se dedicaram a vida acadêmica e política. Eu fiquei sempre ligado a vida acadêmica.

No primeiro dia de aula em Cornell, agosto de 1972, nasceu meu filho Lourenço e na semana que conclui os exames para o Ph.D. nasceu minha filha, Tania. Em 1975, passei 3 meses em São Paulo, levantando dados para minha tese de doutorado. No início de 1976, defendi uma tese comparando o desempenho econômico entre firmas brasileiras e estrangeiras operando em São Paulo.

Em 1978, participei de um programa do MEC, lecionando para professores da Universidade do Piauí dentro do programa PICD. Em 1979, fui convidado pra lecionar no Colorado College, uma pequena universidade na cidade de Colorado Spring nos Estados Unidos. Passei um  ano de licença naquela cidade. E em 1981 voltei brevemente pra passar mais uma temporada lecionando ali.

Em 1985, havia acabado de sair da direção do Instituo de Ciências Sociais da UnB quando recebi um honroso convite do Governo do Canada para visitar o país e participar de um seminário dirigido a administradores. Em 1986, voltei para os Estados Unidos e passei 6 meses na Universidade de Harvard com uma bolsa da Fundação Fulbright. Tive a oportunidade de me especializar na área de investimentos e administração de projetos. 

Em 1988, participei durante 45 dias de um programa das Nações Unidas e Banco Mundial, preparando técnicos do Banco Central de Moçambique, na capital Maputo, antiga Lourenço Marques.

Em 1990, voltei para os Estados Unidos acompanhando meu filho que ia estudar engenharia no Instituo Politécnico de Worcester, estado Massachusettes. Nesse  período, 1990-93, lecionei no Framingham State College, perto de Worcester. Neste último ano, minha filha também entra para universidade, na cidade de Oshkosh, Wisconsin.

1993 - 2001, todos os anos, passamos as férias nos Estados Unidos, acompanhando os os filhos, Tania fazendo graduação e Lourenço, a partir de 1994, fazendo o mestrado na universidade da California, em Davis.  

Aposentei-me da universidade de Brasília em 2001 e passei a lecionar, administração pública e planejamento estratégico na Escola Nacional de Administração Publica, ENAP em Brasília.

Em 2005, voltamos definitivamente para Wisconsin e inverti o percurso, agora passamos mais tempo nos Estados Unidos e menos em Brasília, onde ainda me considero residente. 

Atualmente, desenvolvo trabalhos práticos, analisando os mercados financeiros e operando com ações e moedas. Quase todas semanas escrevo uma pequena resenha sobre esses temas e que são publicadas em alguns sites na Internet. A coleção completa pode ser lida neste site, www.investmax.com.br Todos os trabalhos na Internet são do pseudônimo, Professor Metafix.
Nota final.

Por trás dessa saga existe uma mensagem que aproveito para dirigir especialmente aos jovens de Várzea Alegre e aos leitores desse Blog. Apesar de não possuir a escolaridade de praxe, pois juntando todos os dias que passei nas escolas rurais e em Juazeiro, não chega a ser um ciclo completo do primário, nunca deixei de estudar sozinho até chegar a universidade. Sempre trabalhei pra me sustentar, mas as noites eram minhas e as dedicava aos estudos. 

Considero o sucesso como dependente de dois ingredientes; aquele que vem de dentro, a vontade; o outro, o que vem do ambiente. A inspiração vem do fora pois só podemos ver longe quando pisamos ombros de gigantes. Os professores são importantes e indispensáveis. Não realizamos muito sem que aja algum incentivo ou estimulo externo.

Felizmente, para manter a disciplina, trabalhei com um PMA – plano, metas e ação. Para minha surpresa isso foi fundamental na minha formação. Por exemplo, quando decidi aprender inglês, o plano era chegar em São Paulo com um conhecimento literário que me desse apoio para o trabalho e para os estudos. A meta era aprender, pelo menos, dez palavras por dia. A ação era escrever repetidas vezes as palavras nas duas línguas, traçando uma imagem mental do significado. 

Assim, como fiz com o inglês, todas as outras etapas foram planejadas. E como disse Shakespeare – a consciência nos transforma em covardes –  eu tinha medo de falhar.

Observo que as pessoas trabalham com um plano estratégico. Entretanto,  a maioria não executa, e fica apenas nas intenções. Neste caso, é necessário examinar as forças internas e externas, e trabalhar com metas num ambiente apropriado. 

