Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Cana, feijão e macaxeira - Postagem do Antonio Morais.

Quando era tempo de inverno no Cariri plantava-se cana e no meio das carreiras antes das gramíneas crescerem, feijão e macaxeira.

Colhia-se primeiro o feijão, depois a macaxeira e por último a produtora do mel. Isto, quando o inverno não era rigoroso, pois como o nosso vale era banhado pelas águas dos rios Granjeiro e Batateiras que já estavam bastante assoriados e quando vinham as grandes enchentes do Sopé da Chapada do Araripe, o brejo ficava todo inundado.

O feijão por ter ciclo vegetativo de pouca duração era colhido verde, mas a macaxeira quase sempre pubava por completo e a cana amadurecia e era tempo de colhê-la.

Com o engenho já funcionando, começava o trabalho a céu aberto no canavial. Não demorava muito para que o ir e vir dos cascos, puíssem a areia da estrada de onde o vento levantava uma poeira fina e incomoda.

Em muito breve o cheiro do mel  e do azedo da tiborna  era sentido a boa distância. Começava a moagem no sertão.

Um comentário: