Dom Pedro II, Imperador do Brasil, seu neto e a esposa, em 1887. Não se percebiam grandes ostentações, brilhos, nas pessoas da Corte brasileira.
Muito ao contrário.
Seu governo foi responsável por dar solidez ao Brasil enquanto nação, no sentido amplo do termo, isto é, ser um país institucionalmente bem ancorado, politicamente estável e com credibilidade internacional.
De tempos em tempos, diante da turbulência que assola o país e o planeta, somos obrigados a revisitar o belo legado de um dos maiores de nossos estadistas. Dom Pedro II.
Caro Morais:
ResponderExcluirSe fosse pedida uma única palavra para elogiar sua postagem, essa palavra seria JUSTIÇA.É de uma justeza solar a afirmação de que Dom Pedro II vivia a majestade com simplicidade e sem ostentação.
O historiógrafo João Ribeiro fez a seguinte apreciação sobre Dom Pedro II: “Simples e modesto, mas sem perda da distinção pessoal. Generoso e desinteressado. Sábio, mas sem afetação. Exemplo de todas as virtudes domésticas. Melhor que a popularidade, granjeou a simpatia respeitosa da multidão. A opinião unânime a respeito do Soberano o fez protótipo das virtudes sociais”.
(continua)
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ResponderExcluirA propósito, a história regista que numa viagem ao interior de Minas, o Imperador observou, no meio de uma multidão compacta, uma negra que fazia grande esforço para se aproximar dele, mas as pessoas à sua volta procuravam impedi-la. Compadecido, ordenou que a deixassem aproximar-se.
— Meu senhor, eu sou Eva, uma escrava fugida, e venho pedir a Vossa Majestade a minha liberdade. O Imperador mandou tomar as notas necessárias, e prometeu dar-lhe a liberdade quando regressasse. E efetivamente entregou à cativa o documento de alforria. Algum tempo depois, indo a uma das janelas do Palácio de São Cristóvão, viu um guarda tentando impedir que uma preta velha entrasse. Sua memória prodigiosa reconheceu imediatamente a ex-escrava de Minas, e ele ordenou:
— Entre aqui, Eva!
A preta precipitou-se porta adentro, e entregou ao seu protetor um saco de abacaxis, colhidos na roça que plantara depois de liberta.
(continua)
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ResponderExcluirDom Pedro II Viveu até 66 anos, morrendo de pneumonia, no modesto hotel Bedford, em Paris, no dia 5 de dezembro do ano de 1891, dois anos depois que a minoria republicana expulsou a ele e à sua família, por meio de um golpe militar sem apoio do povo. Foi uma das maiores solenidades de exéquias feitas em Paris. A população francesa encheu as ruas para homenagear um imperador estrangeiro.
Seus restos, transladados para Lisboa, foram colocados no convento de São Vicente de Fora, junto aos da esposa. Revogada a lei do banimento da família imperial (somente em 1920), foram os despojos dos imperadores (Dom Pedro II e dona Teresa Cristina) trazidos para o Brasil. Depositados de início na catedral do Rio de Janeiro (1921), foram transferidos para a de Petrópolis (1925) e definitivamente enterrados (1939). O ilustre governante passou à história, não como um rei qualquer, mas como um imperador intrinsicamente honesto, como um homem bom, como um intelectual, apreciador da ciência, das artes e da liberdade de informação e como homem tolerante, aberto ao diálogo e às transformações da vida social
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ResponderExcluirPor ocasião da morte de Dom Pedro II, a família do Imperador recebeu manifestações de pêsames, não só da população de Paris, mas de todos os governantes do mundo.
Todos?
Não! O “Governo Provisório” não emitiu uma linha de pesar. Pelo contrário: reclamou do Embaixador da França, no Rio de Janeiro, as manifestações do povo de Paris, dizendo que elas teriam sido incentivadas pelo Governo Francês...
Ô raça!
Hoje o Brasil é governado por Lula e o PT. E, o "Projeto de poder do deles" faz escala na cadeia. Um passado sujo não produz um futuro limpo.
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