Nosso cérebro funciona melhor dentro de um quadro de referência. Reconhecia minhas fraquezas e minhas forças e tentei eliminar as primeiras e fortificar as outras. Esse é o primeiro quadro. O segundo é ter uma meta e cumprir todos os dias uma parcela dela. O terceiro quadro, é o meio ambiente. Os estímulos e as forças externas vem do ambiente, se ele não for  propício, não atingimos nosso potencial. 

Na falta de escolas, tentei me colocar em ambientes que me dessem força. Coloquei-me sempre ao lado dos interessados no saber. Fugi dos pretendentes que não tinham a inteligência emocional para entender que a ignorância sai bem mais cara do que o saber. Reconheci o ditado que diz  – mostra-me com quem andas que saberei quem tu és.

Fácil? Não! Simples? Sim! O importante é o desafio; subimos montanhas não porque seja fácil, mas porque elas são lindas.  Não se faz aquilo que é bom porque seja útil, mas porque engrandece a alma. – Tudo vale a pena se alma não for pequena. Navegar é preciso – como disse Fernando Pessoa. Acima de tudo, procurava a felicidade e continuo cultivando-a até hoje. Não tenho riquezas porque sempre fiz tudo para dignificar o espirito.  Não mudei e ainda mantenho meu jeito alegre e brincalhão característico dos várzea-alegrenses.

Agradeço a Antonio de Morais, administrador deste Blog e pela atenção dispensada e a todos várzea-alegrenses que se dedicam a construir um lugar descente par se viver. Estes são meus heróis. 

Merrill, Wisconsin, EUA, 2 de setembro de 2012.

Abraços,

Antonio Dantas

domingo, 16 de fevereiro de 2025

559 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antonio Morais.

O que eu vou levar da vida, são as amizades que fiz. Dentre muitas lembro dos amigos Nego de Aninha e Ladislau Camilo.

Nego de Aninha, foto, gentil, simples, camarada. solicito, um "gentlemen". Ladislau Camilo, um traquino, peralta que sempre que vinha ao Crato, as suas estripulias pelos cabarés terminavam na delegacia.

O delegado sempre me ligava, e, eu deixava os meus afazeres e ia em socorro do amigo, Nunca o deixei na mão.

Sábado, dia de feira em Várzea-Alegre, o Ladislau Camilo chega no Bar do Nego de Aninha, se dirige a Sota, a cozinheira e pergunta : Você tem carne de Sol?

Tenho, Nhor sim.

Deixa eu ver. Sota trouxe uma bacia cheia. Ladislau escolheu uma alcatra de um quilo e meio e ordenou : Asse essa peça.

Sota enfiou os espetos e colocou na brasa. Ladislau pediu uma antárctica gelada e começou a beber, poupando, gole por gole.

Sota falou da cozinha : A carne está pronta, o senhor vai levar?

Não. Vou comer aqui mesmo.

E o senhor come quilo e meio de carne de uma vez?

Ora mais tá, que besteira mais besta essa sua. Minha mulher pesa 80 quilos e eu como todo dia.

Contrariando Alckmin, Lula promete retaliar os EUA caso aumentem tarifas de importação - Diario do poder.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, nesta sexta-feira (14), que o Brasil vai aplicar o princípio da reciprocidade caso o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpra com a promessa de elevar as tarifas de importação do país.

“Eu ouvi dizer que vai taxar o aço brasileiro. Se taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente ou vamos denunciar a Organização [Mundial] do Comércio [OMC] ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles”, disse em entrevista para a Rádio Clube do Pará, em Belém (PA).

Trump vem prometendo aplicar tarifas abrangentes a diversos países com superávit comercial com os Estados Unidos, como a China, e até a parceiros mais próximos como México e Canadá . Ele também anunciou uma taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio , cancelando isenções e cotas isentas de impostos para os principais fornecedores, entre eles o Brasil.

“Sinceramente, não vejo nenhuma razão para o Brasil procurar contencioso com quem não precisa. Agora, se tiver alguma atitude com o Brasil, haverá reciprocidade. Não tem dúvida, haverá reciprocidade do Brasil em qualquer atitude que tiver contra o Brasil”, reforçou o presidente.

Lula lembrou, entretanto, que os Estados Unidos têm superávit comercial com o Brasil, ou seja, vendem mais bens e serviços do que compram. “A relação do Brasil com o Estados Unidos é uma relação muito igualitária. Ou seja, eles importam de nós US$ 40 bilhões, nós importamos dele US$ 45 bilhões”, disse.

A declaração do chefe do Executivo vai na contramão da fala do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que, na última quarta-feira (12), descartou a possibilidade de o governo brasileiro entrar em uma guerra tributária com os Estados Unidos. 

HONORÁVEIS LARÁPIOS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 


No Brasil, o roubo recebe o afetuoso tratamento “rachadinha".

