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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 4 de janeiro de 2025

Dino veta pagamento de emendas para 13 ONGs sem transparência - Diario do Poder.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, suspendeu o pagamento de recursos de emendas parlamentares para 13 organizações não governamentais (ONGs) e entidades do terceiro setor que a Controladoria-Geral da União (CGU) considerou que não adotam mecanismos adequados de transparência ou não divulgam informações sobre a aplicação das verbas públicas.

A decisão foi tomada com base no relatório da CGU resultante da determinação de Dino para o órgão de controle fiscalizar o cumprimento de sua ordem, de agosto de 2024, para que as ONGs informassem na internet, em até 90 dias, os valores oriundos de emendas parlamentares de qualquer modalidade recebidos de 2020 a 2024 e em que foram aplicados.

A CGU fiscalizou as entidades que receberam maior volume de empenhos ou de pagamentos em 2024, e seu relatório demonstrou que metade delas (13) não são adequadamente transparentes ou não divulgam informações. Outras nove apresentam dados incompletos ou desatualizados. E somente quatro, 15% das avaliadas na amostragem, cumprem critérios de acessibilidade, clareza, detalhamento e completude.

A decisão foi tomada no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 854 e nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 7688, 7695 e 7697

Impedimento e Providências.

Dino determinou que as 13 organizações sejam inscritas no Cadastro de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos Impedidas (CEPIM) e no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) pelos órgãos competentes do Poder Executivo.

E deu prazo de 10 dias para as nove entidades que apresentam informações incompletas cumprirem a determinação de publicar em seus sítios eletrônicos os valores recebidos de emendas e em que foram aplicados, sob pena de suspensão de novos repasses.

O ministro ainda mandou a Advocacia-Geral da União (AGU) informar aos ministérios a proibição de repasses. E a CGU recebeu a ordem para fazer uma auditoria específica nas 13 entidades não transparentes e apresentar um relatório técnico em 60 dias.

244 - O crato de antigamente - Por Antônio Morais.

A concubina - Por Coronel José Ronald Brito

Um Major da Guarda Nacional que me reservo o direito de não revelar o nome, fazendeiro rico do Crato, ficou viúvo e se casou em segundas núpcias com uma pessoa de gênio forte, muito parecido com o dele.

Era costume da época, os ricos posuírem "amásias" e naquela família não foi diferente a dele já vinha do primeiro casamento.

O abastado mandou construir em seu terreno uma casa para o "ajoujo" de modo que da calçada do seu solar ele pudesse observar quem entrava e saia da morada.

Num certo dia, ele é que foi visto pela esposa visitando a moradora.

Antigamente, era costume de quem ia revisar terras a pé, munir-se de uma foicinha bem afiada para abrir picadas e enfrentar algum animal raivoso.

Retornando da incursão, o Major ao abrir a meia porta da residência, deparou-se com a esposa sentada numa rede, cuspindo sua furia aos quatro ventos.

Ele não deu uma palavra, e aproximando da rede de uma foiçada cortou o punho; e a madame foi ao chão.

Acredita-se que posteriormente eles chegaram a um bom termo, pois juntos morreram de velhos.

Conheci dois filhos do fazendeiro, um do primeiro casamento e outro da concubina, se fossem gêmeos não parecia tanto.     

Irmãs de senadora suplente de Wellington Dias recebem Bolsa Família - Diário do Poder.

A senadora Jussara Lima, esposa do deputado federal Júlio César Lima e mãe do deputado estadual Georgiano Neto, tem duas irmãs cadastradas como beneficiárias do Bolsa Família. Magaly Gomes Alves de Sousa e Suely Gomes Alves de Sousa, residentes em Fronteiras, Piauí, recebem R$ 600 mensais desde março de 2023. As informações foram reveladas pelo jornalista José Ribas Neto, do Portal AZ.

Além disso, em Fronteiras (PI), Conceição Alves, irmã de Jussara, ocupa o cargo de secretária municipal de Cultura, enquanto Eudinar Agripino, cunhada de Jussara, é secretária de Assistência Social. O vice-prefeito, Dr. Norberto Pereira, é casado com outra irmã da senadora. Essas conexões familiares ampliam as dúvidas sobre a elegibilidade das beneficiárias do Bolsa Família.

