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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 2 de junho de 2010

COMPOSITORES DO BRASIL


“Vem que passa teu sofrer
Se todo mundo sambasse
Seria tão fácil viver”
(Chico Buarque, Tem mais Samba, 1964).

CHICO BUARQUE
Parte I

Por Zé Nilton

Guardadas as devidas proporções musicais, mas não sentimentais, talvez o meu espanto ao ouvir o Chico pela primeira vez, quando eu subia a rua Mons. Assis Feitosa rumo à Praça Siqueira campos, numa tarde qualquer do ano de 1966, assemelhe-se ao que foi acometido por Caetano, Gil, Chico, Nelson Motta e outros, quando ouviram o inusitado João Gilberto tirando a clássica “Chega de Saudade”, de Tom e Vinícius, com a desconcertante batida de seu violão, em 1959.

O veículo do meu deleite foi o mesmo de alguns dos citados: a amplificadora. No centro da Praça, e espalhada pelos bairros de então, a famosa Amplificadora Cratense sonorizava a música de um tempo que ficou marcado no imaginário de toda uma geração, e contribui para forjar a identidade de nosso povo.

Chico é considerado um divisor de águas entre a bossa nova e a nova música popular brasileira em que o talento dele e de muitos imprimiram uma diversificação rítmica, principalmente na música urbana. O próprio Chico produziu samba, fox - trote, marchinha, bolero, valsa, rock, baião, blues, e vai por aí...

A história da produção artística do compositor, cantor, escritor, teatrólogo e amante do futebol, esse carioca nascido em 04 de junho de 1944, está escrita, reescrita em livros, jornais, teses acadêmicas, e no seu site www.chicobuarque.com.br.

Portanto, não temos nada de novo a dizer, a não ser que sempre percebemos algo de novo toda vez que o escutamos, com frequencia.

Queremos tão-somente homenageá-lo no mês de seu aniversário, e o faremos editando e apresentando uma sequencia de três programas no Compositores do Brasil.

Seguiremos a linha do tempo para que o ouvinte possa acompanhar a evolução musical desse gênio de nossa música, ao tempo em que vamos contextualizando a sua obra no interior dos principais acontecimentos históricos do Brasil recente.

Como suporte, lançamos mão da bela escrita de Wagner Homem no seu livro: Histórias de canções, Chico Buarque, São Paulo, Editora Leya, 2009.

Na sequencia algumas músicas de 1964 a 1966.

TEM MAIS SAMBA (“considerado pelo Chico como marco zero de sua carreira profissional”)
JUCA
LUA CHEIA, de Chico e Toquinho
SONHO DE UM CARNAVAL
PEDRO PEDREIRO
OLÊ, OLÀ
MEU REFRÃO
NOITE DOS MASCARADOS
COM AÇUCAR E COM AFETO
MORENA DOS OLHOS D´ÁGUA
A BANDA
QUEM TI VIU, QUEM TE VÊ

Quem ouvir verá!

Informações:
Programa Compositores do Brasil
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Sempre às quintas-feiras, de 14 as 15 horas
Rádio Educadora do Cariri – 1020 kz.
Apoio: CCBN.
Retransmitido pela www.cratinho.blogspot.com

2 comentários:

  1. Prezado Professor Zenilton.

    Tomei a liberdade de postar um video com a musica "O caderno" com o Chico Buarque. Já conhecia a musica com o Toquinho e não sei com qual dos dois ficou melhor.

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  2. Amigo Morais,
    Acredito que com os dois. Aliás, Toquinho "ajudou" demais ao Chico nos começos.
    Quando homenagear o Toquinho evidentemente esta estará na relação.

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