O que querem mais? Então, levem essa para casa: a Polícia Federal investiga uma empresa suspeita de fraude em licitações contratadas pela própria Polícia Federal.

O descontrole no pagamento das emendas parlamentares, apenas, como "ponta do iceberg".

Controle e rastreamento insuficientes para valores como R$ 184 bilhões em cinco anos.

O esquema de um tal "Rei do Lixo" tem tantos celulares que mais parece uma operadora de telefonia.

A presença do crime organizado nas instituições é tão sofisticado, que tem até “corretor de emendas”.

Na comercialização de recursos públicos, consta no  portfólio ameaça com armas que não são de brinquedo.

Desse jeito, criança, "não verás País nenhum".

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Coronel José Ronald Brito - Por Antonio Morais.

O Ilustre cratense, Coronel da Reserva do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará e professor aposentado da Universidade Estadual do Ceará na Cátedra de Geografia.

Atualmente sem função civil, dedica-se a escrever, principalmente sobre "Causos, Crônicas e Contos".

Trabalhos publicados do autor - Livros:

Um Relato Familiar - 1997.

Nas Brumas do Tempo - 2000.

Um Vale Aprazível - 2002.

Um Exto Regional - 2005.

Aquém Deste Século - 2009.

Sitônio - Romance - 2010.

Seleta de um Contista - 2010.

De volta ao Vale Aprazível - 2013.

Momentos Biográficos - 2015.

Cheiro de Velame - 2016.

O Florilégio - 2018.

O Iluminativo - 2019.

Seleção Oportuna - 2021.

Memorial de Maria de Loudes Jurumenha de Brito - 2006.

Memorial de Amadeu Carvalho de Brito - 2008.

Tio Pio - 2017.

Alguns Brito do Crato - 2021.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Hugo Motta anima os defensores da anistia - Diário do poder.

Ao negar que tenha havido “golpe” ou “tentativa de golpe” na arruaça de 8 de Janeiro de 2023, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Rep-PB), levou alivio e muito otimismo à oposição, que recebeu como “grande sinalização” positiva sobre o projeto da anistia aos presos políticos condenados a penas consideradas desproporcionais e até cruéis. 

No PL, a percepção é de que Motta não criará dificuldades para a tramitação do projeto de anistia, melhorando a expectativa de aprovação.

Marca do pênalti.

Quatro projetos de lei de anistia aos presos do 8 de Janeiro protocolados na Câmara já estão prontos para serem votados.

Motivo claro.

Também a declaração do ministro José Múcio (Defesa), reconhecendo que há inocentes entre os condenados, retemperou o ânimo das famílias.

Crime impossível.

“É um crime impossível”, argumenta o deputado Rodrigo Valadares (União-SE), relator do projeto da anistia.

Estava escrito.

A primeira-dama Janja é certamente a primeira-dama dos últimos tempos que, ao contrário de ajudar a construir uma imagem positiva acaba por prejudicar o maridão presidente. A pesquisa nacional AtlasIntel foi um tiro de bazuca no ânimo dos petistas: 58% dos brasileiros a rejeitam.

Sem factoide.

Tarcísio de Freitas (Rep-SP) foi a Lula destravar a licitação do túnel Santos-Guarujá. A imprensa amiga criou versões como “aproximação”. Nada mais falso. O encontro foi cordial, mas sem salamaleques.

Laíza emocionou.

Provocou grande comoção mundo afora o vídeo de uma garota, Laíza, fazendo apelo emocionado ao juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que investiga denúncias de abusos de poder do STF. É filha de Clezão, comerciante gente boa de Ceilândia (DF) morto na Papuda.

Incompreensível.

Laíza Cunha contou que o pai, inocente, foi mantido preso pelo ministro Alexandre de Moraes apesar de ser doente, como atestavam relatórios médicos, e com parecer favorável da PGR à sua soltura.

Roubo inexplicado.

Passados quatro meses do afano, ninguém sabe que fim levou o assalto ao carro do GSI de Lula no ABC. Sumiu colete à prova de balas, celulares, tablet, crachás funcionais e ninguém explica nada.

Falando às paredes.

Foi um fiasco o evento de 1º aniversário de uma lorota chamada “Nova Indústria Brasil, com Lula no Planalto. Cansados de embromation, ao menos um terço dos convidados deu uma banana ao presidente.

Declínio vertiginoso.

Viralizou a trend “Efeito Lula”. Tinha de tudo; gastança do petista com a Janja, disparada da inflação, piora no ranking de percepção da corrupção etc. Com isso, atesta pesquisa AtlasIntel, Lula nunca foi tão mal avaliado.

