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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 7 de agosto de 2016

Arroz doce - Por Antônio Morais

Antônio de Morais Rego, o conhecido Antônio do Sanharol, casou-se com Clara Alves de Menezes, ela viúva de Francisco Alves Bezerra, Chico André, portanto, Antônio do Sanharol era padrasto de Compadre e Francisca filhos do primeiro casamento de Clara, do segundo casamento nasceu uma filha chamada Maria conhecida carinhosamente por Didia.

Antônio do Sanharol gostava muito de arroz doce, uma comida típica que era servida geralmente como sobremesa nos tradicionais adjuntos de apanha de arroz de nossa terra. Geralmente o arroz doce era uma mistura de arroz, rapadura, amendoim, leite, erva doce, cravos, canela etc. O bicho tem um gosto enjoado e forte.

Um dia, Antônio de Sanharol conversava com as irmãs Zefa e Mundinha e elas faziam as recomendações para os procedimentos do dia de suas mortes. Dizia madrinha Zefa: Raimunda, no dia que eu morrer eu quero que você coloque aquele crucifixo em cima de mim no caixão. Mundinha disse: está bem Zefa, mas se eu morrer primeiro eu quero que você coloque a imagem de Santo Antônio junto comigo na urna. Antônio de Sanharol fez a sua recomendação: Minhas irmãs, apois eu quero que vocês coloquem dois pratos de arroz doce mesmo nos peitos que é pra eu ir sentindo o cheiro.

Um comentário:

  1. Eu fui crismado na Paroquia de São Raimundo Nonato por Frei Damião e o meu padrinho de crisma foi Antonio do Sanharol a quem todos nós chamavamos carinhosamente de Pai Velho.

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