Jussara Lima assumiu o mandato no Senado em fevereiro de 2023, na vaga de Wellington Dias, atual ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. 

Essa proximidade política levanta preocupações sobre a imparcialidade na concessão de benefícios do programa.

243 - O Crato de antigamente - Por Antonio Morais.

A vidente - Coronel José Ronald Brito

Em certa localidade do Cariri, uma menina dizia ter começado a ver Nossa Senhora. O local da aparição não podia ser mais adequado; Junto a porteira de um curral existia um juazeiro e ali sobre a fronde da árvore, ela dizia ver a Virgem.

A noticia se espalhou e a romaria começou. Em poucas semanas o pátio em redor da árvore já não comportava os fiéis.

Barracas surgiram em todos os matizes e vendiam : velas, rozários, santinhos, medalhas, fogos, comidas e bebidas etc.

As aparições sempre aconteciam as quatorze horas. Vários crentes asseguravam já terem alcançado graças. 

Nesta última aparição a santa se mostraria para todos os fiéis, mas não se sabe porque ela atrasou. 

Era um mês de Outubro cinzento e abrasador; os periguinos já estavam cansados de rezar, comer e beber; o sol já pendia para as quinze horas e nada da aparição.

Irritados, os romeiros formaram uma comissão e foram até o pé do altar, que a esta altura já existia, pressionar a vidente.

Santinha a madona vem ou não vem?

E a menina sem preparo para enfrentar aquela situação singular, respondeu: Nossa Senhora mandou dizer que não vem não, porque a "putaria" aqui está muito grande. 

FORMAÇÃO DE JOGADORES NO BRASIL - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

O português José Boto, contratado para ser o homem forte do Flamengo, é conhecedor profundo do futebol brasileiro. Eis o que afirmou: "É preciso que se mude radicalmente a forma como se está fazendo jogadores no Brasil. Por que querem fazer jogador como na Europa? É preciso devolver aos jovens atletas a liberdade de criarem, errarem, experimentarem, sem estarem atrelados a sistemas táticos, pois mais na frente , à certa altura, terão tempo para isso".

Boto se refere ao rigor tático na formação dos jogadores o que poda a criatividade. Criticou a preocupação em se copiar, excessivamente, os europeus e já anunciou que vai mudar tudo no trabalho de base do Flamengo.

A propósito, texto que produzimos para jornal, sobre o assunto há 15 anos: "Antigamente, os meninos tinham como destino, primeiro, a rua e a bola. Exercitavam nos campinhos esburacados, nas estreitas calçadas e ruas de de piso irregular a habilidade do craque. A realidade hoje é diferente. Jogadores são forjados em linhas de produção semelhantes às dos automóveis.''

242 - O Crato de antigamente - Por Antonio Morais.

 

Aparição de Santo.

Seu Miquinim, possuía um sitio na Mata, em Crato, bem próximo do seu Roque Alves, que era comprador de algodão na região. O velho tinha uma voz "batida", cheia de falsetes graves e agudos.

Era um viúvo ingênio que morava ainda com três filhas solteiras.

À época, correu uma história no lugar que próximo da casa dele estava aparecendo um santo. Certo dia, ao passar para feira, demorou-se no estabelecimento de Roque, para prosear e saber o preço do algodão.

Então, o amigo perguntou: Miquinim, ouvir dizer que na sua casa está aparecendo um santo? Está Roque! E pelo que estou dizendo é São Francisco. Um dia desses ele foi visto debaixo do poleiro das galinhas; eu fui até lá, mas ele saiu correndo.

Passaram-se algumas semanas e novamente a caminho da feira, Miquinim parou para conversar com o amigo. Depois de iniciada a prosa, Roque perguntou : 

E o santo, Miquinim?

Apois não é Roque, a Maria de Jesus, minha filha está esperando um "menino" daquele filho de uma égua!