261 - O Crato de antigamente. - Por Antônio Morais.


Em dezembro de 1978, o Distrito LXV de Lions Internacional realizou no Crato Tênis Clube, cidade de Crato, sua convenção anual.
A cidade recebeu  as representações de todos os municípios do Ceará. O evento  foi  encerrado com um Grande Baile animado por "João Dino e sua banda". 
Na foto, Antônio Alves de Morais presidente do Lions Clube de Crato-Centro, Gessy Leandro Correia, Diretor  Geral  da Convenção, sua esposa, Dona Astres Aires Correia e Maria Nair Brito de Morais, esposa do presidente do Lions Clube de Crato-Centro Antônio Morais.

Esta  convenção marcou a história  do Lions Clube no Ceará. 

260 - O Crato de antigamente - Por Antônio Morais.

Thomaz Osterne de Alencar - Um baluarte no trabalho em favor do Crato. Como presidente da Associação Comercial, membro do Lions, empresário e como cidadão. Um empreendedor que marcou o Crato pela decência, trabalho e honradez.
Numa Convenção Distrital na cidade de Quixadá as delegações de Crato e Juazeiro do Norte se hospedaram num Colégio de Freiras. Os homens para  um lado, as mulheres para outro.

O nosso companheiro do Lions Clube de Juazeiro do Norte, Dario Maia Coimbra, o "Darim" era  de uma presença de humor incomparável. Quando a sua esposa Cicinha lhe entregou uma toalha, a escova, creme dental e o aparelho de barbear, pergunto: Meu filho você quer mais alguma coisa : Ele respondeu, e, as freiras deixam?
Durante os mais de 25 anos que estive no Lions Clube de Crato Centro fui por três vezes presidente e o resto diretor animador, talvez porque os "companheiros e domadoras" me tinha na conta de um palhaço.

Neste evento eu fui escalado pelo clube para saldar os convencionais e apresentar a nossa representação. Para dominar o público presente contei uma historinha engraçada : Disse que um caboclo de minha terra dormiu na casa de um amigo. Estava chovendo muito, a latrina ficava fora da casa no fundo do quintal. Batei, então, uma vontade danada de urinar.
 
No quarto tinha um menino dormindo numa rede. O homem teve a ideia : tirou o menino da rede e botou na dele, deitou na rede do menino fez xixi a vontade, aliviou a bexiga, quando foi trazer o menino de volta o danado tinha cagado na rede dele.

A totalidade do publico riu, e, não sei se para agradar aplaudiu. Mas, um casal que estava bem a frente, um homem vermelho e abarracado com uma mulher do lado enfeitada que parecia "Tandor" fazendo careta e gestos de reprovação pela imoralidade. E, foi seguida  pelo maridão.
Que coisa mais provinciana, uma necessidade fisiológica que todo mundo sabe muito bem o que é, todo mundo faz, causar tamanho espanto e desconforto. 

Na minha última gestão como presidente  do Lions o clube criou a "Medalha Thomáz Osterne de Alencar" foto, para agraciar  as pessoas  que prestaram serviços  relevantes ao município e seu povo.
A primeira agraciada  foi Madre Maria Carmelita Feitosa, a  medalha concedida foi entregue  por Dona Dayse Alencar viuva  do Thomaz Osterne numa solenedade muito concorrida no Clube Recreativo Grangeiro.

558 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

Foto - Pedro de Pinho Vieira.

Em meados da década de 50 do século passado, eu lá com os meus seis anos de idade acompanhei o meu avô ao Periperi dos Pinhos. 

O meu avô  Pedro André  foi levar sua égua para cruzar com o jumento de lote de Pedro de Pinho. Desse cruzamento nascia  burro, e, aquela época quem tinha um burro era rico, não pelo burro mas, porque não devia um vintém a ninguém.

Lá os meus olhos  curiosos não tiravam as vistas do assédio do jumento com a égua e,  os ouvidos afiados  ouviam a conversa dos Pedros, o de Pinho e o André.

A historia era  sobre politica, os dois  haviam  sido vereadores  em legislatura anterior da câmara municipal. 

Pedro de Pinho contava admirado que Pedro André no dia da eleição  chegando a cidade  compareceu ao local de votação e votou  em Pedro Pinho. Ao sair do local foi procurado por Raimundo Otoni de Carvalho  para  preencher uma vaga de candidato a vereador  em substituição a um candidato desistente, a legislação permitia. 

A principio não aceitou, não fazia sentido, já havia votado e assim não contava nem com o voto dele. Com muita peleja do Raimundo Otoni, chefe da UDN terminou por aceitar para ajudar a legenda. 

