O jornalista José Nêumanne Pinto, em artigo para o Estadão, destacou que a conduta de Rodrigo Janot é, para ele, no mínimo duvidosa. Na visão de Nêumanne, é estranho notar a leniência do PGR em relação ao ex-presidente Lula enquanto se esforça arduamente no trabalho contra o senador Aécio Neves. Leia uma parte do comentário feito pelo jornalista:
O pedido de prisão pelo procurador-geral da República do senador Aécio Neves (PSDB-MG) por ter ele publicado em rede social uma reunião com correligionários, enquanto o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva faz campanha pra eleição de 2018, o que configura crime eleitoral, é um caso típico de dois pesos e duas medidas.
De fato, Janot foi bastante leniente com Lula desde o começo das investigações, e também não custa lembrar das manobras feitas pelo PGR para tentar barrar o impeachment de Dilma Rousseff no ano passado. Abaixo, leia mais um trecho do comentário:
Não tenho procuração nem vontade de defender Aécio e vocês todos testemunham que sou forte crítico ao denunciar ter Aécio jogado no lixo da história a esperança de 51 milhões de brasileiros que esperavam dele comportamento no mínimo melhor do que o de seus adversários em cujos 13 anos, 5 meses e 12 dias de desgoverno o Brasil foi jogado na maior crise da História, com mais de 14 milhões de desempregados. Mas parece que Janot tem levado em conta a crítica de Lula tornada pública de que ele é ingrato e resolveu provar que não é, não. Aécio não pode se reunir com correligionários, mas Lula pode fazer campanha fora de época?
Vale lembrar, aliás, que além de ser o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot faz parte do Tribunal Superior Eleitoral, portanto averiguar casos como o da campanha antecipada de Lula seria no mínimo uma de suas principais obrigações.
Está muito claro a diferença de Cunha, Aécio e Temer para o Lula. Será porque o Lula é o chefe? A palavra com o Janot.
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