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Número de pessoas em situação de rua no país aumenta em 25% - Por Cláudio Humberto, Diário do Poder.

O número de pessoas vivendo em situação de rua em todo o Brasil aumentou aproximadamente 25%. Se em dezembro de 2023 havia 261.653 pessoas nesta situação, esse número chegou a 327.925 no final do ano passado. A informação é do levantamento mais recente divulgado pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (OBPopRua/POLOS-UFMG). O número apurado em dezembro de 2024 é 14 vezes superior ao registrado onze anos atrás, quando haviam 22.922 pessoas vivendo nas ruas no país.

O levantamento foi feito com base nos dados do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), que reúne os beneficiários de políticas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), e serve como indicativo das populações em vulnerabilidade para quantificar os repasses do governo federal aos municípios.

A Região Sudeste é onde estão concentradas 63% das pessoas em situação de rua do país, com 204.714 pessoas, seguida da Região Nordeste, com 47.419 pessoas (14%).

Só no estado de São Paulo, que representa 43% do total da população em situação de rua do país, esse número saltou de 106.857 em dezembro de 2023 para 139.799 pessoas em dezembro do ano passado. Essa quantidade é 12 vezes superior ao que foi observado em dezembro de 2013, quando eram 10.890. Em seguida aparecem os estados do Rio de Janeiro, com 30.801, e Minas Gerais, com 30.244.

De acordo com o coordenador do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, André Luiz Freitas Dias, o aumento desta população pode ser explicado pelo fortalecimento do CadÚnico como principal registro desta situação e de acesso às políticas públicas sociais do país e também pela ausência ou insuficiência de políticas públicas estruturantes voltadas para essa população, tais como moradia, trabalho e educação.

O levantamento apontou ainda que sete em cada dez pessoas em situação de rua no país não terminaram o ensino fundamental e 11% encontra-se em condição de analfabetismo, dificultando o acesso das pessoas às oportunidades de trabalho geradas nas cidades.

ESTADUAIS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Há quem diga que os campeonatos estaduais guardam o aroma das pequenas coisas da vida.

Só que nesse mundo globalizado e careta o que vale é o grande torneio, com protocolos para tudo quanto é lado, hino, riqueza, a figura do DJ, torcida orquestrada e tal.

Já os campeonatos estaduais precisam acabar, porque atrapalham o calendário e o que realmente importa.

"Os estaduais só servem à gente viciada em coisas  pequenas", vociferam.

Imaginem o que os globais pensam do futebol amador de subúrbio e seus campeonatos em "estádios" pequenos e sem patrocínio.

Essas visões de mundo, se não forem interrompidas, nada vai se salvar da espécie humana.

O futebol não é apenas o grande time ou os ricos campeonatos. É muito mais.

É festa do povo, rivalidades, respeito, história e valor simbólico.

Mas, é assim. Daqui a pouco, tudo valerá menos.

241 - O Crato de antigamente - Por Antonio Morais.

Até poucos anos eu não tinha notado que estava velho. Certo dia recebi os meus netos na casa do Sossego, em Crato. Acomodei todos no carro e fomos visitar o Horto do Padre Cícero em Juazeiro do Norte. 

Nessa época o carro ainda podia chegar até a pracinha que circundava o monumento. Quando o veículo aproximou-se da subida perto da escadaria, investiram contra nós: Vendedores de velas, de terços, de santinhos, de imagens, fotografos, cantadores de bendito e outros.

Os meninos apavorados e eu também fiz o retorno e iniciei a fuga "cantando" pneus. 

Quando passei perto de uma casa o vendedor de fogos que estava na calçada sapecou : 

Eita "veinho" escroto!

Aí me dei conta da realidade!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

O rabo do cachorro de Alcebíades

 


“Deixem o povo conhecer a verdade e o país estará salvo” – Abraham Lincoln 

    Um dos cidadãos mais controversos da Grécia antiga, foi um general, chamado Alcebíades (450 a 404 a.C.). Apesar de se ter distinguido como militar, era um político corrupto, demagogo, beberrão e inábil. Ele possuía um cachorro de estimação de tamanho e forma excepcionais, que comprara por sete mil dracmas. Certo dia, em plena praça pública, e sem motivo aparente, Alcebíades desembainhou sua espada e cortou o rabo do pobre animal...