Saiu em campanha. Falava com um aqui, outro ali e assim no final do dia, terminada a eleição  e a contagem dos votos Pedro André se elegeu e fez parte junto com Pedro de Pinho e outros  da composição da  Câmara de Vereadores daquela legislatura. Inicio da década de 40 do século passado.

557 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Postagem do Antonio Morais


JORGE SIEBRA, UM ANJO ENVIADO POR DEUS - Por Mundim do Vale.

A parte inicial dessa história aconteceu na cidade de Várzea Alegre. Foi um tanto dramática, mas a minha intenção aqui não é impressionar ninguém. É apenas mostrar que existe um atalho divinal para os nossos dramas.
Queria eu ter a capacidade dos meus colegas do blog, para postar esse texto com o valor espiritual que ele possui.
No ano de 1.974 faleceu minha mãe , depois de um sofrimento profundo por conta de um perverso câncer de colo uterino. Além do sofrimento por conta do sentimento de perda, eu confesso que fiquei um tanto confuso com aquela situação. no meu pensamento de revolta, questionava com Deus, por não ter estendido pelo menos mais um ano de vida, para que aquela professora tivesse a alegria de ver o seu primeiro filho formado, já que havias vários dos seus ex alunos, formados nas mais diversas atividades. para falar apenas em um deles eu posso citar o médico Raimundo Sátiro, irmão da nossa colaboradora Artemísia, que prestou uma assistência contínua a sua ex professora, nos seus últimos dias de vida e sofrimentos. Assistência da qual nós somos gratos até hoje.
Depois dos meus questionamentos, parei um pouco para pensar melhor e veio a lembrança de outra passagem na vida daquela guerreira, no ano de 1.953, quando ela tinha apenas quatro filhos, sendo eu o mais velhos deles com sete anos. A professora teve uma doença diagnosticada como febre paratifóide, que ficou enferma no fundo de uma rede, onde já não podia ficar sentada.
Mesmo sendo assistida pelo Dr. manoel Gonçalves de Lemos, estava condenada a óbito.
Num dia de quinta feira a enferma teve uma piora. Foi aquele corre-corre na nossa casa, muitas visitas, muitos choros e muitas rezas puchadas por Zefa do Sanharol, Emília Gadelha e Luzenir Aquino. Uma hora lá eu escutei dona Adelina Siebra dizendo entre um soluço e outro:
- Meu Jesus! Irací não passa dessa noite.
Meu pai pediu para que Geralda Batista trouxesse as crianças para a bênção final e em seguida nos retirasse, para evitar tantas lágrimas. Nós ficamos isolados em um quarto, na companhia de madrinha Canuta e Geralda Batista.
No dia seguinte chegou na nossa pequena cidade o Sr. Jorge Siebra, que era casado com uma tia do meu pai. O Sr, Jorge sabendo daquela situação, foi até a nossa casa e pediu para examinar a enferma. Depois do exame mandou providenciar uma grande quantidade de água fervida com bastante macela, em seguida pediu a ajuda do meu pai e fizeram uma lavagem intestinal. Ao terminarem o procedimento a enferma abril os olhos e começou a dar sinal de melhora.
No sábado pela manhã eu já ví minha mãe ladeada por por Marlene Salviano e Josélia Vieira, ensaiando alguns passos na sala. Fui até o quarto onde estavam meus irmãos, Geralda Batista pôs a minha cabeça no seu colo e eu perguntei:
- Lalái Mamãe vai escapar não vai?
- Vai sim. Ela já está melhorando, graças a Jorge Siebra e São Raimundo Nonato.
No domingo pela manhã ela já conversava e caminhava só.
A notícia da progressiva melhora, correu pela cidade e pelos sítios como fogo em algodão.
Por volta das cinco horas da tarde eu fui até a calçada e me deparei com a rua Padre José Alves, lotada de gente, desde a porta da igreja até a margem da lagoa de São Raimundo. Até então eu só tinha visto aquela quantidade de gente, no dia que Frei Dameão chegou na cidade para as missões.
Oito dias depois a guerreira já estava dando aulas nos três turnos.
Foi lembrando da solidariedade daquela boa gente e da felicidade da família, que eu deixei de ser tão possessivo e fiquei entendendo que o anjo Jorge Siebra tinha sido enviado por Deus, para que aquela guerreira tivesse mais vinte anos de vida, para dar sequência ao trabalho de educação e orientação aos seus filhos e seus conterrâneos.
Dedicado aos meus irmãos e a todos que foram alunos da educadora IRACÍ.