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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Coisas da República



A delação premiada da Odebrecht – por Júlio Roberto Ayres Brisola
 
Investigações dos Estados Unidos, da Suíça e do Brasil tentam finalizar uma “megadelação premiada” da Odebrecht, por meio de mais de 80 executivos da construtora. Esse “acordo” de delação e de leniência pode ser o maior do mundo e, segundo consta, deve chegar à casa dos bilhões de reais – portanto, digno de um registro no tradicional “Guinness Book”, o livro dos recordes. Ficou claro por que deputados foram flagrados recentemente, na calada da noite, tentando anistiar o caixa 2 eleitoral. Ora, com a aprovação da delação da Odebrecht, por volta de 300 políticos podem ser delatados pela prática do crime. Muda, Brasil!
E-mail: jrobrisola@uol.com.br



O começo do fim dos correios brasileiros – por Paulo  Panossian 

Reconheço que um governo como o de Michel Temer, instalado oficialmente no Planalto há menos de 90 dias, não teria tempo suficiente para eliminar todos os erros e abusos desastrosos da era petista. Porém preocupa que os Correios, que é uma estatal federal e que pela péssima administração e corrupção praticada por dirigentes indicados pelo governo anterior hoje carrega um rombo de quase R$ 6 bilhões no fundo de pensão de seus funcionários, agora, como publicado na imprensa, prepara um novo plano de demissão voluntária (PDV), inédito e generoso – uma grande farra com o recurso do contribuinte. 

Este PDV, que objetiva a adesão de 8 mil dos 117,4 mil funcionários existentes, além das despesas normais do distrato trabalhista, mais salários extras, quer contemplar esses possíveis demissionários oferecendo-lhes mais 35% do salário hoje vigente por até dez anos, ou 120 meses! Como se o País não estivesse atravessando a pior recessão de sua história e o governo federal não tivesse o déficit fiscal para 2016 de R$ 170,5 bilhões, nem o desemprego estivesse em 11,8% (ou 12 milhões de trabalhadores no olho da rua), etc. É imperioso que o Planalto não permita esta orgia com a verba pública.
 
E-mail: paulopanossian@hotmail.com 


A Grécia hoje é o Brasil – por Marco Antonio Esteves Balbi
Demorou um pouco, mas chegou! A crise econômico-social ocorrida na Europa alguns anos atrás, com mais destaque para a Grécia, desembarcou por aqui. E desceu direto no Porto Maravilha do Rio de Janeiro, atropelando Sérgio Cabral e o governador Pezão no caminho da Avenida Rio Branco até chegar ao Palácio Tiradentes. Na confusão ali instalada há dois dias, onde o projeto do governo estadual para sanear as finanças estaduais será discutido e votado, pairam no ar, qual fantasmas etéreos, as figuras de Lula e Dilma Rousseff, com participação efetiva na calamidade e no caos instalado. Resta saber em quais outros Estados ela desembarcará e se a Medida Provisória 55, ora em discussão no Senado Federal, junto com outras medidas necessárias, evitará que ela alcance todo o País.
E-mail: mbalbi69@globo.com

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