    A notícia dessa crueldade logo se espalhou. Enquanto alguns cidadãos comentavam este gesto tresloucado, outros tentavam indagar dos possíveis motivos. Poderia ter sido para prevenir a raiva? como os romanos acreditavam?  Outros admitiam que o cão sem rabo caça melhor, evita lesões e infeções.  O certo é que o rabo do cão de Alcebíades permanecia um mistério e durante largo tempo não havia reunião pública ou privada em que não se falasse do rabo do cão de Alcebíades.  Procurado por amigos e bajuladores, que pensavam ter Alcebíades enlouquecido, este riu, coçou a barbicha branca, e disse: “Enquanto o povo se preocupa com o rabo do meu cachorro, não critica os fracassos do meu governo” ...  Sábio, esse Alcebíades....

     Porém, decorrido alguns séculos daquela crueldade, o golpe com o rabo do cachorro de Alcebíades ganhou nova versão e roupagem. Hoje chamam isso de “narrativas”. E nas discussões de inúmeras "narrativas atuais", o brasileiro só  fala  da “tentativa do golpe contra o governo que não foi consumado por que não apareceu um táxi”. Ou: “Quem matou Marielle?”,ou “Vem aí um plano radical de corte das despesas do governo”, ou ainda:  “A política econômica de Haddad só não deu certo porque o Banco Central boicotou”. E por aí vai...

    Criadas pela velha e corrupta mídia brasileira; fomentadas em meio a um povo mal instruído, alienado, desorganizado, que finge não conhecer a verdade, entra ano e sai ano e a farsa continua. 2025 chegou. Mas da Constituição Federal ( mais remendada do que lençol de mendigo), dos abusos do Poder Judiciário, da violência dominando até a zona rural de miseráveis municípios nordestinos, da educação e saúde pública falidas... (a lista é longa), isso a venal mídia brasileira  não fala...

Moral da Opereta: A verdade sempre teve vida difícil. E, infelizmente, num país de poucos HOMENS e pouca LEITURA sempre haverá espaço para decepar novos rabos de cachorros...

– Postado por Armando Lopes Rafael –


Ainda sobre a rua São Francisco - Por Coronel José Ronald Brito.

Lendo o livro biografico do senhor Antonio Correia Celestino, organizado pelo engenheiro e escritor juazeirense Renato casimiro, Lembrei-me de mais alguns de seus antigas moradores e de dois fatos acontecidos na Rua São Francisco de Juazeiro do Norte, pois nem eu, nem Luiz Carlos de Lima fizemos referência em nossos dois escritos anteriores sobre esse querido bulevar.

Nele também nasceu o organizador do Livro Renato Casimiro: O professor Lapércio Moreira, irmão dos Padres Davi e Ágio, expoenbtes maiores das ciências exatas no Cariri e da música. 

O barbeiro da elite, senhor Manuel Alexandre, que só andava de paletó e gravata e do médium João Maurício, que mantinha seu consultório um pouco acima da igreja de São Miguel.

Ainda por conta das lembranças, atiçadas em mim pelos relatos sinceros e envolventes dos vários depoimentos, lembrei-me de duas passagens interessantes, uma acontecida com o senhor Celestino e outra com o senhor João Maurício, ambas narradas a mim pelo meu pai, Amadeu Carvalho de Brito.

Naquela época, a cidade de Juazeiro sofria uma grande carência de boas instalações hoteleiras; hospedavam-se nas residências das famílias abastadas, daí porque na instalação do "Plano Morris Azmov" na região, Celestino hospedou em sua morada o engenheiro amaricano Chuck Adans e sua esposa Carol, pessoas simples e afáveis, que facilmente se adaptaram aos costumes caririenses, pois até passaram a adoram uma redinha.

