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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 8 de maio de 2016

Marcelo Odebrecht complica ainda mais Dilma.

Em negociação de delação, empresário diz que foi pressionado por Mantega e pelo presidente do BNDES a doar para a campanha da presidente em 2014 e confirma que ministro foi nomeado ao STJ para soltá-lo. Em depoimento aos procuradores da Operação Lava Jato, o empresário Marcelo Odebrecht implicou a presidente Dilma Rousseff. Ao negociar sua delação, Odebrecht disse que empreiteiros foram pressionados pelo ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a doar recursos para a campanha de Dilma em 2014.

Segundo Odebrecht, os empresários compelidos a fazerem as doações tinham em comum o fato de possuírem financiamentos no BNDES. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo a ser publicada neste domingo, Mantega e Coutinho pediram aos empreiteiros que se reunissem com o tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, a fim de acertarem os repasses “caso eles quisessem continuar a serem ajudados pelo governo”. Os empreiteiros, segundo Odebrecht, encararam o pedido como uma forma de pressão.

Ainda na negociação de sua delação, prestes a ser fechada, Marcelo Odebrecht ratificou parte das revelações do senador Delcídio do Amaral à força-tarefa da Lava Jato, antecipadas com exclusividade por ISTOÉ em 3 de março. De acordo com o empresário, a presidente Dilma atuou pessoalmente para assegurar que ele fosse solto. Odebrecht foi preso em junho de 2015.

A maneira encontrada por Dilma para livrá-lo da cadeia foi nomear Marcelo Navarro para a vaga de ministro do STJ. Caberia ao indicado relatar o pedido de soltura dos presos. Em troca da nomeação, Navarro se comprometeu a emitir parecer favorável à libertação de Odebrecht e de outros empreiteiros presos.

O acordo foi honrado, mas Navarro acabou sendo voto vencido no tribunal. Com base nessa acusação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu semana passada ao Supremo abertura de inquérito para investigar a presidente Dilma Rousseff. Com a confirmação de teor da delação de Delcídio por Odebrecht, dificilmente o STF não autorizará a investigação. As novas revelações complicam ainda mais a situação de Dilma, às vésperas da votação do seu afastamento pelo Senado Federal – dado como certo.  

Um comentário:

  1. Até quando a Dilma vai se achar com o direito de falar : "Eu não cometi crimes". Esse bandidinho mimado disse certa vez : Se minha filha dedurar a outra, ela será a castigado. Não admito deduração. O que um ano de xadrez não é capaz de fazer.

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