Quando era tempo de inverno no Cariri plantava-se cana e no meio das carreiras antes das gramíneas crescerem, feijão e macaxeira.
Colhia-se primeiro o feijão, depois a macaxeira e por último a produtora do mel. Isto, quando o inverno não era rigoroso, pois como o nosso vale era banhado pelas águas dos rios Granjeiro e Batateiras que já estavam bastante assoriados e quando vinham as grandes enchentes do Sopé da Chapada do Araripe, o brejo ficava todo inundado.
O feijão por ter ciclo vegetativo de pouca duração era colhido verde, mas a macaxeira quase sempre pubava por completo e a cana amadurecia e era tempo de colhê-la.
Com o engenho já funcionando, começava o trabalho a céu aberto no canavial. Não demorava muito para que o ir e vir dos cascos, puíssem a areia da estrada de onde o vento levantava uma poeira fina e incomoda.
Em muito breve o cheiro do mel e do azedo da tiborna era sentido a boa distância. Começava a moagem no sertão.
Engenho sinal de fartura, certeza de riqueza na região.
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