Porém, alguns dos seus hábitos de primeiro mundo em determinados momentos, chegaram a perturbar aquele anfitrião íntegro. 

O casal possuía educação refinada, mas também alguns costumes avançados, que a sociedade juazeirense só conhecia através de filmes. 

Não foi fácil para o senhor Celestino se acostumar com uma jovem Carol desfilando pela casa, e sentando-se à mesa em traje de dormir, que mostrava o contorno revelador daquele corpo jovem, sem nenhuma reação do marido. 

Talvez eles achavam que não denotavam nenhuma provocação.

Este outro fato, também aconteceu na mesma rua e época. Um paciente, parente meu, quando terminou consulta com João Maurício, talvez para testar o mediun, tirou uma fotografia do bolso e perguntou:

O senhor receita pela fotografia?

Receito!

Qual sua opinião sobre a saúde dessa pessoa?

Esta aí não precisa de receita, pois já morreu!

E era verdade.

ORGULHO MAIOR - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Fortaleza, Ceará, Sport, Bahia e Vitória representam o Nordeste na prateleira de cima do campeonato brasileiro 2025.

Tá pouco, ainda. Cabe muito mais.

Nada mais moderno do que fortalecer as maiores  representações regionais.

Quem conhece a alma do futebol sabe do que estou falando. 

A concentração de forças somente em uma região restringe horizontes, represa a 

expansão do negócio chamado futebol.

A distância financeira e técnica não é boa. Tampouco

inteligente.

Times de renome local e regional precisam ser transformados em símbolos de modernidade administrativa.

Ter consciência de grandeza, que consiste no sentimento de um time em se acostumar a vencer, se familiarizar com as vitórias.

Que faz sua torcida crescer em termos de consumo, a partir da presença nos estádios, e adquirir bens produzidos pelo clube. Se transformar em orgulho doméstico.

Nesses pontos, não existe time  mais bem organizado do que o Fortaleza. Vence porque está imbuído de grandeza, de ser ganhador.

Como seria bom e necessário ver times como Náutico, Santa Cruz, ABC, Remo e Paissandu, por exemplo, voltarem a ser o que já foram.

O manual está com o Fortaleza, o orgulho maior da região.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Brasil, 2024 ou 2025 continuará o mesmo - Por Antonio Morais

O Brasil continuará o mesmo. O país da pobreza, da miséria, e, o pior da fome. As festas de natal nas grandes cidades são uma afronta. 

Os shows pago a artistas ricos com dinheiro publico, os shows no grandes centros queimando dinheiro publico, dez ou quinze minutos de explosões de fogos de artifícios estão aí de prova.

Os governantes esbanjam a gastança corrupta, os tribunais ao invés de punir agigantam a corrupção. A população abastada desfruta da desordem, da lambança e da anarquia pública. É indiferente. O problema não é dela.

O povo, a massa falida sustenta com o seu voto o sistema, embora seja a vítima principal da miséria, pobreza e fome que sofre provocada por ele.

Não há futuro promissor para o Brasil.

CRONIQUETA - Por Pedrinho Sanharol.

Hoje eu entendo a velocidade com que as coisas e pessoas podem não fazer mais sentido na nossa vida.

O ritmo da nossa transformação dita aquilo que fica e o que sai. Quanto mais buscamos evolução mais nos vemos praticando o desapego.

O desconhecido dá medo. O novo é um mergulho profundo em águas turvas. Virar antigas páginas, é respiração na superfície.

E tudo bem não se identifica mais com o mesmo grupo de amigos e está liberado a não se identificar em quem você era há um ano, seis meses ou quanto tempo for atrás.

Somos transmutações constantes. Não somos mais os mesmos de antes e quer saber! Isso é fantástico.

Se a lagarta não virasse borboleta, nunca ia saber o tamanho do seu voo.

Mons. Rubens Gondim Lóssio, um grande benfeitor de Crato – por Armando Lopes Rafael (*)

   Ele foi um homem notável. Um intelectual brilhante. Um sacerdote que deixou marcas por onde passou. Sua produção literária – original e profunda – atesta o seu valor.

   Rubens Gondim Lóssio nasceu na cidade de Jardim, Ceará, no dia 27 de maio de 1924, filho legítimo de Júlio Lóssio e Eleonor Gondim Lóssio. Fez o curso de humanidades no Seminário São José do Crato e o de Filosofia e Teologia no Seminário da Prainha, em Fortaleza. Ordenou-se Sacerdote Católico, no dia 20 de dezembro de 1947. Foi Cura da Sé Catedral de Crato e professor da Faculdade de Filosofia do Crato (embrião da atual Universidade Regional do Cariri–URCA) e de vários Colégios de Crato. Pertenceu ao Instituto Cultural do Cariri tendo sido o primeiro ocupante da Cadeira Dom Francisco de Assis Pires, naquela instituição.

Algumas realizações feitas na Catedral 

       Até o início da década 1950, a nossa vetusta catedral era um templo escuro e feio. Ao assumir a função de Vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Penha e Cura da Catedral, Mons. Rubens Gondim Lóssio construiu os dois braços do prédio (o da direita e o da esquerda) ampliando o espaço interno daquela igreja. Também procedeu à reforma do altar-mor da catedral.. Comprou novos bancos para aquele templo e dotou nossa principal igreja do bonito aspecto que ela hoje possui.

   No curato do Mons. Rubens foram construídas:

– A capela de Nossa Senhora das Graças
    O altar desta capela foi confeccionado, em 1952 – por iniciativa do Monsenhor Rubens Gondim Lóssio – em marmorite na cor marfim, por encomenda junto à Marmoraria Raia, da cidade de Fortaleza. Já a imagem de Nossa Senhora das Graças, também foi adquirida por Mons. Rubens e está colocada sobre um suporte na parede, acima do altar. Sob a mesa do altar fica um desenho, em alto relevo, das duas faces da Medalha Milagrosa. 

– A capela de Nossa Senhora de Fátima   
   Também construída por monsenhor Rubens Gondim Lóssio, cujo altar é de mármore branco, tendo por base uma placa de mármore preto. Na base do altar foi colocado um desenho de bronze representando o Coração Imaculado de Maria, cercado de espinhos. Pontifica nessa capela uma belíssima imagem de madeira, de Nossa Senhora de Fátima, medindo cerca de um metro de altura. Esta escultura foi esculpida em Portugal, em 1954, por Guilherme Thedin, o mesmo escultor da imagem-peregrina da Virgem de Fátima, que percorreu os cinco continentes, na década de 1950. Para a confecção dessa imagem – ofertada à catedral pelo Sr. João Bacurau – Mons. Rubens mandou de Crato para Portugal um toro de cedro. Esta capela foi inaugurada, em 8 de dezembro de 1955.

– A capela de São José
   Outra construção, feita no curato do Monsenhor Rubens Gondim Lóssio foi a Capela de São José, inaugurada em 1962. Essa capela guarda semelhança com a de Nossa Senhora de Fátima. Também o altar dessa capela é de mármore branco, tendo por base uma placa de mármore preto. O mesmo material, com a mesma cor, foi utilizado no piso da capela. Uma belíssima imagem, em tamanho natural, de São José, adquirida por Mons. Rubens, ainda hoje pontifica sobre o altar.

– Os altares laterais da catedral construídos no curato de Mons. Rubens
      Nos corredores laterais da Sé de Crato foram construídos dois altares de alvenaria, com base de marmorite. O da esquerda é dedicado a Santa Teresinha do Menino Jesus, e o da direita, a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

O escritor
   Mons Rubens Gondim Lóssio escreveu e publicou os seguintes trabalhos: “O desafio da Universidade nova”, 1971; “A serviço da palavra sob o impacto da mudanças”, 1973; “UNICAP em resposta ao desafio do Nordeste”, 1973; “Caracterização geral dos candidatos ao vestibular unificado”, 1977; “Ensino superior em Pernambuco: sistema de acompanhamento”, 1970; “Nossa Senhora da Penha de França: padroeira do Crato”, 1961; “Renúncia à Catedral e Paróquia de N. S. da Penha”; 1969, e diversos outros trabalhos publicados em revistas científica, seminários, encontros e reuniões.
    Recebeu “Menções Honrosas”, Diplomas, Certificados e Medalhas pelos relevantes serviços prestados à educação e à sociedade dos Estados de Pernambuco e do Ceará.

Algumas de suas iniciativas na comunidade
    Mons. Rubens era um espírito dinâmico e empreendedor. Dotado de cultura invulgar foi um homem querido, admirado e respeitado pela comunidade cratense. Sua passagem entre nós deixou rastros inapagáveis. Deve-se a ele a mudança de alguns nomes dos atuais distritos do município de Crato. Citemos alguns: o então povoado Ipueiras foi denominado oficialmente  de Dom Quintino, em homenagem ao primeiro Bispo de Crato. A antiga vila Conceição recebeu o nome de Santa Fé. Já a localidade Passagem das Éguas teve sua denominação mudada para Monte Alverne. Todos são progressistas distritos de Crato. Na área citadina, o antigo bairro Rabo da Gata, graças a iniciativa do Mons. Rubens passou a ser chamado oficialmente de Alto da Penha.

Outras iniciativas
    Mons. Rubens adquiriu algumas casas (existentes no fundo da catedral) demoliu-as e lá construiu salas para reuniões e um amplo auditório, tudo incorporado ao edifício da Igreja-Mãe da Diocese de Crato. Este auditório, por iniciativa do penúltimo Cura da Catedral – Pe. Francisco Edmilson Neves Ferreira – (hoje Bispo de Tianguá-CE) recebeu o nome de “Auditório Mons. Rubens Gondim Lóssio”. Justa homenagem.

     Vale registrar que, ainda por iniciativa do Mons. Rubens, foi confeccionado – em 1954 – um belíssimo monumento de bronze, para assinalar a promulgação do Dogma de Assunção de Nossa Senhora, pelo Papa Pio XII, o qual foi colocado na Praça da Sé. No ano anterior – 1953 – Mons. Rubens havia mandado erigir outro pequeno monumento, este comemorativo à passagem da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, em Crato. Este pequeno monumento encontra-se até hoje no jardim do lado direito da Catedral de Nossa Senhora da Penha.
 
     Ao tempo que foi Vigário e Cura da Catedral de Crato, Mons. Rubens manteve atualizado o "Livro de Tombo", lá escrevendo todos os registros da sua dinâmica administração, quer na área pastoral, quer na  social, bem como registrando suas pesquisas feitas  sobre a história religiosa de Crato.

 Sua saída de Crato
    Desgostoso com o desmembramento feito na Paróquia de Nossa Senhora da Penha, a qual ficou reduzida a poucos quarteirões no centro de Crato, em 1969, Mons. Rubens deixou a Diocese do Crato e fixou residência na cidade de Recife, Pernambuco, onde veio a ocupar o cargo de Magnífico Reitor da Universidade Católica de Pernambuco, de janeiro de 1971 a janeiro de 1978.

     Sobre seus últimos dias, o cronista Antônio Morais escreveu, recentemente, que ele pediu dispensa do estado clerical e, depois de obtida essa permissão, casou no dia 22/12/1978 com a pernambucana Vitória Maria Leal. Do seu casamento nasceu, em 13 de maio de 1980, uma filha, registrada pelo nome  Delame Maria Leal de Lóssio. 

    Rubens Gondim Lóssio faleceu em Recife, em 04 abril de 2005, legando aos pósteros o exemplo de um cidadão honesto e inteligente, profundamente devotado ao serviço da comunidade. Ainda hoje seu nome é lembrado com profundo respeito pela comunidade cratense, a quem serviu com competência e idealismo, por várias décadas da sua profícua existência. (Texto e pesquisa de Armando Lopes Rafael)

(*) Armando Lopes Rafael é historiador. Sócio do Instituto Cultural do Cariri e Membro-Correspondente da Academia de Letras e Artes Mater Salvatoris, de Salvador (BA).